Do artigo de opinião que a Coordenadora do
Bloco de Esquerda assina no “Público” de hoje (30/04/2020), respigámos as
seguintes ideias fortes:
Neste momento, estão a verificar-se elementos centrais do período
da austeridade: desvalorização salarial, nacionalização dos prejuízos e
endividamento das empresas e das pessoas.
(…)
[O Governo] ao não proibir os despedimentos e ao continuar a
permitir a distribuição de dividendos, reproduz-se a lógica de nacionalização
de prejuízos.
(…)
Enquanto o Estado assume os custos do desemprego, atual e
futuro, os acionistas vão drenando já os lucros, pagos em sedes estrangeiras e
guardados em offshore.
(…)
Obrigar à renovação dos contratos precários durante a pandemia e
proibir a distribuição de dividendos, como
o Bloco propôs, protegeria emprego, salários e
capacidade produtiva.
(…)
Nas decisões sobre os setores estratégicos da economia o tempo é
também de decisões [como por exemplo a TAP, a Efacec e os CTT].
(…)
Não há resposta à crise sem investimento e estratégia públicas
para recuperar setores essenciais.
(…)
De facto, o investimento que faltar hoje será a desgraça
económica – e o imposto – de amanhã.
(…)
O que não devemos é tentar reconstruir a economia que tínhamos
antes da pandemia. Nem o turismo de massas regressará em breve, nem estava tudo
bem.
(…)
Este é o tempo para uma estratégia económica que pense o
território, a crise climática, a necessidade de reindustrialização e de
soberania alimentar, de uma política que seja capaz de corrigir os
desequilíbrios estruturais do nosso país.
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