domingo, 7 de agosto de 2011

ATÉ QUANDO?

Sabe bem ver alguém chamar os bois pelos nomes quando essa é a evidência para toda a gente. Relativamente ao caso BPN não se passou nada de novo porque, em Portugal, os chamados crimes de colarinho branco acabam sempre da mesma maneira: tudo fica por esclarecer, os culpados não são encontrados ou, pura e simplesmente, os processos acabam por prescrever sem punição dos criminosos. É claro que, para esta gente, o crime compensa largamente, ainda que tenham de gastar muito dinheiro com bons advogados. Os que acabam por pagar a conta são sempre os mesmos e os que ficam a rir também…
O pequeno texto seguinte tem a assinatura de Daniel Oliveira e foi transcrito da edição de ontem do “Expresso”. Ele reflecte a indignação de muitos de nós, perante mais um cambalacho levado a cabo, na nossa cara, por gente de má nota, com a cobertura implícita – para usarmos uma expressão muito branda – do poder. Até quando assistiremos sem reacção a situações destas?

ENTRE AMIGOS
“Um grupo de mafiosos, com bons contactos no poder, a começar pela Presidência da República, roubou ao país o correspondente a mais do que vamos perder todos no próximo Natal. Houve um terramoto político? Tudo acabou quando todos os que mantiveram relações menos claras com esta quadrilha foram investigados e todos os culpados postos atrás das grades? Não. O BPN vai ser vendido a um banco de um ex-ministro de Cavaco Silva, ex-colega de alguns que participaram na golpada. E, acusa um outro candidato à compra, mais barato do que a outra oferta. Fica tudo entre amigos.”

Luís Moleiro

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