sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A LUTA DOS ESTIVADORES


A informação sobre a luta dos trabalhadores portuários tem sido das situações mais manipuladas desde há muito tempo. Tem valido tudo para intoxicar a opinião pública. Se estivermos minimamente atentos verificamos com facilidade que a comunicação social do regime quase não se digna ir ouvir as razões dos principais interessados. Ainda ontem à noite sucedeu um dos últimos exemplos desta clara manipulação: numa reportagem sobre a greve dos estivadores, a SIC foi ouvir, longamente, o Governo e a entidade patronal mas a posição dos estivadores foi exposta pela jornalista de serviço… numa curta frase. Os trabalhadores portuários são alvos das maiores calúnias por estarem a usar um direito constitucional – a greve – em defesa dos seus postos de trabalho. É bom que fiquemos atentos porque, dentro de pouco tempo, vai ser o direito à greve que estará em causa ainda que aparentemente continue a existir na lei.

Como aqui já temos referido, começa a ser imperioso diversificar as nossas fontes de informação porque se estivermos apenas atidos ao que nos entra em casa através da televisão, em especial, corremos sérios riscos de comermos gato por lebre.

No texto que assina diariamente no Expresso online, Daniel Oliveira desmistifica hoje, com clareza, a situação vivida actualmente pelos estivadores, provando que muito do que por aí se diz é pura mentira:

Pedro Passos Coelho justificou a queda nas exportações com a paralisação dos trabalhadores portuários. Começa a ser um hábito: tudo o que corra mal é responsabilidade de quem se oponha ao governo.

Falemos da greve dos estivadores. A intoxicação sobre o tema tem atingido níveis pornográficos. E resume-se a isto: os estivadores, que ganham 22 euros por hora e mais de quatro mil euros por mês, querem continuar a viver à custa dos seus privilégios e não aceitam que mais ninguém seja contratado.

Primeiro: os estivadores recebem cerca de 1.492 euros por mês e 8,6 euros por hora. É este o seu ordenado bruto médio e não os valores que têm sido indicados. Os estivadores trabalham muito mais do que as 40 horas semanais.

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