A Greve Geral de 14 de Novembro teve um forte impacto no Algarve com um claro crescimento em relação a greves gerais anteriores, tanto no sector público como no privado onde a adesão é mais difícil devido ao clima de intimidação e pressões sobre os trabalhadores que agora, como antes se fizeram sentir.
Em toda a região estiveram encerradas 60 escolas e 29 juntas de freguesia; as barras e os portos paralisados; greve total no sector ferroviário onde apenas funcionaram os serviços mínimos; no sector das pescas esteve encerrada a lota de Olhão e muitas frotas não foram ao mar; recolha de lixo muito afectada tal como tribunais, e serviços de finanças. No aeroporto de Faro foram cancelados seis voos e todos os serviços da Loja do Cidadão foram encerrados excepto o balcão de registos.
Segundo António Goulart, coordenador da União dos Sindicatos do Algarve, (*) “a situação dos trabalhadores despertou consciências e a necessidade de ir para a luta, pese embora as dificuldades e os receios em relação aos postos de trabalho”. Toda a espiral negativa provocada pelo aumento dos impostos e cortes nos rendimentos previstos no Orçamento de Estado para 2013, a juntar à recessão que já vivemos, potenciaram a adesão dos trabalhadores e “vem confirmar as razões de todas as acções de luta contra as políticas do Governo: já não é só austeridade, é claramente um projecto de empobrecimento – e está a conduzir o país para o descalabro e para a ruína” salientou também Goulart.
(*) Declarações ao jornal O Algarve
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