terça-feira, 30 de abril de 2019
FRASE DO DIA (1093)
Veremos como chega o CDS às legislativas. Nas europeias, Nuno
Melo já definiu o partido convidando os franquistas para a casa da família.
JOÃO VASCONCELOS REUNIU ONTEM EM FARO COM A C.T. DA RTP
João Vasconcelos reuniu ontem
(29/04/2019), em Faro, com a Comissão de Trabalhadores da RTP. Os trabalhadores
não aceitam, e com razão, a transferência da Delegação Regional da RTP do local
onde se encontra. Tal transferência significará pior serviço público e
agravamento das condições de trabalho de quem lá exerce as suas funções.
O
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda irá intervir junto do governo a nível
parlamentar, tal como irá intervir a nível municipal e regional.
ele tempo é que era bom.
SNS: O PS TEM DE ESCOLHER DE QUE LADO QUER ESTAR
Não tem qualquer sentido termos
hospitais públicos entregues a privados a drenar dinheiro do SNS.
segunda-feira, 29 de abril de 2019
FRASE DO DIA (1092)
Mas também assistimos, nos
primeiros anos deste séc. xxi, às terríveis “cruzadas” desencadeadas pelo
“cristão renascido” George W. Bush, no Afeganistão e no Iraque, que prosseguem
na Líbia e na Síria, e que já terão ultrapassado certamente o milhão de mortos.
PARA QUE NUNCA MAIS (12)
Era assim antes do 25 de Abril de 1974. A
inferiorização. A submissão absoluta. A redução da mulher ao papel de dona de
casa, subalterna. O medo, a ameaça velada, a escuridão, a imposição da ausência
de sonhos.
Honrar o 25 de Abril é não permitir a
amnésia colectiva em relação à nossa memória.
Honrar o 25 de Abril é
continuar a lutar pela liberdade e pela igualdade. Com o passado sempre
presente… olhos atentos ao futuro.
ele
tempo é que era bom.
PORTUGUESES ESTÃO ENTRE OS QUE MAIS TERÃO DE TRABALHAR NA EUROPA ATÉ À REFORMA
HORAS EFETIVAS DE TRABALHO AO LONGO DA VIDA, EM MÉDIA, POR TRABALHADOR, PARA QUEM ESTÁ A ENTRAR NO MERCADO DE TRABALHO
In "Expresso" Economia
Quem começou a trabalhar em 2018, com 20 anos, terá pela frente 82656 de trabalho até à reforma.
Quem começou a trabalhar em 2018, com 20 anos, terá pela frente 82656 de trabalho até à reforma.
Fonte:
Base de dados da OCDE; Estudo sobre o sistema de pensões em Portugal da OCDE;
cálculos Expresso.
domingo, 28 de abril de 2019
MAIS CITAÇÕES (27)
O Governo anunciou consistentemente que
procurava esse acordo à esquerda sobre saúde.
(…)
De acordo, entre outras matérias, fazia
parte uma norma sobre as taxas moderadoras (…) e outra sobre as parcerias
público-privadas.
(…)
No termo dos respetivos contratos,
seriam encerradas as atuais parcerias público-privadas.
(…)
Então para o Governo a 28 de março e a 4
de abril não era ideológico acabar com as parcerias e a 24 passou a sê-lo?
(…)
De facto, as parcerias com os privados
na saúde cumprem vários objetivos sendo que nenhum deles valoriza o SNS.
(…)
Mas sei que muita gente se questionará
sobre como seria interessante para a democracia haver mais parceiros fiáveis
que saibam para onde vão e que respeitam a palavra dada.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Portugal se distingue por ter experimentado
uma revolução social, nascida de um processo de desobediência hierárquica que
marcou indelevelmente o código genético da democracia.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
O essencial é que os privados olham para
o doente com critérios de rentabilidade. Se não for rentável é um problema a
ser transferido, se for rentável não deve ir para o centro de saúde.
(…)
Aceitaria Isabel Vaz, CEO do Grupo Luz
Saúde, que um dos seus hospitais fosse gerido pelo Estado?
(…)
Está muito dinheiro em jogo e grande
parte do capitalismo nacional depende destes negócios em que é o Estado que
garante a clientela.
(…)
As alterações que estão a ser
introduzidas pelo grupo parlamentar do PS têm um sentido evidente: ceder no que
toca às PPP, aos protestos dos grupos privados de saúde.
(…)
Será Costa o coveiro do entendimento
histórico que a esquerda sempre manteve sobre o SNS e que ele festejou ainda há
15 dias?
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Uma empresa produtora de óleos vegetais
persiste há anos em descarregar os seus efluentes na Ribeira da Boa Água na
bacia hidrográfica do Tejo, matéria de facto que não é controversa.
(…)
A legislação ambiental está muitas vezes
desadequada à realidade e cheia de alçapões bem explorados pelos habilidosos
advogados em benefício dos prevaricadores.
Luísa Schmidt, “Expresso”
(sem link)
A criminalidade financeira cozeu-se em
lume alto na panela de alguns empresários sobre o figão da política dentro da
cozinha da banca.
(…)
Na Justiça, casos como o de Vara e Lima
são pedradas vitoriosas num lago de derrotas.
Pedro
Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)
MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA
In Expresso
A mutilação genital feminina é
uma prática que consiste na remoção total ou parcial dos órgãos genitais por
motivos religiosos. É comum nos países islâmicos — onde se acredita que só
depois de submetidas ao corte as mulheres ficam puras — mas não consta do
Corão. Trata-se de uma grave violação dos Direitos Humanos com riscos que podem
levar à morte.
Sendo actualmente 200 milhões o
número de vítimas, teme-se que até 2030 sejam mais 15 milhões.
ele
tempo é que era bom.
NÃO PRECISAMOS DE GENTE EUROBEATA, PRECISAMOS DE GENTE EUROCRÍTICA
Como a Ana Gomes disse
ontem na sessão pública sobre offshores com a Marisa Matias, não precisamos de gente eurobeata mas sim de gente
eurocrítica no Parlamento Europeu.
sábado, 27 de abril de 2019
PARA QUE NUNCA MAIS (11)
Educação no tempo de Salazar.
Frases retiradas de revistas
femininas das décadas de 50 e 60 do século XX.
Para os jovens e para os que
tiveram a sorte de já não conhecer a ditadura, aqui fica mais um exemplo.
CITAÇÕES
É importante que se venha a saber que
forças se movimentaram nos bastidores a ponto de levarem a uma tão completa
submissão aos interesses privados e ao abandono da proposta do Governo para o
Serviço Nacional de Saúde.
(…)
O que esta proposta do Partido
Socialista faz, em contramão com o que havia sido negociado entre o Governo e o
Bloco e com o caminho que o próprio Governo previra para ultrapassar o provável
veto presidencial, é um ataque ao SNS.
Os donos disto tudo têm no negócio da
energia e no negócio da saúde os seus campos de ação privilegiados.
(…)
A disputa pelo poder mais fundo na
sociedade portuguesa passa hoje pelas decisões que forem tomadas nestes dois
domínios.
(…)
O que se joga hoje na saúde e na energia
é essa escolha essencial entre um Estado ao serviço dos grupos económicos e um
Estado ao serviço dos cidadãos.
Na Assembleia já assisti a
discursos ridículos em que, à direita, houve quem citasse Rosa Luxemburgo,
depois de uma consulta apressada à Wikipedia,
como tendo feito declarações em 1921, ou seja, dois anos depois de estar morta.
(…)
Hoje, em Portugal, há
muitos que se autodenominam liberais quando na realidade têm as mesmas causas
de Steve Bannon, ainda que com palavras mais mansas.
(…)
[Os ditos “liberais”] não
estiveram na manifestação do 25 de Abril, estiveram em suas casas a espumar
contra o “marxismo cultural”, coisa que obviamente não sabem o que é.
(…)
[Por falar em Catalunha],
na verdade, a causa dos presos políticos é a que no 25 de Abril deveria estar
no âmago da manifestação, desde a frente até à retaguarda.
(…)
As coisas podem mudar no
futuro, porque o futuro é imprevisível, mas 45 anos já estão no papo.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
A fragilidade da
democracia é proporcional à sua força atractiva enquanto promessa de regime
político que melhor garante a governação racional em nome do interesse público,
do respeito pelo interesse de todos, de forma inclusiva das diversidades.
São
José Almeida, “Público” (sem
link)
Mudar implica dor. (…) também
e principalmente, dor para nós próprios, porque todos vivemos de excessos de
que custa abdicar, deixar de usufruir.
(…)
É inaceitável a postura de arrogância
que o Governo demonstra quando, afirmando que aguarda com serenidade o
resultado do novo estudo de impacto ambiental para o aeroporto do Montijo,
também reafirma que a obra é para avançar.
(…)
O drama dos fogos
florestais não está resolvido porque o problema reside na composição da
floresta que não temos e que importa recuperar.
(…)
A esperança de mudança
reside na sociedade civil, na sua capacidade de reagir consistentemente e num
movimento ambientalista forte, unido.
Miguel
Dantas da Gama, “Público” (sem
link)
Um fascista não se diz
fascista, ainda por cima se souber que, ao menos formalmente, não o pode
escarrapachar nos estatutos de um partido. Não sejamos ingénuos!
(…)
Não nos “ponhamos a jeito”
e saibamos construir, dentro do Estado de Direito, as muralhas necessárias de
auto-conservação de um sistema que, não sendo perfeito, é o menos mau de todos.
André
Lamas Leite, “Público” (sem
link)
A revolução mudou
profundamente o país. Alguns dos seus resultados continuam presentes na
educação, na saúde, na segurança social, no lazer e nos espaços colectivos de
quem cresceu no Portugal depois de Abril.
(…)
A revolução acabou não por
um golpe fascista, mas numa contenção que obedeceu a pactos estratégicos da
guerra fria.
(…)
O projecto que venceu – e
que perdura – coloca outra vez o país na rota dos baixos salários, da migração
massiva, da desqualificação e do atraso.
(…)
Há outra alternativa para
o país que não seja acreditar no mundo do trabalho organizado como saída
estratégica para a decadência histórica?
Raquel Varela, “Público” (sem link)
sexta-feira, 26 de abril de 2019
A PALESTINA VENCERÁ!
No Dia da Liberdade, 25 de Abril, a defesa da causa palestiniana também esteve presente.
FALTA UMA PROTECÇÃO NA MURALHA JUNTO AO RIO ARADE
A falta de protecção na muralha da zona
ribeirinha do Rio Arade em Portimão esteve prestes a causar uma vítima mortal
e, logo, uma criança.
Dia 25 de Abril, na Corrida da Liberdade,
na zona ribeirinha, aconteceu um acidente que só não acabou em tragédia graças
às pessoas que estavam presentes. Uma criança de 8 anos caiu ao rio.
A falta de segurança nesta zona
já foi bastantes vezes denunciada pelo Bloco de Esquerda, mas a força dominante
na autarquia, desde que há eleições locais, o PS, sempre fez orelhas mocas,
numa repetida atitude de arrogância, como se aquele partido fosse dono do
concelho. No Dia da Liberdade, por sorte, não aconteceu uma tragédia que seria
da inteira responsabilidade dos responsáveis autárquicos dominantes, já que,
não é por falta de avisos que ainda não foram tomadas as devidas precauções
para abrigar os cidadãos, numa zona tão vulnerável e tão frequentada como é a
baixa de Portimão. Vamos esperar que as medidas necessárias e urgentes sejam
tomadas para que a fatalidade que esteve para acontecer não se concretize um
dia destes. ele tempo é que era bom.
FRASE DO DIA (1092)
Não
podemos admitir a admissão de desmantelamento do SNS [Serviço Nacional de
Saúde] ao serviço de benefícios particulares e de uma visão ideológica que
pretende dissolver direitos fundamentais numa rede de interesses.
PARA QUE NUNCA MAIS (10)
Ai que naquele tempo é que era bom. Fome
com fartura, barracas em vez de casas, ranho e pés descalços. Ai que naquele
tempo é que era bom. Pobretes e alegretes e a política era o trabalho, de sol a
sol, de criança a velho. Férias fora de casa eram um luxo. Ai que naquele tempo
é que era bom. O reviralho andava escondido, não tinha a nefasta liberdade de
que goza agora, eram presos torturados, mortos.
Ai que naquele tempo é que era bom. O único
canal de televisão não passava as indecências que agora se veem por aí. As
prostitutas eram discretas os homossexuais inexistentes neste país de marialvas
e de bons chefes de família. Pedíamos
na Junta de Freguesia atestados de pobreza para sobreviver. Vivíamos da
caridade das senhoras da alta sociedade dos chás-canasta e dos saraus de
beneficência.
E muitíssimo mais haveria a
acrescentar,…
quinta-feira, 25 de abril de 2019
FRASE DO DIA (1091)
O pavor instalou-se na direita com a notícia de
que o Bloco de Esquerda teria chegado a acordo com o Governo sobre o fim das
PPP na gestão hospitalar, o fim das taxas moderadoras para atos prescritos por
médicos, a valorização da exclusividade dos profissionais do SNS e o princípio
de que os privados não são concorrentes, mas supletivos do SNS.
REFLECTIR SOBRE ABRIL
Em cada aniversário do 25 de Abril de 1974
encontramos sempre reflexões sobre os acontecimentos daquela data e a sua
projecção para a actualidade. Alguns desencantos e lamentos vêm sempre á tona por
parte daqueles (ainda muitos) que esperavam que com a democracia trouxesse para
Portugal os valores proporcionados por este regime.
Deixamos a seguir uma interessante reflexão
de um cidadão anónimo, Manuel Miranda, que transcrevemos da edição desta
terça-feira do “Diário de Coimbra”.
Abril tão perto e já tão esquecido.
Naquela manhã o sonho saiu dos quartéis à rua levado por militares amigos com
armas de paz apontadas ao céu.
E naquela manhã acordámos para a liberdade.
Nos jornais entrou o sol e a verdade. A
noite da censura que os cobria retirou-se suja e condenada de muitos anos de
mentira.
Aos nossos ouvidos chegaram canções de
liberdade antes silenciadas. Os nossos olhos começaram a ler e a ver o que antes
não liam e não viam. Deram-nos o direito e o sonho de pão para todos, de
emprego e de habitação. Deram-nos o direito e o sonho da justiça, da saúde, da
escola para todos, sem que se olhasse a raça, etnia, classe ou incapacidade.
Houve quem de Portugal fugisse,
mal-habituados ao que viam e ouviam. descontentes que das suas carteiras bem
recheadas alguma coisa fosse retirada, para aos que nada tinha alguma coisa
fosse dada.
Os militares estavam com o sonho e com o
povo. O povo nos militares acreditava.
O tempo passou e aos poucos o sonho foi esquecido,
as recordações foram-se apagando.
Restam as saudades de um sonho que nos
entusiasmou.
Os militares recolheram. Uns ficaram
esquecidos, outros vilipendiados, outros desprezados. Também alguns voltaram às
armas que servem para matar.
Os políticos de início com o sonho
estavam. Com o tempo, muitos os sonhos esqueceram e se voltaram para o que mais
proveito lhes dava.
O dinheiro tornou-se sonho, o Deus
venerado. Muitos tornaram-se pregoeiros de promessas que sabem não ser para
cumprir.
E pelo Deus dinheiro cá entrou outra
religião. A crença que pelo dinheiro tudo se vende e tudo se compra. É a
corrupção.
Muitos vão para a governação e são muitos
os que descem da governação para as empresas. E nesse vai e torna são muitos os
que se sujam na corrupção.
A corrupção apoderou-se da honestidade,
da transparência, da verdade.
São muitas as notícias que nos chegam de
gente que por favores amigos com empréstimos ricos foram beneficiados e que
agora dizem nada ter para os empréstimos serem liquidados.
E pensávamos que a vida ia ser
diferente. Que a terra era para cultivar, para dar pão à fome que grassava.
Acreditámos em trabalho para todos. Um país sem desempregados. Acreditámos em
trabalho com direitos, sem as flexibilidades com que somos escravizados.
São professores com anos de serviço
roubados. São polícias na rua em manifestação. São enfermeiros mal pagos e
revoltados. O desespero anda generalizado.
Os impostos são exagerados. Os idosos desprezados.
Os sem abrigo na cidade à espera de caridade.
Os preços sobem. Os ordenados e pensões
há anos congelados.
A discrepância nos ordenados é
vergonhosa. Administradores ganham por dezenas dos seus trabalhadores.
São promessas não cumpridas. É a
corrupção descarada. A riqueza em poucas mãos concentrada. São bancos em falência
com dívidas para contribuinte pagar. O interior abandonado e desertificado.
Assimetrias exageradas.
são estas coisas que alimentam
populismos, que pelo mundo nascem, a ditaduras levam, ódios e perseguições
geram.
A Abril de paz queremos
voltar.
quarta-feira, 24 de abril de 2019
FRASE DO DIA (1090)
[O nascimento da nossa democracia] foi uma
conquista de baixo para cima, feita na rua e no quotidiano. Até o golpe militar
foi levado a cabo por baixas patentes.
PARA QUE NUNCA MAIS (09)
In Revista E, Expresso
Nos anos 40, o Forte de
Peniche, prisão política do salazarismo, albergou duas mulheres: Teresa Marques
e Maria de Jesus. Cadeia de homens, a prisão da PIDE guardou esse segredo até
hoje. Ninguém acredita que tenha sido possível. O crime destas mulheres foi
terem-se revoltado contra a requisição de cereais que o Estado levou a cabo na
sua aldeia.
Foi naquele Verão quente de
1942, em que as intempéries se acalmavam, que Maria de Jesus e Teresa Marques se
juntaram na organização de uma rebelião. Uma revolta popular que se estendeu a
toda a população de Souto da Carpalhosa e arredores. A polícia calculava,
então, que estariam 600 pessoas em protesto.
A fome grassava na região.
Arranjar que comer era cada vez mais difícil. Os trabalhadores do campo sabiam
que os cereais eram indispensáveis para a farinha que os alimentaria. Por isso,
quando se aperceberam de que os cereais, fruto do seu trabalho, iam ser levados
para fora do Souto, saíram para a rua e reclamaram. Estavam contra a saída dos
cereais. (Revista E)
terça-feira, 23 de abril de 2019
FRASE DO DIA (1089)
Dentro
de duas semanas, todos os partidos serão chamados a responder a uma pergunta
simples: os favores feitos às elétricas e os abusos apurados pela Comissão de
Inquérito devem ou não ser corrigidos em nome do interesse geral, em particular
os das famílias e das pequenas e médias empresas?
BE: MANIFESTO ELEITORAL ACESSÍVEL EM BRAILLE
É importante que
todos os cidadãos possam fazer escolhas informadas e participar nas eleições.
Por isso, o Bloco terá pela primeira vez o seu Manifesto Eleitoral acessível em
Braille, voltaremos a ter em Língua Gestual Portuguesa e já em Leitura Fácil: bit.ly/2KWh5LV.
segunda-feira, 22 de abril de 2019
“SALAZAR E OS FASCISMOS”, NOVO LIVRO DE FERNANDO ROSAS, LANÇADO HOJE EM LISBOA
Em “Salazar e os
fascismos”, Fernando Rosas debruça-se sobre as condições da emergência do
fascismo enquanto regime e aborda os desafios e as ameaças que se colocam
atualmente à sociedade.
FRASE DO DIA (1088)
[Surge a greve dos camionistas
que faz sair] do altar do CDS a santa Cristas. “Pesarosa” e dotada de uma
autoridade resultante dos quatro anos a empobrecer a esmagadora maioria dos
portugueses e a tornar ainda mais rica a minoria bem minoritária a quem ela, e
o governo de que fez parte, deu milhares de milhões.
Domingos Lopes, “Público”
22 DE ABRIL, "DIA DA TERRA"
A primeira vez em que se comemorou o Dia da
Terra foi em 22 de Abril de 1970. É por esta altura que nasce a consciência ambiental,
um pouco por todo o mundo, e que se começa a ter a noção de que há que “tomar os
impactos ambientais em conta nas decisões políticas”. Entretanto, quase 50 passaram
e pergunta (muito bem) Matilde Alvim, estudante da Escola Secundária de Palmela
e uma das organizadoras da Greve Climática Estudantil, “onde estamos agora?”.
Se tivermos em conta que desde 1970 até agora as emissões globais de gases com
efeito de estufa aumentaram 90%, não poderemos dizer que tenha havido progressos
significativos em termos ambientais, antes pelo contrário, “as
emissões continuaram a empilhar-se umas atrás das outras, as grandes
multinacionais continuaram a sentir-se à vontade para envenenar o planeta
enquanto os governos do mundo olham discretamente para o lado”. Tudo isto acontece
depois de cinco décadas de muitas lutas e de sectores crescentes da população se
encontrarem com uma consciência ambiental cada vez mais forte. A conclusão a
que se chega é que o patamar da luta tem de subir para que os cidadãos sejam
ouvidos numa questão que é de todos ou seja, a sobrevivência da espécie humana.
Aqui
fica, pois, o artigo de Matilde Alvim no “Público” de hoje, tendo como ponto de
partida a origem do Dia da Terra.
Hoje, 22 de Abril, assinala-se o Dia da
Terra, reconhecido pela ONU em 2009. As origens da celebração deste dia
coincidem com o início do florescimento do movimento ambientalista nos Estados
Unidos e no mundo. Em 1970, em plena guerra do Vietname, o movimento estudantil
continuava altamente dinâmico. Numa década marcada pelas lutas de justiça
social, protagonizadas muitas vezes pela comunidade estudantil, a proactividade
brotava do chão.
Em 1969, após a assistir a um derrame de
petróleo em Santa Bárbara, no estado da Califórnia, o senador americano
Gaylord Nelson começou a arquitectar a ideia ambiciosa de colocar as questões
climáticas na agenda política nacional. A tarefa não seria fácil:
canalizavam-se quantidades monstruosas de dinheiro para a exploração de
combustíveis fósseis; as indústrias altamente prejudiciais triunfavam num
crescimento mundial desenfreado; o cheiro a smog e a poluentes tóxicos
nas vilas e cidades era apenas sinal de prosperidade e desenvolvimento
económico. Tomar os impactos ambientais em conta nas decisões políticas era
ainda extremamente rudimentar. O céu era o limite para o crescimento económico.
Um ano depois, escolheu-se o dia 22
de Abril de 1970 para se comemorar o primeiro Dia da Terra. Uma data que
ficaria para a história da América e do mundo contemporâneo: foi a primeira vez
que se reconheceu a necessidade de se assinalar um dia específico no calendário
para celebrar a Terra e alertar para a destruição ambiental. Nelson, em
conjunto com o congressista republicano Pete McCloskey e uma equipa de 85
funcionários, coordenaram e organizaram acções, demonstrações e protestos por
todo o país. Vinte milhões de americanos saíram à rua nesse dia, alertando para
a urgência de tomar medidas contra a iminente crise climática que se
aproximava, e focando-se sobretudo nas questões de saúde pública, como água
limpa e ar respirável para todos.
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PUB
A maior parte dos protestos e
demonstrações foram protagonizados por estudantes, que canalizavam a energia
usada na luta contra a guerra do Vietname para uma causa que conseguiu unir
diferentes espectros políticos e classes sociais. Muitos faltaram às
aulas para poderem participar nas demonstrações públicas; outros
organizaram-se e foram de bicicleta para a escola; outros ainda, enquanto se
manifestavam, fizeram recolhas de lixo.
Deste dia histórico, cujas
acções tiveram como principais agitadores a comunidade estudantil, do liceu ou
da universidade, saiu-se com a certeza de que estava plantada a semente para
que o movimento ambientalista pudesse florescer e dar corajosamente os
primeiros passos num mundo em que as preocupações climáticas eram
marginalizadas e ignoradas. Quase
50 anos depois, pergunto-me: onde estamos agora?
Segundo os dados da
Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), as emissões globais aumentaram cerca de
90% desde 1970. Cinco décadas inteiras de luta, protestos,
petições, marchas, leis, relatórios, tratados e acordos, e os resultados estão
bem à vista de todos. Em meio século, as emissões continuaram a empilhar-se
umas atrás das outras, as grandes multinacionais continuaram a sentir-se à
vontade para envenenar o planeta enquanto os governos do mundo olham
discretamente para o lado.
Agora, o paradigma parece
começar a sofrer alguns abalos. Lentamente, traça-se o caminho para
descarbonizar e mudar o rumo da catástrofe ambiental. Mas estes são planos que deveriam ter sido
feitos quando a semente plantada era ainda um pequeno rebento e a crise
climática tinha ainda muita margem de manobra. Hoje, a semente
lançada pelo primeiro Dia da Terra, há 50 anos, é já uma árvore corpulenta de
respeitados movimentos ambientalistas. E sabemos algo de muito claro: ou
mudamos radicalmente agora, ou sofreremos um ponto de não retorno daqui a 12
anos.
O movimento da greve
às aulas pelo clima, impulsionado por Greta Thunberg,
parece ser o culminar destes 50 anos numa luta que demasiadas vezes se mostra
ingrata. E, por isso, neste Dia da Terra de 2019, temos a certeza de que, se em
50 anos as vozes foram quase que ignoradas e a crise climática agravada, iremos
lutar com tudo o que podemos para que os últimos 12 anos sejam, por fim, os
anos da mudança radical de paradigma. Se não agora, para quando? Decerto não
podemos dar-nos ao luxo de aguardar mais meio século.
domingo, 21 de abril de 2019
MAIS CITAÇÕES (26)
O trabalho continuará a
ser, por muito tempo, o elo fundamental na cadeia de relações que fazem
funcionar a sociedade.
(…)
A desvalorização e o
desequilíbrio de poderes nas relações de trabalho que em Portugal se acentuou
desde 2002 e que o anterior Governo, na sua radicalidade antilaboral,
aprofundou como estratégia nacional, é um caldo de cultura, de desesperança e
de conflitualidade.
(…)
Não há democracia sem
sindicatos estruturados, representativos e ativos.
(…)
O imediatismo não pode
vencer o debate sério dos problemas.
Trabalhamos hoje em Portugal 1722 horas
por ano mas na Alemanha ficam-se pelas 1356.
(…)
A introdução da idade da reforma foi
também uma das formas de limitar o tempo real de trabalho.
(…)
Esta ideia de aumentar a idade da
reforma procura reverter uma conquista civilizacional.
(…)
[A idade da reforma] é de 60 anos na Coreia
do Sul, 61 na Suécia, 65 no Reino Unido, 65 e 7 meses na Alemanha, 67 anos na
Itália, a caminho dos 67 em Portugal.
(…)
O facto é que os 69 ou os 80 anos são
espantalhos para assustar.
(…)
Ao sistema financeiro só interessa mesmo
é o dinheirinho: como garantia das suas rendas elevadas exige sempre a
ampliação da acumulação, precisa de captar os descontos dos trabalhadores, que
são o maior ativo financeiro do mundo que ainda lhe escapa parcialmente.
Francisco Louçã,
Expresso Economia (sem link)
Como acabaremos por descobrir, os
coletes amarelos não têm de chegar sempre de colete e muito menos de amarelo.
Pedro Adão e
Silva, Expresso (sem link)
[Em Portugal, o sindicalismo] sempre
teve a vantagem de se basear numa solidariedade de classe entre trabalhadores e
não numa pertença a um grupo profissional
(…)
Sindicatos que acreditam na
solidariedade entre trabalhadores e patrões que acreditam na negociação ficarão
mais frágeis perante pequenos grupos de interesse.
(…)
Qualquer greve que ignore a
solidariedade de classe e faça mal ao sindicalismo é uma greve injusta.
Daniel Oliveira,
Expresso (sem link)
A imprevisibilidade da política tem par
na imprevisibilidade do que levanta o país do sofá.
Pedro Santos
Guerreiro, Expresso (sem link)
É mais verdadeiro dizer que, tendo
protagonistas, a «Crise» [Académica de 1969] foi vivida sobretudo em coletivo e
de uma forma muito plural.
(…)
[A crise estudantil de 1969 representou]
um espaço de enorme importância e de ousadia no combate pelo fim da ditadura,
tendo abalado o regime caduco do Estado Novo e servido de exemplo para o país.
sábado, 20 de abril de 2019
INTERVENÇÃO DO DEPUTADO JOÃO VASCONCELOS SOBRE A POLUIÇÃO NA RIA FORMOSA
Intervenção do deputado João
Vasconcelos do Bloco de Esquerda na audição da Ministra do Mar na Comissão de
Agricultura e Mar. (17-04-2019)
CITAÇÕES
A jovem sueca [Greta Thunberg] de 16
anos fez [no Parlamento Europeu] um discurso poderoso, emotivo, fundado e
carregado de urgência.
(…)
A um discurso sobre a vida [vários
parlamentares europeus] responderam com a burocracia e as
"dificuldades" de contornar as decisões do Conselho ou as insondáveis
versões sobre atos delegados e quejandos.
George Orwell deveria
conhecer Trump para escrever um segundo 1984.
(…)
Por detrás dessas linhas
[do Relatório Mueller] podem ter a certeza que há muito mais e mais importantes
coisas que virão a ser conhecidas.
(…)
Houve extensa colaboração [dos
próximos de Trump]com os russos, aquilo a que hoje se chama “sinergias”, mas
não houve provas suficientes para a acusação de um crime.
(…)
Basta ler o relatório [Mueller]
para se perceber a continuada tentativa de Trump de impedir as investigações.
(…)
[Trump é] uma personagem
carismática completamente amoral, capaz de fazer tudo o que acha que pode fazer
sem pensar duas vezes.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
A partir [do final da
Idade Média], o africano tornou-se um ser inferior, mau ou diabólico, que devia
ser submetido a todo o custo.
(…)
Como afirmou Aristóteles,
o que faz um homem um homem não é a cor da sua pele, é o facto de que ele é um
animal dotado de razão.
Ricardo
Vita, “Público” (sem
link)
Não há guerras religiosas,
mas aproveitamento político-económico de religiões.
André
Lamas Leite, “Público” (sem
link)
Quer Nelson Mandela quer
Rosa Parks são celebrados pelas suas lutas contra sistemas de desigualdade e de
dominação que hoje são universalmente condenados.
(…)
A segregação no sul dos
EUA e o apartheid sul-africano
podem ter acabado, mas a ocupação e o
apartheid israelita continuam intactos.
(…)
[O conflito
israelo-palestiniano] não é um conflito de duas partes iguais que não se
entendem, mas sim uma luta de um povo oprimido contra a sua colonização,
ocupação e apartheid.
(…)
Israel continua a violar
dezenas de resoluções da ONU.
(…)
Diariamente, o exército
israelita mata palestinianos, invade as suas cidades, destrói as suas casas e
rouba as suas terras.
(…)
A Eurovisão será também
uma oportunidade para nós, pessoas de consciência em todo o mundo e em
Portugal, estragar a festa ao regime de
apartheid de Israel, e não deixar o mundo esquecer a luta do povo
palestiniano pela liberdade e justiça.
Elsa
Sertório, “Público” (sem
link)
[A luta a partir de dentro
do sistema político tem] um efeito democratizador porque denuncia o modo
despótico, ilegal e impune como o poder formalmente democrático e legal se
exerce na prática para neutralizar resistências ao seu exercício.
(…)
Lula da Silva foi
processado mediante sórdidos dislates processuais e a violação da hierarquia
judicial, foi condenado por um crime que nunca foi provado, e mantido na prisão
apesar de o processo não ter transitado em julgado.
(…)
A prisão de Lula da Silva
foi fundamental para eleger um governo que entregasse os recursos naturais às
empresas multinacionais, privatizasse o sistema de pensões, reduzisse ao máximo
as políticas sociais e acabasse com a tradicional autonomia da política
internacional do Brasil.
(…)
Não admira que interesses
norte-americanos se tenham envolvido tanto nas últimas eleições gerais [no
Brasil].
(…)
A WikiLeaks acaba de
revelar que Sérgio Moro foi um dos magistrados treinados nos EUA para a chamada
“luta contra o terrorismo”.
(…)
Moro foi assim escolhido
para ser o malabarista jurídico-político ao serviço de causas que não podem ser
sufragadas democraticamente.
(…)
O que une Assange, Lula e
Moro é o serem peões do mesmo sistema de poder imperial, Assange e Lula, enquanto
vítimas, Moro enquanto carrasco útil.
Boaventura
Sousa Santos, “Público” (sem
link)
[Na Guiné Equatorial] o
problema não se coloca apenas na questão da pena de morte, porque o regime de
Obiang padece de inúmeros males, incompatíveis com os princípios e valores
democráticos.
(…)
Não é preciso ser-se um
especialista em relações internacionais ou diplomacia para perceber que a Guiné
Equatorial, sob o regime ditatorial de Obiang, nunca deveria ter tido lugar
numa organização como a CPLP.
Alexandre Guerra, “Público” (sem link)
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