domingo, 16 de agosto de 2020

MAIS CITAÇÕES (95)

 Nos outros países, há mais gente a recusar a vacina (19% na Alemanha e 20% em França) e, de abril para junho, a percentagem de quem se quer vacinar terá diminuído em todos os países.

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Mas é [outra] forma do movimento antivacina que quero destacar hoje, a da reivindicação liberal contra o intervencionismo de políticas sanitárias públicas.

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A noção de que a aceitação de regras sanitárias é uma escolha individual foi então a base ideológica da campanha liberal contra as vacinas.

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No século XX, as vacinas começaram a salvar pessoas e, com a melhoria da saúde pública, chegamos hoje a esperanças médias de vida de mais de 80 anos.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

Com a pandemia, 1,4 milhões de trabalhadores estiveram em lay-off e 850 mil em teletrabalho.

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Ao terminar o suporte financeiro, algumas empresas vão falir.

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A recuperação do emprego é mais lenta do que a da economia e que vai aumentando a percentagem de pessoas excluídas do trabalho.

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O teletrabalho pode tornar-se uma regra em algumas funções essenciais.

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Uma teleconsulta em medicina ou uma aula virtual podem responder a uma emergência, mas não podem ser o sistema de cuidado ou de educação.

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Haverá quem descubra a mina de ouro, reconverter os seus assalariados em empresários em nome individual, que trabalham remotamente a recibo verde.

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

A curiosa entrevista de Durão Barroso ao “Observador” na semana passada tinha um só alvo: lembrar a sua própria existência.

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No entanto, a entrevista tem um picante suplementar, a frase que veio a ser mais citada, que a União Europeia despejou uma orgia de dinheiro para cima dos coitados da pandemia.

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O Goldman Sachs, o banco presidido por Barroso, melhorou neste período os seus resultados em 41% e aumentou os seus salários e compensações em 35% (o lucro para os acionistas só subiu 2%, é a vida). Isto é que é uma orgia, não acha?

Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

 

O pragmatismo mais pérfido é o que legitima uma política amoral.

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A amoralidade não é o vazio onde tudo cabe, é o caos onde tudo choca.

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Politicamente (Rui Rio) coloca o partido na posição em que o PSD precisa mais do Chega que o Chega precisa do PSD.

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Se o PSD continuar a aceitar ir para a cama com o Chega então faz a cama em que se irá deitar.

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QuantcastFoi por medo, não por tédio, que os dois maiores partidos urdiram o golpe antidemocrático de acabar com os debates quinzenais.

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[O PSD] parece disposto a tudo para chegar ao poder. Até a sacrificar a moral pelo pragmatismo, mostrando à sociedade que a traição das convicções é uma forma aceitável de descer nos valores para subir na vida.

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É já triste que os valores não se afirmem pela positiva mas pela negativa.

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E se o racismo despertar em cada um de nós a coragem do repúdio ativo, os covardes das máscaras e das cartas anónimas voltam para a caverna.

Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

 

Um dos efeitos duradouros da experiência da “geringonça” é que se tornou ainda mais difícil para PS e PSD governarem sem companhia.

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Agora tudo mudou: o CDS definha e a extrema-direita social perdeu a vergonha e passou a ter representação política com o Chega.

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Não há um Chega moderado da mesma forma que (…) não há partidos pós-fascistas.

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No fim, não será o Chega que se vai moderar, é a direita moderada portuguesa que acaba por se radicalizar.

Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

 

Quando se normaliza a extrema-direita (…) serão os próprios partidos da direita tradicional (…) integrando o discurso que permitiram que se normalizasse.

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O Chega representa, de facto, os sentimentos profundos de boa parte dos eleitores do CDS e até de franjas do PSD.

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Ao contrário do que pensavam os mesmos que se convenceram que o racismo era marginal em Portugal, a extrema-direita sempre existiu.

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É à custa da direita que o Chega está a crescer. E André Ventura não podia ter encontrado melhor aliado que Rui Rio.

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Raramente um líder partidario exibiu tamanha estupidez tática [como Rui Rui].

Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 

A exploração de lítio em minas a céu aberto, que agora se prevê, tem muitos [custos ambientais], e a primeira questão que se coloca é a da avaliação desses custos.

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E permanecemos sem um balanço entre o que poderemos ganhar e o que iremos perder com os casos de mineração a céu aberto, alguns dos quais já estão previstos, e cujo número e amplitude física parecem excessivos para este pequeno país.

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Por que motivo está o Ministério do Ambiente disponível para avançar tão drasticamente num processo cujo impacto ambiental pode ser enorme,

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E que garantias temos de que, após os dez anos de mineração previstos, as companhias com direitos de exploração não nos deixam uma herança ambiental tão envenenada que melhor fora não termos ido por aqui.

 

O Estado deve ter alguma coisa a dizer sobre o futuro das populações e das regiões que poderão vir a ser afectadas pelo plano concursal de prospeção e exploração de lítio e outros minerais.

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Não referir os custos reais da mineração de lítio e ouros minerais para as populações, os cursos de água, os terrenos agrícolas, a qualidade do ar ou os animais, não tranquiliza.

Rosa Maria Martelo, “Público” (sem link)

 

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