Num artigo de opinião que podemos encontrar hoje na edição impressa do “Público”, Domingos Lopes começa por afirmar que “Nos últimos anos emergem, à superfície, traços que, vistos à distância, deixam perceber um movimento visando provocar uma desestabilização geral na sociedade”. Qualquer observador atento ao que se passa à nossa volta subscreve esta afirmação, tendo em conta o que vem sucedendo, desde há anos, por exemplo, em relação aos professores, médicos, enfermeiros, forças de segurança, Ministério Público e, ultimamente, função pública na sua globalidade.
A propaganda governamental quer pela mão de Sócrates quer agora pela dupla Coelho/Portas criou um anátema sobre todos aqueles que ainda gozam de alguns direitos. Entre estes encontram-se os reformados que, depois de levarem, durante a sua vida de trabalho a descontar para a segurança social, são agora catalogados de privilegiados por usufruírem de um direito que obtiveram à custa do seu trabalho. Não é favor nenhum o Estado pagar as pensões de reforma porque, há muito que lá têm o dinheiro para esse efeito. O que não se pode aceitar é que todos os pretextos sirvam para efectuar, a torto e a direito, cortes naquelas pensões, muitas delas já bastante baixas.
Agora, o ministro da Solidariedade e Segurança Social veio, com aquele seu ar de menino do coro, justificar que 94% dos pensionistas a quem foi cortada uma parte do valor da reforma recebem acima da pensão média e, num quinto dos casos, mais de mil euros. Como se vê estamos na presença de uns pensionistas exploradores que querem receber fortunas à custa do erário público… É pois natural que o ministro do CDS queira travar tão suprema fraude em defesa dos “mais fracos” como não pode deixar de ser. Todos sabemos que o CDS defende muito bem os “mais fracos”… quando não está no Governo.
Luís Moleiro
A propaganda governamental quer pela mão de Sócrates quer agora pela dupla Coelho/Portas criou um anátema sobre todos aqueles que ainda gozam de alguns direitos. Entre estes encontram-se os reformados que, depois de levarem, durante a sua vida de trabalho a descontar para a segurança social, são agora catalogados de privilegiados por usufruírem de um direito que obtiveram à custa do seu trabalho. Não é favor nenhum o Estado pagar as pensões de reforma porque, há muito que lá têm o dinheiro para esse efeito. O que não se pode aceitar é que todos os pretextos sirvam para efectuar, a torto e a direito, cortes naquelas pensões, muitas delas já bastante baixas.
Agora, o ministro da Solidariedade e Segurança Social veio, com aquele seu ar de menino do coro, justificar que 94% dos pensionistas a quem foi cortada uma parte do valor da reforma recebem acima da pensão média e, num quinto dos casos, mais de mil euros. Como se vê estamos na presença de uns pensionistas exploradores que querem receber fortunas à custa do erário público… É pois natural que o ministro do CDS queira travar tão suprema fraude em defesa dos “mais fracos” como não pode deixar de ser. Todos sabemos que o CDS defende muito bem os “mais fracos”… quando não está no Governo.
Luís Moleiro
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