quinta-feira, 30 de abril de 2020

FRASE DO DIA (1345)


Os estudantes, os docentes e os investigadores não precisam de um ministro [Manuel Heitor] que remeta todos os problemas vividos durante a quarentena para os responsáveis das Instituições de Ensino Superior.
Luís Monteiro, “Público”

CATARINA MARTINS ASSINA HOJE ARTIGO DE OPINIÃO NO “PÚBLICO”



Do artigo de opinião que a Coordenadora do Bloco de Esquerda assina no “Público” de hoje (30/04/2020), respigámos as seguintes ideias fortes:
Neste momento, estão a verificar-se elementos centrais do período da austeridade: desvalorização salarial, nacionalização dos prejuízos e endividamento das empresas e das pessoas.
(…)
[O Governo] ao não proibir os despedimentos e ao continuar a permitir a distribuição de dividendos, reproduz-se a lógica de nacionalização de prejuízos.
(…)
Enquanto o Estado assume os custos do desemprego, atual e futuro, os acionistas vão drenando já os lucros, pagos em sedes estrangeiras e guardados em offshore.
(…)
Obrigar à renovação dos contratos precários durante a pandemia e proibir a distribuição de dividendos, como o Bloco propôs, protegeria emprego, salários e capacidade produtiva.
(…)
Nas decisões sobre os setores estratégicos da economia o tempo é também de decisões [como por exemplo a TAP, a Efacec e os CTT].
(…)
Não há resposta à crise sem investimento e estratégia públicas para recuperar setores essenciais.
(…)
De facto, o investimento que faltar hoje será a desgraça económica – e o imposto – de amanhã.
(…)
O que não devemos é tentar reconstruir a economia que tínhamos antes da pandemia. Nem o turismo de massas regressará em breve, nem estava tudo bem.
(…)
Este é o tempo para uma estratégia económica que pense o território, a crise climática, a necessidade de reindustrialização e de soberania alimentar, de uma política que seja capaz de corrigir os desequilíbrios estruturais do nosso país.

“DIREITO À ÁGUA TEM DE SER EFETIVO NO NOSSO PAÍS”




O deputado Jorge Costa apresentou a proposta de alteração do Bloco para permitir uma maior flexibilização de endividamento para as autarquias que apliquem a tarifa social automática na água e saneamento, propondo que “parte da dívida que pudesse ser incluída nos acordos de pagamento pelos municípios fosse de 70% e não de 50%”.
“É urgente que esta tarifa exista e passe a ser aplicada”, afirmou o deputado, fazendo referência à crise social e económica que iremos enfrentar e que resultará na perda de rendimentos para muitas famílias.

HOJE, HÁ 75 ANOS, FOI CONSUMADA A DERROTA DO NAZISMO



Passam hoje 75 anos que Hitler deu um tiro na cabeça e o Exército Vermelho tomou o Reichstag.
O nazismo matou 6 milhões de judeus, 3 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos, 500 mil pessoas ciganas, 275 mil pessoas com deficiência, 15 mil pessoas LJBT e gerou uma guerra que matou 60 milhões de pessoas.

AUDIÇÃO AO MINISTRO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR




Na audição ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, coloquei em cima da mesa as queixas de docentes, investigadores e estudantes que me têm chegado todos os dias. Em suma, há três grandes problemas por resolver:
1 - Dificuldade no pagamento das propinas e falta de clareza nos modelos de avaliação à distância;
2 - Pressões e abusos sobre docentes por parte dos seus superiores;
3 - Urgência no atraso do prazo para candidaturas a projetos de investigação.
Para nenhuma destas matérias, o Ministro apresenta solução. Mas há umPara nenhuma destas matérias, o Ministro apresenta solução. Mas há um mantra que parece responder a tudo: “A Autonomia Responsável”. Neste momento temos tudo menos autonomia e responsabilidade do Governo. (Luís Monteiro)

1 DE MAIO, DIA DE UNIDADE E LUTA DOS TRABALHADORES



Em 1889, representantes de movimentos socialistas de diversos países reúnem-se em Paris e declaram o 1.º de Maio como dia de luta do proletariado pela jornada de oito horas e marcam, para o 1.º de Maio de 1890, manifestações simultâneas em todos os países. Assim começa o Dia Internacional do Trabalhador, símbolo da luta do Trabalho contra o Capital.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

QUE NENHUMA CRIANÇA SEJA EXCLUÍDA DA CRECHE PORQUE OS PAIS PERDERAM RENDIMENTO




Uma das primeiras medidas decretadas para conter a Covid-19 foi o encerramento das creches. As medidas de contenção foram importantes para conter o avanço da pandemia, o que aliás mostra que o seu levantamento deve ser gradual e ponderado. Mas reconhecer o sucesso deste enorme esforço implica reconhecer também as consequências que a crise pandémica trouxe para o rendimento de milhares de famílias.
O encerramento das creches tornou evidentes três realidades estruturais, para as quais o Bloco vem alertando há muito.
(…)
Catarina Martinsndemia, o que aliás mostra que o seu levantamento deve ser gradual e ponderado.

BLOCO DE ESQUERDA APRESENTA PROJETO DE LEI PARA NACIONALIZAR A TAP




A TAP é uma empresa estratégica para o país, fator de desenvolvimento da economia portuguesa. Nunca deveria ter sido privatizada e o processo de 2015, que levou o Estado a deter 50% do capital foi insuficiente porque manteve a gestão privada.
Numa altura de crise sem precedentes no setor da aviação civil a nível mundial, as soluções do costume não são aceitáveis. Os acionistas privados clamam agora por apoios do Estado mas não querem mexer nos seus lucros.
Por isso somos muito claros quando defendemos a nacionalização da TAP, como forma de defender o interesse nacional, os milhares de trabalhadores e trabalhadoras, as comunidades portuguesas no estrangeiro e o erário público. (Isabel Pires)
uguesa. Nunca deveria ter sido privatizada e o processo de 2015, que levou o Estado a deter 50% do capital, foi insuficiente porque manteve a gestão privada. blico será fundamental para responder à crise, mas com critérios bem definidos para as prioridades existentes.

PARA QUE NUNCA MAIS (027)



FRASE DO DIA (1344)


Mais do que nos critérios epidemiológicos e até económicos, são os critérios sociais que me parecem estar a falhar nos planos de reabertura.

AUDIÇÃO DO MINISTRO DAS INFRAESTRUTURAS E HABITAÇÃO




Hoje tivemos uma importante audição com o Ministro das Infraestruturas, numa altura em que o investimento público será fundamental para responder a crise mas com critérios bem definidos para as prioridades existentes.
Sobre a TAP, importa que fique absolutamente claro que a solução antiga de o Estado colocar dinheiro ou garantias sem ter o controlo da empresa não é aceitável. É preciso avançar para o controlo de setores estratégicos do Estado, o que inclui a TAP.
Relativamente à CP, questionámos sobre quais os planos para a reabertura gradual da atividade, o que implicará um maior número de pessoas a utilizar o transporte.
Também os CTT são uma empresa fundamental para o país que não devia estar privatizada. As pressões sobre os trabalhadores são de tal forma que agora é a ameaça da lay off que pende sobre eles.
Por fim, também questionámos sobre o conflito no porto de Lisboa e da forma como vai o Governo, que tutela os portos, garantir o cumprimento da lei por parte das empresas. (Isabel Pires)

terça-feira, 28 de abril de 2020

PARA QUE NUNCA MAIS (026)



EMERGÊNCIAS




O Presidente da República anunciou hoje que não pretende pedir a prorrogação do Estado de Emergência. Ou seja, o Estado de Emergência acaba dia 2 de maio e o governo anuncia que prepara a reabertura dos setores de atividade que foram encerrados.
Se é a notícia esperada, e, como o Bloco já tinha afirmado, não teria nenhum sentido manter o Estado de Emergência numa altura em que é planeada reabertura, esta decisão exige a adoção urgente de algumas medidas. Destaco três preocupações:
- Em primeiro lugar a saúde pública;
- Em segundo lugar como o surto não está ultrapassado, a reabertura vai exigir regras;
- Finalmente, os problemas sociais e económicos não desapareceram.
(Catarina Martins)

FRASE DO DIA (1343)


Preferia, senhor ministro [Siza Vieira], ouvi-lo dizer que despesas do Estado de hoje são vidas e que têm que ser orientadas para relançar o crescimento, para evitar a guilhotina dos impostos.
Francisco Louçã, “Expresso” Diário

A SOLIDARIEDADE EUROPEIA VEM COM JUROS




A Comissão Europeia diz que a proposta de Fundo de Recuperação que apareceu em todos os jornais não está em cima da mesa. Só não diz qual é que está então. Na reunião de ontem da ECON, o Comissário da Economia Paolo Gentiloni acusou-me de ser pessimista. É capaz de ter razão. A Comissão tem esse efeito nas pessoas...
São trabalhadores independentes, quase sempre falsos recibos verdes, e são obrigados a descontar para a Caixa de Previdência dos  os das gerações mais jovens.nómica: patrões que resistiram a encerrar serviços não essenciais e aproveitaram a crise pandémica para despedir precários; grandes empresas que distribuíram

segunda-feira, 27 de abril de 2020

FRASE DO DIA (1342)


Em Portugal, a um nível até mais patológico, por não estar associado a qualquer convicção prévia, o líder do Chega corresponde a este perfil [de projeto pessoal de Trump e Bolsonaro] e qualquer relevância política que ganhasse teria os mesmos resultados.

A SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES DA JUSTIÇA




Como em tantas outras atividades, também advogados, solicitadores e agentes de execução perderem rendimentos, parcial ou totalmente, com a paralisação decretada devido ao surto de Covid19. Acontece que estes trabalhadores não têm acesso a qualquer apoio, ainda que limitado.
Bem sei que, nestas profissões, há uma elite mais conhecida e que tem grandes rendimentos. Mas a maioria destes trabalhadores tem rendimentos muito modestos e tem sido particularmente penalizada. Sobretudo os das gerações mais jovens.
São trabalhadores independentes, quase sempre a falsos recibos verdes, e são obrigados a descontar para a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), um subsistema privado cujas contribuições não dependem do rendimento, mas dos anos de profissão. Um subsistema que, antes sequer de ser colocado à prova, demonstrou não ter capacidade de resposta. (Catarina Martins)

LEITURA DO PREÂMBULO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA E DOS SEUS DOIS PRIMEIROS ARTIGOS.




Leitura do preâmbulo da Constituição da República Portuguesa e dos seus primeiros dois artigos. Considerações sobre a Liberdade e a Constituição!
Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade!

VENCER A CRISE


Mais Aqui e Aqui

domingo, 26 de abril de 2020

SER FASCISTA...



Vídeo a explicar direitinho quem são os fascistas.

MAIS CITAÇÕES (79)


[Alguns dos responsáveis das maiores empresas da indústria farmacêutica] põem em cima da mesa uma chantagem: precisamos de milhares de milhões de dólares nas nossas contas antes de começarmos a produzir qualquer vacina.
(…)
Passado o susto a procura decresce. Se os curamos, os doentes passam a ser um problema: não compram mais medicamentos.
(…)
Sem o aguilhão do lucro, os laboratórios resumem-se ao mercado interno e não investem no que demora e mobiliza recursos cuja rentabilidade futura é desconhecida.
(…)
Considerando estas estratégias de lucro, percebe-se porque é que, apesar de a classe dos coronavírus ser conhecida há décadas, estamos ainda desprotegidos perante os seus riscos.
(…)
Considerando o que a Casa Branca já tentou fazer, apropriando-se de carregamentos em aeroportos internacionais e tentando adquirir o exclusivo de remédios preparados em empresas estrangeiras, a disputa pelo stock da futura vacine é um perigo.
(…)
A ordem mundial do caos é a maior ameaça contra os povos do Norte do planeta e contra todo o seu sul.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

A maior [de todas as ameaças] é Donald Trump, sobretudo se for reeleito no outono, o que parece possível, e o seu foco é o Pacífico.
(…)
O isolacionismo de Trump assusta os seus subordinados e o seu negacionismo, primeiro, e a irresponsabilidade perante o covid, depois, demonstram que não é um líder.
(…)
[A China] não tem uma moeda dominante, mas tem poder financeiro.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Apesar de tudo, o nosso “milagre” assenta na forma como a democracia é vista como património de todos.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

Durante todo o período de confinamento, milhares de crianças e jovens pobres foram retirados do elevador social da escola.
(…)
Corre por aí a ideia de que vamos fechar os velhos em casa até isto estar seguro, isolando-os da sociedade e das famílias. Seria, em alguns casos, uma condenação à morte.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

Durante o período de isolamento, há tempo para pensar e tomar consciência sobre a necessidade de desenvolver novas estratégias para o futuro da sociedade.
(…)
Há muito que os cientistas avisam que a desflorestação incessante, a perda e degradação de habitats, o uso e abuso de monoculturas intensivas, o comércio ilegal de espécies selvagens, o consumo de animais, e o aumento da densidade populacional urbana facilitam as pandemias.
(…)
A sociedade teve de se adaptar a um novo modo de viver mais contido, em afectos e consumo, menos global, muito mais familiar e intimista.
(…)
A floresta tem de passar de uma lógica de produção de madeira e papel para uma lógica de serviços de ecossistema.
(…)
A barreira a epidemias, a qualidade da água, do solo e do ar e o armazenamento de carbono são serviços de inigualável valor que os ecossistemas providenciam.
(…)
A tríade biodiversidade, alterações climáticas e saúde pública nunca mais deve ser esquecida e os três vértices do triângulo deviam servir para delinear futuras estratégias económicas.
Maria Amélia Martins-Loução, “Público” (sem link)
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De facto, é com grande preocupação que observamos, ao longo da última década, o primeiro-ministro Viktor Orbán conduzir o seu país num percurso divergente do das normas e dos valores europeus.
(…)
A oposição política, o diálogo social e a liberdade de expressão têm vindo a ser gradualmente silenciados, com várias universidades, centros culturais, grupos empresariais e organizações da sociedade civil a suportar o pesado fardo do governo autoritário de Orbán.
(…)
Permitir o governo por decreto por um período praticamente ilimitado de tempo constitui uma violação severa dos Tratados da UE, da Carta dos Direitos Fundamentais e da Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
(…)
Exortamos, finalmente, todos os cidadãos europeus para que atentem no que está a acontecer na Hungria, não como uma externalidade, mas como uma ameaça fundamental ao nosso interesse comum.
Manifesto dos membros da Cívico Europa, “Público” (sem link)

Quem quiser justificar toda esta excecionalidade com a pandemia não pode eximir-se à pergunta que o 25 de Abril nos coloca sempre, e a cada um de nós: o preço da nossa segurança é a liberdade?
(…)
Nenhuma autoridade de saúde, governo ou Presidente impôs o dever de abandonar o espaço público senão a um pequeníssimo número de contagiados ou doentes.
Manuel Loff, “Público” (sem link)

PARA QUE NUNCA MAIS (025)



Seria incontornável e indesculpável não fazer referência a uma das redes mais hediondas e sinistras da Ditadura.
Há até quem os considere mais perigosos que a própria Pide, pois estes energúmenos, tal como um coronavírus, estavam infiltrados em todo o lado: empresas, cafés, aldeias, vilas, cidades, tudo!!
O poder destes pulhas era a delação e a acusação, justa ou injusta, como aconteceu a milhares de portugueses que sofreram pela intriga destes canalhas.

GRANDE CONFERÊNCIA ONLINE PARA DEBATER A RESPOSTA À CRISE




Um convite: dedicar os próximos dias a pensar e debater como vencer a crise.
O comportamento exemplar da população parece estar a travar o passo à evolução da pandemia. Ainda é cedo para aliviar as medidas de contenção; não podemos deitar tudo a perder. Mas é o tempo de começar a responder a uma pergunta: como vamos recuperar o país? Que políticas para vencer a crise?
Esta semana o Bloco organiza uma grande conferência online para debater a resposta à crise . Começa amanhã com a intervenção da Marisa Matias e estende-se por seis painéis, ao longo de três dias: segunda, terça e quarta.
Economistas, ativistas sociais, organizações e todos os que quiserem participar darão o a seu contributo. (Catarina Martins)
Mais Aqui

sábado, 25 de abril de 2020

CITAÇÕES


[Dos] residentes em lares que morreram da infeção são cerca de 40% do total de óbitos no país, segundo a diretora-geral da Saúde.
(…)
Foram os velhos, sobretudo esses 150 mil cujo confinamento em instituições tem décadas e antecede a pandemia, quem terá sofrido mais brutalmente o impacto da crise sanitária.
(…)
Os mais velhos, diz o Observatório da Solidão, sentem-se agora, mais do que nunca, a perder tempo de vida – e a alegria.
(…)
O apelo contra a estigmatização e a menorização dos mais velhos, como se estivessem sob tutela e não fossem dotados de autonomia, tem de ser ouvido por todos.

Gente, tanta gente, que estragou a vida a lutar pela respiração e pela palavra, sua e dos outros, contra ordens e quietudes que, ao longo da História, quiseram esvaziar os povos da vitalidade da crítica e da transformação.
(…)
Criámos o Serviço Nacional de Saúde em nome da igualdade e ele foi o mais forte defensor da liberdade que inventámos.
(…)
Em abril de 1974 desobedecemos aos especialistas e escrevemos na pedra que é o povo que manda.

Pela primeira vez no século XXI, há mais autocracias do que democracias no mundo.
(…)
Se há dez anos as democracias atingiam o seu pico em termos globais, agora podemos falar de democracia em apenas 48% dos países, o que corresponde a 46% da população.
(…)
O facto de países como os Estados Unidos ou o Brasil estarem a resvalar nos seus valores democráticos é um dos sinais mais evidentes deste declínio global.
(…)
Enfim, um pouco por todo o mundo, a situação de exceção que vivemos está a ser usada para impor medidas que não são excecionais e que correspondem tão-somente a um claro aproveitamento político dessa mesma situação de exceção.

Quando os governantes executam cortes orçamentais sabem muito bem que diminuem as condições de saúde, a proteção social, as pensões de reforma, a educação e formação, a efetividade da justiça, a capacidade de investimento.
(…)
Trazer à memória dos portugueses os valores e o programa do 25 de Abril, a intervenção criadora e democrática dos trabalhadores e do povo e o percurso feito constitui um exercício político muito útil a todos os que se batem pelas liberdades e pela democracia, pela soberania, pelo desenvolvimento da sociedade.
(…)
Vão acontecer mudanças, provavelmente profundas, que serão positivas ou negativas, conforme as políticas que formos capazes de executar à escala mundial e, em particular, em cada país.
(…)
Democratizar é preciso porque o poder financeiro e económico se sobrepõe ao poder político representativo e a justiça também se lhe submete em muitos casos.

Mas há uma falta de pudor ilimitado na argumentação de quem pretende encerrar o Parlamento, apelando ao sabor das circunstâncias trágicas individuais para ganhar território político e disso retirar dividendos.

O verdadeiro debate, fundamental para o futuro dos povos, é sobre o Fundo de Recuperação Económica.
(…)
O mandato para a Comissão Europeia materializar o Fundo de Recuperação Económica continua a colocar as questões óbvias: como, quando e quanto?
Pedro Filipe Soares, Público (sem link)

Havia um tempo em que o medo chegava a todo o lado, chegava aos ossos e à própria alma.
(…)
O medo entranhou-se quase cinco décadas nos poros para sufocar a alma de cada um.
(…)
O medo, porém, tinha um mal de nascença – a coragem de quem desfraldava a esperança quotidiana.
(…)
O medo perseguia, prendia, torturava e assassinava, tal era o desvario. Não impediu, contudo, que no regaço do tempo nascesse fecundado pela coragem outo tempo.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

PORTIMÃO COMEMORA O 25 DE ABRIL EM CASA




Intervenção no âmbito das cerimónias oficiais do 46º aniversário do 25 de Abril de 1974, gravada previamente no Salão Nobre da Câmara Municipal de Portimão em virtude das recomendações de confinamento devido à pandemia Covid-19.
Mensagem de Pedro Mota, deputado municipal, em nome da Comissão Concelhia de Portimão do Bloco de Esquerda.

25 DE ABRIL: NA “TERRA DA FRATERNIDADE” NINGUÉM FICA PARA TRÁS




Na "terra da fraternidade" ninguém fica para trás. Convoquemos a inquietação de que nos falava Zé Mário Branco. Inquietação que é capaz de fazer do "peito campo de batalha", inquietação que é capaz de "flores aos milhões", mesmo "entre as ruínas". Que sejam aos milhões. E que sejam cravos. E vermelhos. Para conseguirmos um país, um futuro, melhor.
(Moisés Ferreira)

HOJE, MAIS DO QUE NUNCA, É ESSENCIAL COMEMORAR E DEFENDER ABRIL


A madrugada que todos esperávamos chegou há 46 anos.

HOJE VAMOS TODOS CANTAR A "GRÂNDOLA"


Em comemoração do dia da Liberdade.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

CELEBRAR O 25 DE ABRIL É LUTAR PELOS SEUS VALORES




Celebramos o 25 de Abril com a angústia de não o podermos fazer na rua. Falta-nos o encontro, das caras conhecidas e desconhecidas, a festa, os cravos que enchem de liberdade as avenidas com gente de todas as idades, falta-nos aquele abraço.
Junta-se a angústia do confinamento em casa com a do risco no trabalho. Para tantos, a perda de rendimentos e de emprego. Junta-se o medo; do vírus, da crise, do que será.
Mas ainda assim celebramos. Celebramos o Serviço Nacional de Saúde marca de Abril e que é o nosso pilar nestes dias e todos os dias. Celebramos a escola pública que se reinventa na sua universalidade. Celebramos a proteção do Estado Social, essa construção solidária que, com todos os problemas e dificuldades, é o melhor que o país tem. (Catarina Martins)
, marca de Abril e que é o nosso pilar nestes dias e todos os dias.modam.
Não, não é uma data comparável com Páscoas, peregrinações a Fátima ou o que mais vos aprouver. Nem a forma como irá ser assinalada terá qualquer ponto de comparação.
Sabemos bem o que vos incomoda.Como estas trabalhadoras, há milhares de pessoas despedidas ou em risco de despedimento. Proponho três medidas imediatas:
Tantos, mas tantos, que querem associar o confinamento social provocado pela pandemia do SARS-COV-2, alargando-a a um confinamento da democracia e do 25 de Abril. Tantos, mas tantos, que me interrogo sobre os limites da estupidez social e humana.

PORTIMÃO COMEMORA O 25 DE ABRIL A CANTAR "GRÂNDOLA" À JANELA



O MIGUEL FALTA-NOS HÁ OITO ANOS MAS VIVE NOS NOSSOS CORAÇÕES



FRASE DO DIA (1341)


O estudo sobre o modo como a pandemia está a ser vivida revela que é na faixa etária acima dos 70 anos que os efeitos psicológicos do confinamento e da pandemia são mais devastadores.

PARA QUE NUNCA MAIS (024)



CTT FALHAM TODOS OS INDICADORES DE QUALIDADE DO SERVIÇO POSTAL



Os CTT era uma empresa pública que dava avultados lucros ao Estado e foi privatizada apenas por motivos ideológicos por acérrimos inimigos dos ideais de Abril. Nada mais justificou a decisão do Governo PSD/CDS, que teve como consequência o encerramento de inúmeras estações de CTT que prestavam serviços essenciais às populações, especialmente as mais isoladas.
A título de exemplo aqui ficam valores dos lucros dos CTT anteriores à privatização:
CTT, lucros em 2008 - €58,2 milhões
CTT, lucros em 2009 - €59,9 milhões
CTT, lucros em 2010 - €53,3 milhões
CTT, lucros em 2011 - €56,7 milhões
CTT, lucros em 2012 - €50,7 milhões

quinta-feira, 23 de abril de 2020

O 25 DE ABRIL AINDA INCOMODA MUITO A EXTREMA DIREITA



Não, não é a celebração em si que vos incomoda. Não, não são as 130 pessoas que irão estar no Parlamento, e que vocês transformam, do nada, em 300, que vos incomodam.
Não, não é uma data comparável com Páscoas, peregrinações a Fátima ou o que mais vos aprouver. Nem a forma como irá ser assinalada terá qualquer ponto de comparação.
Nós sabemos o que vos incomoda. No entanto, escusavam de andar a representar esta farsa porque o 25 de Abril fez-se, entre outras razões, para permitir liberdade de expressão mesmo para aqueles que odeiam a Revolução dos Cravos. No tempo da ditadura é que não se podia criticar o regime salazarista...

PARA QUE NUNCA MAIS (023)



A Organização Nacional Mocidade Portuguesa vulgarmente conhecida como Mocidade Portuguesa (MP) era a organização juvenil do Estado Novo (ditadura salazarista).
A MP tinha no topo da hierarquia um comissário nacional nomeado pelo Ministro da Educação Nacional.
O primeiro comissário nacional a dirigir a MP foi Francisco José Nobre Guedes que, como simpatizante do regime nazi (alemão) procurou criar uma organização de juventude nacional inspirada no modelo alemão da Juventude Hitleriana.
O segundo comissário nacional foi Marcelo Caetano, que veio a suceder a Salazar, modificou o modelo preconizado pelo seu antecessor sem que alterasse o aspeto ideológico da organização.
Todos os jovens dos 7 aos 14 anos eram obrigados a pertencer à MP e os seus membros encontravam-se divididos em quatro escalões etários.

SAUDAÇÃO AO 25 DE ABRIL



Saudação ao Dia da Liberdade – Viva o 25 de abril!
Pedro Mota – membro da Assembleia Municipal de Portimão, eleito pelo Bloco de Esquerda
Estimadas e estimados munícipes do concelho de Portimão,
Em nome do Bloco de Esquerda envio-vos uma afetuosa saudação, evocativa da revolução de abril.
  Neste 25 de abril passam 46 anos desde aquele dia que marcou o fim de uma ditadura fascista que submeteu todo um povo ao atraso, à repressão e a uma brutal e injusta guerra colonial que tantas vítimas inocentes ceifou no nosso país e nas distantes terras de África. 
   Abril que restituiu a Liberdade e a Democracia ao povo português, que abriu as portas a grandes transformações na nossa sociedade, como seja a conquista de uma nova Constituição democrática, da Escola Pública, do Serviço Nacional de Saúde, de eleições livres, do Poder Local Democrático, direitos sindicais e sociais, uma vida mais digna para as mulheres, crianças, jovens e outros setores da sociedade.
Muito se avançou no nosso país com o 25 de abril, mas muito mais falta para se cumprir abril na sua plenitude. É preciso que todos tenham direito ao emprego com direitos, à habitação, à Universidade, ao bem-estar, a melhores condições de vida, para que toda a gente viva com dignidade e se sinta feliz. 
46 anos passados desde 25 de Abril de 1974, vivemos, novamente, um dos momentos mais críticos e difíceis das nossas vidas. Ainda não há muito tempo que desapareceu uma crise, surge agora a pandemia/COVID19 que provoca graves consequências para a saúde pública e outras de âmbito económico e social. Mas tal como a Ditadura, a COVID também será derrotada.
É preciso que o Governo, a Câmara Municipal e as Freguesias não deixem ninguém ficar para trás. É preciso que os auxílios cheguem a todas e a todos, àqueles que precisam, o mais rapidamente possível e sem burocracias. É para isso que foi feito também o 25 de abril.
Umas das mais importantes conquistas de abril foi o Serviço Nacional de Saúde que hoje trabalha arduamente no combate a esta pandemia. O nosso agradecimento aos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes operacionais, que estão na linha da frente e com risco da própria vida.
É preciso reforçar o SNS que tem sofrido redução do investimento ao longo de vários anos, por culpa dos governos dos partidos do arco da governação. Devido à supressão do investimento, têm lucrado muitos milhões os privados, e agora alguns até encerraram as suas unidades hospitalares, em vez de lutarem contra o flagelo da pandemia.
Outra conquista de abril foi o poder local democrático, passando a exprimir a vontade dos cidadãos na gestão dos assuntos de interesse local. Hoje os municípios e freguesias são os grandes aliados no combate a esta pandemia, no auxílio às populações, através dos seus serviços, proteção civil, bombeiros, forças de segurança. A todos o nosso agradecimento.
O Bloco estará sempre junto do povo através dos seus militantes, dos seus representantes autárquicos e na Assembleia da República.
O Bloco presta homenagem a todos os portimonenses que lutaram por abril, pela Liberdade e pela Democracia.
FASCISMO NUNCA MAIS! VIVA O 25 DE ABRIL! 
VIVA PORTIMÃO!

FRASE DO DIA (1342)


Independentemente da solução institucional que se encontre para a concretizar, esta ideia [da emissão de obrigações perpétuas com juros reduzidos é aquela] em torno da qual todos os países da coesão se deveriam reunir.
José Gusmão e Marisa Matias, “Público”

SOCORRER OS TRABALHADORES MAIS VULNERÁVEIS




As trabalhadoras das cantinas escolares estão a ser despedidas. Não têm direito ao subsídio de desemprego nem a nenhum outro apoio. Não são as únicas, mas a situação delas é exemplar sobre os problemas da atual legislação laboral e sobre a insuficiência das medidas de resposta à crise.
(…)
Como estas trabalhadoras, há milhares de pessoas despedidas ou em risco de despedimento. proponho três medidas imediatas:
- Proibir os despedimentos e reintegrar os trabalhadores entretanto despedidos. nenhuma empresa pode ter contratos ou apoios públicos se despedir. Uma medida que já devia ter sido implementada.
- Em segundo lugar, diminuir os prazos de garantia para acesso ao subsídio de desemprego e ao subsídio social de desemprego.
- Finalmente, garantir a famílias que perderam os seus rendimentos o acesso ao RSI, de forma a assegurar mínimos de proteção neste início de crise. Espanha está agora a aplicar uma medida semelhante. Penso, por exemplo, nas trabalhadoras domésticas e nos trabalhadores indocumentados.
Estará o Governo disponível para dar estes passos de socorro aos mais vulneráveis?
Como estas trabalhadoras, há milhares de pessoas despedidas ou em risco de despedimento. Proponho três medidas imediatas:Tantos, mas tantos, que querem associar o confinamento social provocado pela pandemia do SARS-COV-2, alargando-a a um confinamento da democracia e do 25 de Abril. Tantos, mas tantos, que me interrogo sobre os limites da estupidez social e humana.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

TODOS EM ALERTA POR ABRIL!



A PRIORIDADE DEVE SER O EMPREGO E OS SALÁRIOS




Defendemos regras que protejam os trabalhadores, mas defendemos também apoio para as empresas. É inaceitável que um sócio-gerente de uma micro empresa fique sem apoio, por exemplo. O governo dá acesso ao subsídio de desemprego se não tiver trabalhadores a cargo, mas deixa sem nada muitos outros que trabalham lado a lado com um ou dois empregados, num café ou num ATL, por exemplo. (Catarina Martins)

FRASE DO DIA (1341)


Vivemos numa crise climática global que tem de ser travada e para isso tem de se salvar quem trabalha e deixar cair accionistas e fósseis (petróleo e gás).
João Camargo, “Público”

PARA QUE NUNCA MAIS (022)



Para os que nunca viveram no tempo da ditadura ou estão esquecidos ou ainda para aqueles que pretendem branquear o salazarismo, é bom recordar que Salazar era admirador de Mussolini (o ditador fascista italiano) e do regime nazi de Hitler.
Esta saudação de braço no ar, de Salazar e outros dignitários do regime, que se vê na imagem, foi inspirada no fascismo (italiano) e no nazismo (alemão).