sábado, 25 de abril de 2020

CITAÇÕES


[Dos] residentes em lares que morreram da infeção são cerca de 40% do total de óbitos no país, segundo a diretora-geral da Saúde.
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Foram os velhos, sobretudo esses 150 mil cujo confinamento em instituições tem décadas e antecede a pandemia, quem terá sofrido mais brutalmente o impacto da crise sanitária.
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Os mais velhos, diz o Observatório da Solidão, sentem-se agora, mais do que nunca, a perder tempo de vida – e a alegria.
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O apelo contra a estigmatização e a menorização dos mais velhos, como se estivessem sob tutela e não fossem dotados de autonomia, tem de ser ouvido por todos.

Gente, tanta gente, que estragou a vida a lutar pela respiração e pela palavra, sua e dos outros, contra ordens e quietudes que, ao longo da História, quiseram esvaziar os povos da vitalidade da crítica e da transformação.
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Criámos o Serviço Nacional de Saúde em nome da igualdade e ele foi o mais forte defensor da liberdade que inventámos.
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Em abril de 1974 desobedecemos aos especialistas e escrevemos na pedra que é o povo que manda.

Pela primeira vez no século XXI, há mais autocracias do que democracias no mundo.
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Se há dez anos as democracias atingiam o seu pico em termos globais, agora podemos falar de democracia em apenas 48% dos países, o que corresponde a 46% da população.
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O facto de países como os Estados Unidos ou o Brasil estarem a resvalar nos seus valores democráticos é um dos sinais mais evidentes deste declínio global.
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Enfim, um pouco por todo o mundo, a situação de exceção que vivemos está a ser usada para impor medidas que não são excecionais e que correspondem tão-somente a um claro aproveitamento político dessa mesma situação de exceção.

Quando os governantes executam cortes orçamentais sabem muito bem que diminuem as condições de saúde, a proteção social, as pensões de reforma, a educação e formação, a efetividade da justiça, a capacidade de investimento.
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Trazer à memória dos portugueses os valores e o programa do 25 de Abril, a intervenção criadora e democrática dos trabalhadores e do povo e o percurso feito constitui um exercício político muito útil a todos os que se batem pelas liberdades e pela democracia, pela soberania, pelo desenvolvimento da sociedade.
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Vão acontecer mudanças, provavelmente profundas, que serão positivas ou negativas, conforme as políticas que formos capazes de executar à escala mundial e, em particular, em cada país.
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Democratizar é preciso porque o poder financeiro e económico se sobrepõe ao poder político representativo e a justiça também se lhe submete em muitos casos.

Mas há uma falta de pudor ilimitado na argumentação de quem pretende encerrar o Parlamento, apelando ao sabor das circunstâncias trágicas individuais para ganhar território político e disso retirar dividendos.

O verdadeiro debate, fundamental para o futuro dos povos, é sobre o Fundo de Recuperação Económica.
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O mandato para a Comissão Europeia materializar o Fundo de Recuperação Económica continua a colocar as questões óbvias: como, quando e quanto?
Pedro Filipe Soares, Público (sem link)

Havia um tempo em que o medo chegava a todo o lado, chegava aos ossos e à própria alma.
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O medo entranhou-se quase cinco décadas nos poros para sufocar a alma de cada um.
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O medo, porém, tinha um mal de nascença – a coragem de quem desfraldava a esperança quotidiana.
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O medo perseguia, prendia, torturava e assassinava, tal era o desvario. Não impediu, contudo, que no regaço do tempo nascesse fecundado pela coragem outo tempo.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

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