Faz parte do ideário neoliberal a promoção de uma campanha contra tudo o que cheire a sector público. É claro que a comunicação social, dominada pelos grandes grupos económicos cala o mais que pode qualquer referência a situações de evidente sucesso em empresas públicas, empolando, por outro lado, através de arautos por si pagos, toda e qualquer falha nessas empresas. Por isso mesmo, não devemos deixar passar em claro, quando alguém que é insuspeito de esquerdismo elogia os resultados obtidos por uma empresa com participação estatal, dando-os mesmo como exemplo para o privado. É o que podemos constatar do pequeno texto de Nicolau Santos que capturámos no suplemento “Economia” do “Expresso” de hoje.
NEM TUDO CORRE MAL NO SECTOR PÚBLICO
“Os tempos são de demonizar tudo o que é público. Mas eis que há pelo menos uma empresa pública onde as coisas não correm mal. Chama-se Carris, é gerida por Silva Rodrigues e registou um EBITDA (*) de €35 milhões em 2011, apesar de uma quebra na procura de 3% e de resultados operacionais “francamente positivos”, que são depois anulados pelos encargos financeiros. Estes encargos decorrem da fixação de preços políticos nos transportes por parte de sucessivos governos, sem que as compensações indemnizatórias as cubram o sejam entregues a tempo e horas. E o país gostaria de conhecer o gestor privado que fosse capaz de fazer melhor, só sabendo em Novembro o montante da indemnização compensatória de todo o ano e recebendo cerca de €3500 de salário líquido.”
NEM TUDO CORRE MAL NO SECTOR PÚBLICO
“Os tempos são de demonizar tudo o que é público. Mas eis que há pelo menos uma empresa pública onde as coisas não correm mal. Chama-se Carris, é gerida por Silva Rodrigues e registou um EBITDA (*) de €35 milhões em 2011, apesar de uma quebra na procura de 3% e de resultados operacionais “francamente positivos”, que são depois anulados pelos encargos financeiros. Estes encargos decorrem da fixação de preços políticos nos transportes por parte de sucessivos governos, sem que as compensações indemnizatórias as cubram o sejam entregues a tempo e horas. E o país gostaria de conhecer o gestor privado que fosse capaz de fazer melhor, só sabendo em Novembro o montante da indemnização compensatória de todo o ano e recebendo cerca de €3500 de salário líquido.”
(*) Resultados antes dos juros, impstos, depreciação e amortização.
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