“Tivemos todo o problema do BES e isso não levou a nenhuma
manifestação por parte do Chega.”
Bingo!
Já aqui dissemos muitas vezes: o Chega é uma fraude política.
Rigorosamente tudo neste partido é uma fraude, desde o líder do partido até ao
discurso político que promove.
Os factos falam por si: o líder do partido diz ser “anti-sistema”
e “contra a corrupção”, mas entrou na política pelo PSD, foi vereador pelo PSD,
quis liderar o PSD e, não tendo conseguido fez o seu próprio spin-off do PSD, é
participante ativo no mundo do futebol por um dos grandes clubes do país e
trabalhou durante anos para dias das pessoas denunciadas no escândalo do Panamá
Papers, na área dos vistos gold e do desvio do dinheiro para offshores.
O partido do sistema, o clube do sistema e os negócios do
sistema. Tudo no percurso do líder do Chega está impregnado do tal “sistema”
que ele diz querer combater.
Já se sabia que o programa de governação do Chega aumenta
impostos a salários baixos e desce impostos para os salários mais altos.
Já se sabia que querem privatizar tudo, desde a saúde até à
educação.
E, recentemente ficámos a saber de onde vem o dinheiro do partido
– empresários ricos e simpatizantes de autocratas, eles próprios envolvidos em
esquemas de desvio de dinheiro.
Não é por acaso que os proto-fascistas do Chega não vão fazer manifestações
contra os escândalos conhecidos do BES e Novo Banco preferindo usar como alvo os mais fracos – minorias sem poder económico nem
representação política. Bater nos mais fracos é fácil e o Chega está sempre
pronto para esse trabalho sujo.
Mas repararam como não tocam nos verdadeiros responsáveis pelos
grandes problemas do país? Os banqueiros que compram políticos ou os milionários
que fogem aos impostos nunca têm vigílias à porta.
O Chega não veio para combater essas pessoas, veio para
vender-lhes empresas públicas.
Ventura não é “anti-sistema”. Ele *É* o sistema.
O Chega é uma fraude política.
(Via “Uma Página Numa Rede Social”)
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