O Chile e o mundo democrático recordam hoje o 39° aniversário do golpe de Estado que depôs e eliminou o presidente socialista legalmente eleito, Salvador Allende. Em 11 de Setembro de 1973 iniciou-se a sangrenta ditadura de Augusto Pinochet que durou 17 anos e provocou mais de 3 mil vítimas.
O legado de Allende está mais vivo que nunca na luta pela democracia e pela justiça social que actualmente se desenrola por todo o mundo. O pensamento allendista e a sua concretização prática podem ser recordados no pequeno excerto que retirámos do livro de Patrícia Verdugo, “Salvador Allende o crime da Casa Branca”:
“As estatísticas indicam que, no primeiro ano de governo, o desemprego baixou quatro por cento, o Produto Nacional Bruto cresceu 8,5% e – o mais importante – melhorou a distribuição do rendimento. Isto é, os trabalhadores aumentaram de 51 para 63 por cento a sua participação no rendimento nacional. E isso traduziu-se no aumento do apoio eleitoral da Unidade Popular. Nas eleições municipais de 1971 obteve 50,2 por cento dos votos.”
Para os mais novos, convém recordar que o Governo de Unidade Popular era constituído por uma aliança de esquerda cujas principais forças eram o Partido Socialista e o Partido Comunista chilenos. A história deste curto governo de esquerda está feita e, em poucas palavras, é muito importante recordarmos a conivência americana no golpe de 1973, através da CIA. A propósito, recordemos mais estas duas frases do texto do livro acima citado: “Fazer uivar de dor a economia” chilena. Foi esta a ordem peremptória do presidente Nixon ao director da CIA”.
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