domingo, 30 de agosto de 2020

A PANDEMIA AGRAVOU A DESIGUALDADE NA DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA

 
In "Expresso" Economia

Toda a retórica que diariamente escutamos não consegue apagar a dura realidade de que os ricos se encontram cada vez mais ricos à custa do empobrecimento da maioria da população.

Os dados recentes da distribuição da riqueza no mundo inteiro, revelam-nos que: a) 1% da população, os mais ricos, detêm 44% da riqueza mundial; b) os 10% a seguir detêm 37% dessa riqueza; c) os seguintes 32% seguram 16% da riqueza; d) por fim, 57% da população tem de se contentar com apenas 1,8% - são três mil milhões de pessoas que têm 25 vezes menos do que o 1% da população mundial mais abastada.

Esta desigualdade na distribuição do rendimento já existia nos últimos 20 anos, mas a situação agravou-se recentemente por via da pandemia. É que, enquanto vem crescendo o número de mortos pelo mundo, nomeadamente nos EUA, as bolsas entraram em euforia. Os 1% mais ricos ganharam metade da valorização bolsista recente. Entre estes, os 20 homens mais ricos aumentaram o seu rendimento em cerca de 1/3, só desde janeiro de 2020.

Acentuou-se, pois, a desigualdade na distribuição da riqueza já que aumentou o desemprego e a pobreza a cerca de 60% da população mundial.


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