Talvez custe reconhecê-lo, mas o
ministro holandês venceu o round do
Eurogrupo.
(…)
Triste resultado o de Centeno que se
congratula por ter sido aprovada uma linha de crédito de que o seu próprio
Governo foge como o diabo da cruz.
(…)
Haverá porventura um pequeno fundo de
última hora, para contentar os recalcitrantes.
(…)
A solução mais simples [seria] a criação
de eurobonds pelo Banco Europeu de Investimento.
(…)
Reconhecer que estamos em véspera de
austeridade mostraria simplesmente que cada país fica entregue ao seu destino.
(…)
Ou vir-se-á então a pergunta mais
temida: se a União Europeia nos abandonou, serve para alguma coisa?
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Ou pela força da requisição, ou por
contratos que resultem desse poder, todas as unidades de saúde deveriam estar
alinhadas com a prioridade nacional.
(…)
Ao mesmo tempo, a tentação dos hospitais
privados de piratearem o SNS foi evidente, mas a resposta parece ter sido
contemporizadora.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Só Governos fracos levam a sério o
preceito neoliberal ou aceitam regras como as europeias, que são logo ignoradas
se a ameaça passa o reno.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Desemprego: A bomba-relógio está nos
mais de um milhão em lay-off.
(…)
Mesmo olhando para as previsões anuais,
de desemprego de 14% no fim do anos, serão mais centenas de milhares do que
hoje.
(…)
Uma montanha de dívida: as previsões de
dívida pública de 135% do PIB são otimistas
(…)
Sem um pacote europeu fortíssimo, Portugal
não conseguirá pagar a dívida.
Pedro Santos
Guerreiro, “Expresso” (sem link)
Um terço dos trabalhadores do setor
privado têm os vínculos “suspensos” e a remuneração reduzida.
(…)
Nas últimas semanas, o desemprego tem
registado um ritmo avassalador: 4 mil novos desempregados todos os dias, na
comparação homóloga.
Pedro Adão e Silva,
“Expresso” (sem link)
O indispensável regresso condicionado às
ruas e ao trabalho, antes da vacina, vai aumentar o controlo social.
(…)
[O ar do tempo é] a tecnologia ao serviço
da vigilância em sociedades que prescindiram da privacidade e, por consequência,
de um bom quinhão de liberdade.
(…)
Este é o momento para meter o pé na
porta, aproveitando o medo dos cidadãos e o fascínio pela tirania tecnológica
da China.
(…)
Foi o medo que construiu todas as
tiranias.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
O esforço incansável e a
dedicação dos profissionais de Saúde Pública nesta pandemia são também uma
resposta, uma bofetada de luva branca, a quem tentou desvalorizar o papel da
Saúde Pública no Serviço Nacional de Saúde.
(…)
A Economia e as Finanças
que ontem perguntavam “e não se pode exterminá-la?” reclamam hoje o regresso da
Saúde Pública, pilar fundamental da Liberdade, do Estado Social e da
Democracia.
Hugo Esteves, “Público”
(sem link)
Vão ficar bem os de
sempre. Os que já reclamam compensações de milhares de milhões. Não vão ficar
bem os 552 mil em layoff, nem os 320 mil no
desemprego.
(…)
Os noticiários são
massacrantes e repetem ad
nauseam quadros de desgraça.
(…)
Aos velhos foram aplicadas
duas penas: aos que vivem em lares, a crueldade da solidão imposta; aos que lá
não estão, a discriminação, como cidadãos de segunda.
(…)
O que esta pandemia tem de
novo é ser servida por um contador universal de mortes em directo, ter uma
maior velocidade de contágio e ser provocada por algo que ainda é pouco
conhecido.
(…)
Vejo com enorme
preocupação que se comece a falar em
certificados de imunidade, escabrosa ideia que nos
ofereceria mais uma repugnante divisão social: cidadãos puros, devidamente
munidos de passaporte de sanidade, e párias impuros, sem direito ao novo papel
selado.
Santana Castilho, “Público” (sem link)
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