É esse sentido ético firme que faz do
pensamento de Jorge Leite um engulho para os que põem a produtividade, a
competitividade e o equilíbrio das contas ou o desequilíbrio das forças antes
do respeito pelo trabalhador.
José Manuel Pureza, “Diário as beiras”
Imigrante brasileira em Portugal, mulher
trans, trabalhadora do sexo, pobre, sem-abrigo, utilizadora de drogas, Gisberta
é bem um símbolo da multiplicidade das opressões.
(…)
[A Marcha do Orgulho LGBT do Porto] foi
sempre sobre a indivisibilidade de todos os direitos humanos.
(…)
Em Portugal a orientação sexual deixou
de ser critério para adopção.
(…)
De há um ano para cá, temos uma lei da
identidade de género digna desse nome.
(…)
A extrema-direita cresce e banaliza-se o
discurso de ódio contra os refugiados, os migrantes, as minorias e os direitos
civis que conquistaram.
(…)
No Porto, em Lisboa e noutras cidades, a
gentrificação deixa um rasto de precariedade e vai expulsando dos centros quem
não seja rico.
José Soeiro,
“Expresso” Diário
A fatia da riqueza
nacional que cabe aos trabalhadores passou de 65,8% em 2004, para 54,5% em
2017.
(…)
os trabalhadores foram os
mais penalizados com a crise financeira internacional de 2007/2008 e com as
políticas da troika
e do governo PSD/CDS.
(…)
Os 10% de trabalhadores
com melhores salários em Portugal ficaram com 30,4% do bolo total recebido pelo
conjunto dos trabalhadores em 2017.
(…)
Os 10% dos trabalhadores
que menos ganharam dividiram entre si uma fatia de apenas 2,6% de todo o rendimento
do trabalho.
(…)
Diz a OIT que quando os
salários de topo são aumentados existe um aumento das desigualdades porque os
restantes salários são deixados para trás.
(…)
Quando existe um aumento
dos salários mais baixos ou dos salários médios isso influencia positivamente o
rendimento dos 90% dos salários, excluindo apenas os salários de topo.
Pedro Filipe
Soares, “Público” (sem link)
Na Europa, nos dias de
hoje, os movimentos e governantes populistas, seja no Brexit, seja na
Alemanha, Polónia, Hungria, Itália e França, estão todos à direita do espectro
político.
(…)
Em Portugal, o populismo
entrou pela primeira vez numa campanha eleitoral nas últimas eleições
europeias.
(…)
O terreno português do
populismo é dominantemente o das redes sociais e do tipo de interacção que elas
propiciam.
(…)
O populismo ainda não
passou nem para o voto, nem para a rua, embora seja uma questão de tempo.
(…)
O tema central do
populismo é a corrupção, a real, a imaginária e a inventada.
(…)
O populismo concentra os
seus ataques nos procedimentos da democracia, vistos como uma forma de
empecilhos para combater o “crime” e a “corrupção”.
(…)
Os populistas estão sempre
zangados, vivem num estado de excitação patológica, porque eles são sérios e o
resto do mundo é desonesto, ladrão e corrupto.
(…)
Os alvos dos populistas
são aquilo que eles designam como elite.
(…)
No quadro de valores de um
populista, fugir ao fisco por parte de um político, merece prisão perpétua, mas
é uma mera infracção num jogador de futebol.
(…)
[As soluções propostas
pelos populistas] são, na sua maioria, anti-democráticas e
autoritárias.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
Estamos a perder uma das
maiores conquistas do 25 de abril, descapitalizando de profissionais
qualificados e necessários, o pilar da saúde.
Paulo Marques, “Público” (sem link)
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