Onde quer que exista, nos EUA, em
França, no Reino Unido, o sistema uninominal serve para uma bipolarização que
protege dois partidos e evita alternativas.
(…)
[O sistema uninominal] é, portanto, um
sistema de distorção eleitoral, até ao dia em que explode. Há por isso um
problema: as eleições passam a ser batota.
(…)
[O sistema uninominal] não vai ser
aprovado [em Portugal] e, se fosse, seria uma porta aberta para a falsificação
da vontade do eleitorado.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
A aposta na modernização e
aproveitamento das capacidades das jovens gerações exige que se ponha fim à
prática de aplicar o SMN como "salário padrão" para todos na entrada
para o "mercado de trabalho".
(…)
A melhoria do SMN tem de
ser acompanhada de uma revitalização quantitativa e qualitativa da contratação
coletiva.
(…)
Nos últimos quatro anos o salário mínimo
cresceu 70€ em termos absolutos, cerca de 19% em termos nominais e de 14% em
termos reais.
(…)
Apesar de a proporção dos
salários no rendimento nacional ter melhorado nos últimos dois anos (de 51,4%
em 2016 para 52,1% em 2018), a perda do peso do rendimento do trabalho
verificada desde 2009 está muito longe de ter sido recuperada (em 2009 o valor
era de 57,6%).
(…)
A gritaria contra o SMN é
não só preguiçosa, como contrária à melhoria do perfil da economia e do
desenvolvimento do país.
Dificilmente o PS poderá alcançar uma
maioria absoluta e laborar nesse cenário, aliás, fragiliza as condições de
governabilidade no pós-6 de Outubro.
(…)
a estabilidade desta legislatura
permitirá ao BE e ao PCP alimentar com eficácia uma campanha valorizando os
entendimentos e acenando com os perigos de uma maioria absoluta.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
Sabendo que não há como pedir a
inconstitucionalidade da promoção da tolerância e do combate à discriminação,
[Miguel] Morgado socorreu-se de um discurso novo da direita democrática
portuguesa: que isto é ideologia do género.
(…)
A ideologia do género não te ideólogos,
não tem seguidores, não existe enquanto doutrina que possa caber na definição
constitucional.
(…)
No Brasil, enquanto Bolsonaro trata do
circo, o seu ministro Paulo Guedes prepara a privatização de recursos naturais
e de serviços públicos, começando pela Segurança Social, filet mignon dos
Estados.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Hoje é a própria direita que não
acredita em sim mesma, o que multiplica descolagens lamentosas e dissidências
lamentáveis nos partidos.
(…)
A esquerda ocupou a maior parte do
espaço político porque a direita entreteceu a sua desocupação.
(…)
Uma democracia sem alternativas não gera
alternâncias.
Pedro Santos
Guerreiro, “Expresso” (sem link)
E que dizer dos escapes particularmente
de algumas motas que atroam por toda a parte na total impunidade?
(…)
A fiscalização do ruído é, além do mais,
um caos administrativo onde se esconde uma revoltante negligência das
autoridades nacionais e locais.
(…)
Ou todos impedimos o ruído ou o ruído
vai acabar por nos impedir a todos.
Luísa Schmidt, “Expresso”
(sem link)
As desigualdades sociais,
no contexto europeu, são uma chaga que não engrandece o país. É com estes três
partidos que elas podem diminuir.
(…)
Portugal precisa de
serviços públicos modernos e eficientes com funcionários, quadros e dirigentes
motivados. Com quem o PS pensa que o pode conseguir?
(…)
O PS não pode querer um
SNS que empurre para o privado a parte da população com rendimentos médios,
deixando aquele para os pobretanas.
(…)
Sem uma Escola Pública de
qualidade, o desenvolvimento do país não se alcança.
(…)
É preciso um plano de
discriminações positivas para aquelas regiões [do interior] a todos os níveis
para travar essa desgraça [dos incêndios].
Domingos Lopes, “Público” (sem link)
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