“A sustentabilidade da
segurança social depende de inúmeros fatores, entre os quais a criação líquida
de emprego, a precariedade e o nível dos salários, o saldo migratório
(imigração ou retorno de emigrantes vs "saídas da zona de conforto")
ou política de natalidade.
Quem tenta reduzir isto a uma
fatalidade matemática sabe que a política dos últimos 4 anos permitiu fazer
avançar em 11 anos os saldos positivos da segurança social e em 19 o
esgotamento do fundo de estabilização. É gente que percebe a fazer de conta que não percebe, para
tentar que as pessoas não percebam.
A estratégia do pânico tem
dois objetivos:
1. Convencer as pessoas a
desvalorizar a formação de uma carreira contributiva, fazendo desse pânico uma
profecia que se cumpre a si própria.
2. Abrir o mercado dos
produtos privados de pensões que, como já se percebeu, não vão lá sem
benefícios fiscais e muito medo do futuro.
A privatização
das pensões é o Eldorado do sistema financeiro: uma fortuna a entrar durante
décadas. Milhões a contribuir na espectativa de que, quando se reformarem, o
dinheiro ainda lá estará. Uma aposta arriscada, como muitos americanos
descobriram”. (José Gusmão, fb)
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