O Mediterrâneo feito
cemitério, a cobardia de enfrentar os problemas reais das vidas reais, o
fantasma já pouco disfarçável do discurso do ódio, a divisão feita de mote para
campanha.
(…)
A pergunta essencial
continua por responder: que Europa é esta?
(…)
É da vida das pessoas que
se vai tratar ou é uma operação de marketing
político que está em curso?
Heróis e heroínas anónimas, provas vivas
de entrega e generosidade, estas pessoas [cuidadores e cuidadoras informais]
sabem também na pele o que é sofrer, sentir culpa, solidão, cansaço, as forças
a esgotarem-se.
(…)
Quando se iniciou o debate na
Assembleia, apenas um partido tinha apresentado um projeto de lei para criar o
Estatuto e o Governo resistiu muito, até há poucos dias.
(…)
Não é irrelevante [chamar-se Estatuto],
porque dá um enquadramento para o futuro.
(…)
O descanso do cuidador pode ser feito
por via do internamento da pessoa cuidada na Rede de Cuidados Continuados (…),
mas também em estruturas residenciais para idosos ou lares (…) e, muito
importante, através do apoio domiciliário.
(…)
Com este Estatuto, cria-se um subsídio de apoio ao cuidador.
(…)
Conseguimos dar um passo contra essa
fatalidade [da inexistência de uma carreira contributiva].
(…)
Há outro tanto que fica por fazer.
(…)
Se não conseguimos ainda reconhecer os
cuidados para trás [por oposição do PS], é uma causa justa da qual não devemos
desistir.
(…)
A lei laboral tem mesmo de se adaptar a
esta realidade [dos cuidadores informais].
O Bloco de Esquerda
cimentou o seu terceiro lugar no panorama partidário nacional e mostra que já
não se mede por conjunturas, tendo a Marisa Matias sido uma candidata
excecional.
(…)
O PS teve a vitória que
podia, mas não a vitória que queria.
(…)
No final, ganhou a abstenção, o
que deve merecer reflexão profunda.
(…)
É demonstrável que não se
combate a extrema-direita dando a mão aos liberais que lhe estenderam o tapete
com os seus tratados europeus ou as suas políticas de austeridade e de cortes
no Estado social.
(…)
O António Costa de 2019 é
o que defende as parcerias-público-privadas na saúde, que ataca e tenta
dividir trabalhadores, que repete argumentos de Passos Coelho.
(…)
O nosso povo sabe a
esperança criada quando se contrariou o “presente projecto europeu” de
austeridade que nos ameaçava com sanções quando aumentamos salários, pensões e
recuperamos direitos.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
Eu sei que o Facebook tem
uma consciência pesada e está na defensiva, pelas gigantescas asneiras que tem
feito, mas convinha não acrescentar mais ao rol.
(…)
[No caso do Ephemera] estão
a censurar um arquivo que pretende documentar tudo isto, para memória do
presente, porque tudo isto existe e precisa de ser guardado e estudado.
(…)
Por cá, não temos a
cultura de levar e calar, e o ascenso da censura nos dias de hoje deve ser
combatido sem transigências.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
Não existem hoje dúvidas
na comunidade científica que existem várias patologias e sintomas para os quais
os produtos da cannabis
são eficazes.
(…)
Os produtores [de canábis
medicinal] queixam-se da excessiva carga burocrática exigida pelo Infarmed para
autorizar a comercialização.
(…)
A indústria produz canábis
em Portugal para vender no estrangeiro já que não pode vender em Portugal!
Bruno
Maia, “Público” (sem
link)
Cada vez que reivindicamos
a subida de um salário, a redução da jornada de trabalho ou o fim das propinas
estamos a dar um contributo significativo para a construção de uma sociedade
progressista e avançada e que, inevitavelmente vai levar e culminar no voto.
Fernando
Teixeira, “Público” (sem
link)
A humanidade não sobreviverá sem o
contributo do património de conhecimento e criação que lhe permitiu
diferenciar-se das outras espécies.
Rui
Bebiano, “Diário as beiras” (sem link)
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