Está mais que visto que o actual Governo já não tem conserto e que, passado pouco mais de um ano sobre o seu início de funções não é mais que um monte de cacos colados com cuspo. De um momento para o outro, tudo se desmoronará em face das contradições que o envolvem e dos protestos populares que agora se iniciaram e vão em crescendo. Basta verificarmos que, quer o Presidente da República quer qualquer membro do executivo, não podem sair à rua que são imediatamente alvo da fúria popular. O maior mal já está feito e todas as medidas que agora sejam apresentadas para acalmar a população são, como se costuma dizer, sopas depois do jantar.
É por isso que o Congresso Democrático das Alternativas que terá lugar a 5 de Outubro na Aula Magna da Universidade de Lisboa redobra de importância colocando um desafio de capital importância às forças de esquerda em Portugal. O país necessita que estas forças se unam numa plataforma mínima que ainda vá a tempo de resgatar o país do atoleiro onde o meteram. Urge que nos levantemos contra o denominado memorando da troika, caso contrário a nossa democracia não sobreviverá, como afirma o sociólogo e Prof. Boaventura Sousa Santos na crónica que assina na Visão de ontem. Começa assim:
Os dados estão lançados e não há como escapar à questão que levantam: Portugal é um negócio ou é uma democracia? Para o Governo e seus satélites, Portugal é um negócio. Pese embora o escândalo das contribuições para a segurança social (TSU), o confisco de mais um salário aos trabalhadores portugueses e a sua transferência para os patrões, o que de mais grave e irreversível está a acontecer diz respeito às privatizações e aos negócios internacionais que elas propiciam. O intermediário desses negócios chama-se António Borges, um agente opaco, como todos os agentes-sombra ou homens de mão. Ao contrário do que parece, não é um intermediário neutro e muito menos um zelador dos interesses nacionais. É um agente da Goldman Sachs com passaporte português. O seu negócio principal é venda de activos nacionais a preço de saldo, mas também está interessado em entregar à Monsanto a produção agrícola transgénica e a outras multinacionais, os recursos naturais do país. Se tiver poder e oportunidade, este homem causará imenso dano ao país.
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