Condenamos a agressão pela Federação Russa, que provocou já muitas centenas
de mortes, milhares de feridos, milhões de deslocados e uma vaga de destruição.
O pretexto imediato para a invasão da Ucrânia foi a alegação, por Vladimir
Putin, de que o povo desse país não tem direito à autodeterminação e não pode
constituir um Estado independente. Quem assina este apelo manifesta a sua
rejeição veemente por esta ameaça imperial. Condenamos a agressão pela
Federação Russa, que provocou já muitas centenas de mortes, milhares de
feridos, milhões de deslocados e uma vaga de destruição. Defendemos
intransigentemente o direito nacional do povo ucraniano: a democracia depende
dessa condição primeira - o respeito pela soberania, que impõe a não ingerência
de outros Estados na livre decisão do povo ucraniano sobre o seu destino.
Na própria Federação Russa, a oposição democrática que tem enfrentado a
repressão do regime autoritário de Putin levanta-se agora, em massa, contra o
prosseguimento da agressão imperialista russa. Muitos milhares de detenções nas
primeiras semanas de guerra atestam a coragem convocada por este movimento.
Expressamos o nosso apoio à resistência ucraniana e apelamos ao Governo
português para que faça a sua parte, tanto no acolhimento de refugiados de
guerra ucranianos ou de asilados políticos russos, como na aplicação de sanções
contra a elite política e económica do regime oligárquico de Moscovo, como ainda
no apoio ao exercício pelo povo ucraniano do seu direito à autodefesa.
Recusamos que essa solidariedade seja transformada num impulso por uma nova
Guerra Fria, através do reforço da NATO ou da criação de um exército europeu,
numa nova corrida ao armamento. Essas sim, são derivas que abrem caminho a um
alargamento do conflito e ao confronto entre potências nucleares.
Em vez da escalada autoritária, batemo-nos pela retirada do exército
ocupante da Ucrânia, pela punição dos crimes de guerra e por uma Conferência de
Paz, sob os auspícios da ONU, que garanta a segurança das populações, o
primeiro dos bens a preservar no contexto presente.
Este é o abraço que estendemos aos imigrantes ucranianos que vivem em
Portugal!
Carta aberta Aqui.
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