Gostávamos
de um dia poder ler/ouvir a notícia de que se estaria a verificar uma inversão consistente
da distribuição da riqueza à escala mundial e, de uma forma particular em Portugal.
Nas actuais circunstâncias parece uma utopia mas esta situação já se verificou
entre nós, durante algum tempo, em datas posteriores ao 25 de Abril. Actualmente,
a notícia mais esperada é a de que os ricos continuam a aumentar as fortunas, enquanto a
generalidade de população sofre com a austeridade.
Pelo terceiro ano consecutivo as maiores fortunas de
Portugal aumentaram. Enquanto a população continua a sofrer os efeitos da
austeridade e precarização laboral, quem lucra são os intangíveis de sempre, os
donos de empresas e fortunas. 25 destes necrófagos da miséria de quem trabalha,
concentram entre si 8,3% da riqueza nacional, num total de 15€ mil milhões
declarados.
Já as pessoas que trabalham em Portugal entre 2011 e
2015 viram os seus salários diminuir em 22% (para quem trabalha no estado) e
11,6% (para quem trabalha no privado), em média. O desemprego, apesar de estar
a diminuir desde 2014, mantém-se acima dos dois dígitos desde 2010, com 12,2% e
é o terceiro país com maior desemprego da UE. Desde 2011 que mais de 100000
pessoas emigram de Portugal por ano, para trabalhar no estrangeiro, de forma
temporária ou permanente. Foram 239691 pessoas que emigraram de forma
permanente, durante o mesmo período.
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