sábado, 27 de abril de 2019

CITAÇÕES


É importante que se venha a saber que forças se movimentaram nos bastidores a ponto de levarem a uma tão completa submissão aos interesses privados e ao abandono da proposta do Governo para o Serviço Nacional de Saúde.
(…)
O que esta proposta do Partido Socialista faz, em contramão com o que havia sido negociado entre o Governo e o Bloco e com o caminho que o próprio Governo previra para ultrapassar o provável veto presidencial, é um ataque ao SNS.

Os donos disto tudo têm no negócio da energia e no negócio da saúde os seus campos de ação privilegiados.
(…)
A disputa pelo poder mais fundo na sociedade portuguesa passa hoje pelas decisões que forem tomadas nestes dois domínios.
(…)
O que se joga hoje na saúde e na energia é essa escolha essencial entre um Estado ao serviço dos grupos económicos e um Estado ao serviço dos cidadãos.

Na Assembleia já assisti a discursos ridículos em que, à direita, houve quem citasse Rosa Luxemburgo, depois de uma consulta apressada à Wikipedia, como tendo feito declarações em 1921, ou seja, dois anos depois de estar morta.
(…)
Hoje, em Portugal, há muitos que se autodenominam liberais quando na realidade têm as mesmas causas de Steve Bannon, ainda que com palavras mais mansas.
(…)
[Os ditos “liberais”] não estiveram na manifestação do 25 de Abril, estiveram em suas casas a espumar contra o “marxismo cultural”, coisa que obviamente não sabem o que é.
(…)
[Por falar em Catalunha], na verdade, a causa dos presos políticos é a que no 25 de Abril deveria estar no âmago da manifestação, desde a frente até à retaguarda.
(…)
As coisas podem mudar no futuro, porque o futuro é imprevisível, mas 45 anos já estão no papo.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

A fragilidade da democracia é proporcional à sua força atractiva enquanto promessa de regime político que melhor garante a governação racional em nome do interesse público, do respeito pelo interesse de todos, de forma inclusiva das diversidades.
São José Almeida, “Público” (sem link)

Mudar implica dor. (…) também e principalmente, dor para nós próprios, porque todos vivemos de excessos de que custa abdicar, deixar de usufruir.
(…)
É inaceitável a postura de arrogância que o Governo demonstra quando, afirmando que aguarda com serenidade o resultado do novo estudo de impacto ambiental para o aeroporto do Montijo, também reafirma que a obra é para avançar.
(…)
O drama dos fogos florestais não está resolvido porque o problema reside na composição da floresta que não temos e que importa recuperar.
(…)
A esperança de mudança reside na sociedade civil, na sua capacidade de reagir consistentemente e num movimento ambientalista forte, unido.
Miguel Dantas da Gama, “Público” (sem link)

Um fascista não se diz fascista, ainda por cima se souber que, ao menos formalmente, não o pode escarrapachar nos estatutos de um partido. Não sejamos ingénuos!
(…)
Não nos “ponhamos a jeito” e saibamos construir, dentro do Estado de Direito, as muralhas necessárias de auto-conservação de um sistema que, não sendo perfeito, é o menos mau de todos.
André Lamas Leite, “Público” (sem link)

A revolução mudou profundamente o país. Alguns dos seus resultados continuam presentes na educação, na saúde, na segurança social, no lazer e nos espaços colectivos de quem cresceu no Portugal depois de Abril.
(…)
A revolução acabou não por um golpe fascista, mas numa contenção que obedeceu a pactos estratégicos da guerra fria.
(…)
O projecto que venceu – e que perdura – coloca outra vez o país na rota dos baixos salários, da migração massiva, da desqualificação e do atraso.
(…)
Há outra alternativa para o país que não seja acreditar no mundo do trabalho organizado como saída estratégica para a decadência histórica?
Raquel Varela, “Público” (sem link)

Sem comentários:

Enviar um comentário