O “Expresso” deste sábado publica uma
entrevista com Marisa Matias cujas afirmações que consideramos mais importante
aqui ficam a seguir:
Pensar nas mais de 30 mil pessoas que
morreram no Mediterrâneo, metade só desde 2015… Se isso não são atentados e
violações diretas à democracia, então já não sei o que é a democracia
(…)
Acho mesmo que, antes da crise, não
tínhamos facilidade em imaginar que pudesse vir a acontecer o que está a
acontecer na UE. A Europa está a desmoronar-se.
(…)
Colocar à frente da UE quem tem uma
agenda militarista é a antítese daquilo em que eu acredito.
(…)
Vejo muitos movimentos nas ruas
europeias que são a antítese da Europa que se está a construir nas
instituições.
(…)
Com taxas de abstenção desta natureza [das
Eleições Europeias], não sei se as maiorias políticas correspondem ao
pensamento da maioria social.
(…)
[A falta de empatia é a prova] da total
passividade [da maioria] perante escolhas que podem trazer maior regulação ao
sistema financeiro ou maior justiça fiscal ou social.
(…)
[Quanto à corrupção] há um sentimento de
impunidade e há instrumentos legais que ajudam a isso. Por exemplo os Vistos Gold.
(…)
A Comissão de Inquérito [à CGD] que
tivemos foi um péssimo, mas realista espelho, dos favores e dos clubes restritos
dos donos de Portugal, dos amigos da mão que lava a outra.
(…)
Espero que as coisas mudem e que aquele
sorriso de Berardo na cara de toda a gente faça as pessoas perceberem de que
lado estão os interesses organizados.
(…)
Continuo a creditar que há coisas que só
se dize e fazem a mulheres.
(…)
Há mais comentário de ódio em relação às
mulheres do que aos homens.
(…)
Uma mulher na política ainda incomoda
bastante.
(…)
[Entre Angela Merkel ou Christine
Lagarde e Jean Claude Juncker ou Mario Draghi] é a mesma linha programática, as
mesmas prioridades, a mesma forma de ver a sociedade.
Marisa Matias, entrevista, Expresso
(sem
link)
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