No
artigo de opinião que esta semana assina no Público, o Prof. Santana Castilho
deixa algumas criticas ao novo Governo no que respeita a medidas de carácter
educativo que já tomou ou que tenciona tomar assim como à escolha do novo
Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, “um jovem cientista de 38
anos, de mérito reconhecido internacionalmente na sua área, mas que saiu do
país aos 23, viveu os últimos 15 no estrangeiro e de quem não se conhece uma
linha escrita sobre Educação, ou um pensamento expresso sobre o tema”.
De todo o artigo de Santana Castilho retirámos
o seguinte excerto, onde podemos encontrar, em poucas palavras, mais um exemplo
da herança do Governo de direita, neste caso, na área da educação.
Enquanto
se discutiu o problema da legitimidade constitucional e política para governar,
vieram a público dois importantes relatórios em que se analisa a Educação
nacional. Refiro-me ao Estado da Educação 2015, do Conselho Nacional de
Educação, e ao Education at a Glance 2015, da OCDE. Pelo primeiro, ficámos a
saber que o insucesso escolar aumentou nos últimos três anos, em todos os anos
da escolaridade, enquanto diminuiu, pela primeira vez em 41 anos de democracia,
a taxa de cobertura do pré-escolar. Com o segundo, verificamos que a diferença
entre gerações, no que a qualificações respeita, é a maior de todos os países
que integram a OCDE e que o esforço das famílias para financiar os estudos
superiores é o maior da União Europeia. A um e a outro registo não é alheia a
natureza da ideologia que pontificou na última legislatura, durante a qual
todas as políticas públicas foram marcadas por uma “economização” bruta, que as
redefiniu e geriu como se de simples mercadorias se tratasse, propalando-se
mesmo a ideia segundo a qual os direitos humanos fundamentais, as dimensões
básicas da vida, em que a Educação se inclui, dependem da conjuntura económica
por que se passa.
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