sábado, 11 de abril de 2020

CITAÇÕES


Um trabalhador [da Galp] com salário mínimo levaria 197 anos a ganhar o mesmo [que o administrador] - seriam 4 vidas inteiras com uma longa carreira contributiva.
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A pandemia serviu de pretexto para a Petrogal despachar mais de uma centena de precários intermediados e em outsourcing.
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635 euros, o valor do salário mínimo, é o que ganham 756 mil trabalhadores portugueses.
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Na passada quarta-feira, no Parlamento, foi chumbada a atribuição temporária de um subsídio de risco (no valor de 20%) para os trabalhadores que, em plena crise e emergência, continuam a trabalhar em funções vitais.
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Faz sentido que uma empresa que despediu centenas de pessoas seja apoiada pelo dinheiro de todos?
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Faz sentido que, em pleno estado de emergência – o mesmo que limitou direitos a cidadãos e trabalhadores – se permita que empresas com lucro despeçam e distribuam dividendos?

O simples facto de [imigrantes brasileiros no Luxemburgo] irem ao supermercado pode valer-lhes a deportação.
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[Em Bruxelas] cada dia que passa são muitas as pessoas que enfrentam dificuldades, que ficam sem emprego, que ficam sem rendimentos.

Milhares de cidadãos com as suas atividades inviabilizadas, estão a acentuar as desigualdades, a alargar os caminhos para a pobreza, a aumentar o exército de mão de obra disponível que alimenta a queda dos salários e a exploração.
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No mundo do trabalho está em marcha uma tremenda alteração das relações de forças que é preciso travar.
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A proteção social é importante, mas não há ajuda que substitua o salário digno adquirido pelo trabalho.
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O Estado social - expressão da solidariedade como valor coletivo institucionalizado que obriga a todos - não sobrevive sem pagamento de impostos, coisa que os neoliberais rechaçam.
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Repugna ver grupos empresariais publicitarem os seus atos solidários, quando têm as suas sedes em paraísos fiscais para fugirem aos impostos e ampliam os seus lucros pagando mal a trabalhadores e fornecedores.
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[As “ajudas” da UE] escondem sempre, nas letras pequeninas dos acordos, a cobrança a prazo e em duplicado do que supostamente é oferecido.
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Os bancos não são e jamais serão instituições de solidariedade. Exijamos-lhes que cumpram as suas obrigações e não criemos outras expectativas.
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Um cidadão perde a sua dignidade quando fica dependente da caridade alheia. O mesmo acontece a um país.

Olhando para a forma como o Governo tem respondido à situação dramática em que se encontra a comunidade artística, é desastroso constatar que escolheu fazer o seu caminho pelo lado de fora.
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O milhão de euros, anunciado pela ministra da Cultura, como primeira linha de resposta à crise é, para utilizar palavras brandas, manifestamente insuficiente.
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Fomos, portanto, confrontados com um novo paradigma criativo em que o limiar da sobrevivência é, por estímulo governamental, decretado como a forma última de arte.
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À custa da cultura nunca se ter sentado à mesa do Orçamento do Estado, agora não há pão.
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O caso pessoal de cada artista passou a ser um caso colectivo que só pode ter uma solução colectiva.

Há sempre quem não desista da tentação de sair a ganhar, mesmo na pior das crises.
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A Brisa já acionou inclusive um mecanismo contratual para receber uma indemnização do Estado [devido à quebra do tráfico rodoviário]
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Acima do esforço coletivo, está a renda parasitária que há anos cobram ao erário público.
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Entre 2011 e 2018, [as PPP] custaram ao Estado 12 mil milhões de euros, segundo parecer do Tribunal de Contas. Este valor cobriria o orçamento do SNS, por exemplo.
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As PPP são um negócio desastroso para o Estado e um rentável negócio para os privados, que conseguem a isenção do risco e, simultaneamente, garantir os rendimentos
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Quando ultrapassarmos esta crise, estará também chegado o tempo para ultrapassar estes modelos de financiamento ruinosos e parasitários.
Isabel Pires, “Publico” (sem link)

À escala planetária e individual, o vírus tornou-se central nas nossas vidas, anseios e preocupações, e a aborrecida normalidade parece-nos agora um desejo exótico.
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Quando os privados encerram estabelecimentos de saúde ou deixam à porta quem não tem seguro ou dinheiro, são os SNS que não viram as costas às dificuldades.
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Quando o poder político não agiu com a velocidade necessária, atrasando a adoção de medidas públicas de afastamento social, correu-se atrás do prejuízo.
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A saúde pública – uma área acantonada no SNS, permanentemente vista como um custo, exangue de profissionais e recursos – tem sido David contra Golias.
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Dizia Marx que a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa. É a esse triste espetáculo que assistimos na Europa neste momento fundamental.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

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