Querem que estacionemos o carro da nossa vida no meio de dois pilares. O pilar da fome e o pilar do sofrimento. Não dá. O estacionamento é pequeno. Só amolgando o popó todo é que ali caberemos. Só arranhando, escalavrando, golpeando a chapa é que entraremos ali. Isto não vai lá assim, nem de frente nem de marcha-atrás. Se querem que estalemos a pintura não se admirem quando o verniz sair.
Alice Brito, Esquerda.net
Leio em Montesquieu: "Não há desgosto que uma hora de leitura não desvaneça." Faço-o, há muitos anos. Claro que o desgosto não se desvanece. Mas a leitura reconforta-nos. E permite-nos estabelecer comparações. É o que devia fazer o Governo: ler. Há, nele, uma encantadora ausência de livros, sobretudo de História. Os discursos chãos, vazios de sentido, escassos de virtude quanto cheios de ignorância, fornecem-nos a dimensão cultural e moral destes senhores. Não se pode governar estranhando a natureza de quem é governado.
Batista Bastos, DN
Se os verdadeiros crimes pedagógicos que se têm cometido em Portugal tivessem ocorrido na Islândia, talvez algo tivesse acontecido, responsabilizando civilmente os autores, como Passos Coelho corajosamente defendia, quando era oposição. Uma primeira consequência, mensurável, do disparate dos megas-agrupamentos está aí: o calote feito para transportar crianças das suas aldeias para os depósitos desumanos das cidades cifra-se em 60 milhões de euros e ameaça paralisar o sistema. O país ficaria atónito, se mais custos fossem quantificados.
Santana Castilho, “Público”
Diogo Feio gostaria que a sociedade portuguesa ficasse suspensa, apoiando acriticamente as decisões do governo, ou pelo menos abstendo-se de as criticar activamente. É o sonho de qualquer governante pouco exigente: governar sem oposição. É sintomático do deprimente torpor deste governo que a verbalização deste desconforto com o pluralismo político e social venha do mais respeitável (na minha humilde opinião) dirigente do CDS. A tese da suspensão democrática, que tantas criticas mereceu a Manuela Ferreira Leite, institui-se como discurso oficial da maioria. Claro que Diogo Feio explica que não quer suspender os direitos constitucionais. Apenas pede que os portugueses não façam uso deles. Porque a nossa credibilidade depende da nossa anemia democrática.
Daniel Oliveira, “Expresso” online
Alice Brito, Esquerda.net
Leio em Montesquieu: "Não há desgosto que uma hora de leitura não desvaneça." Faço-o, há muitos anos. Claro que o desgosto não se desvanece. Mas a leitura reconforta-nos. E permite-nos estabelecer comparações. É o que devia fazer o Governo: ler. Há, nele, uma encantadora ausência de livros, sobretudo de História. Os discursos chãos, vazios de sentido, escassos de virtude quanto cheios de ignorância, fornecem-nos a dimensão cultural e moral destes senhores. Não se pode governar estranhando a natureza de quem é governado.
Batista Bastos, DN
Se os verdadeiros crimes pedagógicos que se têm cometido em Portugal tivessem ocorrido na Islândia, talvez algo tivesse acontecido, responsabilizando civilmente os autores, como Passos Coelho corajosamente defendia, quando era oposição. Uma primeira consequência, mensurável, do disparate dos megas-agrupamentos está aí: o calote feito para transportar crianças das suas aldeias para os depósitos desumanos das cidades cifra-se em 60 milhões de euros e ameaça paralisar o sistema. O país ficaria atónito, se mais custos fossem quantificados.
Santana Castilho, “Público”
Diogo Feio gostaria que a sociedade portuguesa ficasse suspensa, apoiando acriticamente as decisões do governo, ou pelo menos abstendo-se de as criticar activamente. É o sonho de qualquer governante pouco exigente: governar sem oposição. É sintomático do deprimente torpor deste governo que a verbalização deste desconforto com o pluralismo político e social venha do mais respeitável (na minha humilde opinião) dirigente do CDS. A tese da suspensão democrática, que tantas criticas mereceu a Manuela Ferreira Leite, institui-se como discurso oficial da maioria. Claro que Diogo Feio explica que não quer suspender os direitos constitucionais. Apenas pede que os portugueses não façam uso deles. Porque a nossa credibilidade depende da nossa anemia democrática.
Daniel Oliveira, “Expresso” online
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