Tudo se conjuga para se manterem os
juros baixos, promotores da instabilidade financeira.
(…)
Política e finanças são a combinação tóxica
do nosso tempo.
(…)
Entre nós é proposto um regime de
círculos uninominais, pois desse modo é mais fácil aos poderes económicos
conseguirem os seus objetivos (além de que assim se protegem os partidos
tradicionais quando a sua força se está a degradar)
(…)
Temos o paradoxo de os democratas no
Brasil proporem um sistema eleitoral à portuguesa, proporcional e por listas
partidárias, e os promotores dos interesses económicos proporem em Portugal um
sistema à brasileira, com eleição preferencial individual ou com o método
equivalente dos círculos uninominais.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
A Concertação Social nunca
foi, mas hoje está ainda mais longe de ser, um espelho fidedigno das relações
laborais em Portugal.
(…)
O PS explora a necessidade
de submissão das reformas laborais à Concertação Social - a instituição mais
pensada na lógica do velho arco da governação - como modo de travar reformas de
sentido mais progressista.
(…)
Ao refugiar-se na posição
dos parceiros sociais, protege-se da posição insustentável que seria assumir,
abertamente, a rejeição de direitos fundamentais na área laboral.
(…)
Não teremos mudança
qualitativa da nossa matriz de desenvolvimento com o Governo aliado à elite
empresarial mais conservadora - que continua a dominar a economia e o emprego -
e a não valorizar os trabalhadores da Administração Pública.
Enquanto continuarmos a considerar todo
o [crédito] malparado como fruto de gestão danosa, estamos condenados a
proteger os verdadeiros criminosos.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
O racismo é o crime perfeito: quem o
comete acha sempre que a culpa foi da vítima.
(…)
Quase um terço dos ciganos vive em
barracas ou perto disso e só um terço participa no mercado de trabalho formal.
15% não sabem ler nem escrever, só 2,5% acabam o secundário e 0,1% tem
licenciatura.
(…)
Os ciganos são cerca de 4% dos
beneficiários do RSI. Mas, desde que ele foi criado, o número de crianças
ciganas nas escolas duplicou.
(…)
Apesar da exclusão perseguir todos, as
oportunidades de inclusão crescem exponencialmente com a qualificação.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Essa suspeita de abuso do poder, que o
PS cometeu na última maioria absoluta, não foi superada, com se viu nos casos
de endogamia noticiados este ano, na pífia proposta da lei do lóbi ou nos
discursos improcedentes de combate à corrupção.
Pedro
Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)
Sem comentários:
Enviar um comentário