quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
GERAÇÕES BLOQUISTAS
A geração que fundou o Bloco e a geração que dará continuidade às lutas bloquistas daqui a 20 anos... Longa vida para todos!
FRASE DO DIA (1052)
Se há esquerdas cansadas, isso
não mora cá, terão de procurar noutro lado.
Luís Fazenda,
Público
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
FRASE DO DIA (1051)
Sendo o ser humano dotado de
sexo e sendo este um elemento de relevância no equilíbrio de cada um, forçoso é
concluir que a sua privação há de ter consequências.
Domingos Lopes,
Público
VENEZUELA: SÓ É ENGANADO QUEM QUER…
O que actualmente se passa com a intervenção
– por enquanto política – descarada dos Estados Unidos (EUA) na Venezuela é um
remake mal amanhado do filme que precedeu a invasão militar do Iraque. Tal como
aconteceu então, a Europa está agora a fazer o papel de idiota útil em defesa
dos interesses norte-americanos numa região em que os EUA se portam como uma
potência colonial. Os lideres europeus, que cinicamente se manifestam
preocupados com a defesa da democracia na Venezuela, não mexem uma palha para
colocar na ordem vários governos protofascistas que no interior da UE dão
tratos de polé ao regime democrático. A posição da Europa na crise venezuelana é,
pois, vergonhosa, por duas razões de fundo: 1) O que está em causa na Venezuela
são as colossais reservas de petróleo que este país guarda no seu subsolo; 2)
Donald Trump não tem as credenciais mínimas para se arvorar em defensor da
democracia uma vez que é “admirador dos mais abjectos ditadores do mundo”.
Estamos, pois, perante uma situação tão
óbvia que o mais mal informado cidadão percebe com clareza o que realmente se
está a passar. De facto, só é enganado quem quer, como refere Daniel Oliveira
no seguinte texto que constitui a sua crónica de ontem no “Expresso” Diário.
A catástrofe social
e humanitária na Venezuela tem dois responsáveis políticos. O primeiro é
Nicolás Maduro, que se agarra ao poder como uma lapa apesar da sua
incomensurável incompetência e evidente impopularidade. O segundo é Donald
Trump, que organiza o cerco à Venezuela, fazendo os cidadãos pagar o preço
deste braço de ferro. Os dois, Maduro e Trump, devem ser condenados por este
jogo macabro.
A resposta à crise política na Venezuela são eleições
presidenciais antecipadas, que nem Maduro nem o autoproclamado Presidente
querem marcar, apesar de ser o dever político do primeiro e do segundo se ter
comprometido a isso perante a comunidade internacional. Só não reconheço
qualquer legitimidade à administração Trump para qualquer intervenção em
qualquer país da América Latina, usando o esfarrapado argumento da defesa da
democracia. Falta aos Estados Unidos, que sempre se com comportaram como uma
potência colonial na região, o currículo mínimo para se autoproclamarem
polícias do continente. E muito menos Donald Trump, admirador dos mais abjetos
ditadores do mundo. Quanto à Europa, não lhe reservo mais do que umas linhas
para o seu miserável seguidismo, apenas para anotar que a UE já se esforçou
mais pela democracia na Venezuela do que pela democracia na Hungria, que é seu
Estado-membro.
Não há nada de novo na utilização da “ajuda
humanitária” como arma política. Não sei se alguma vez tinha atingido o
espalhafato hollywoodesco de vir acompanhada com espetáculos musicais na
fronteira, abrilhantados pela presença do intrépido combatente pelos direitos
humanos, Mike Pence. Mas esta forma de “ajuda humanitária” só engana quem quer
ser enganado. Nicolás Maduro não tem razão em coisa alguma, a começar pelo
facto de não ter reconhecido um Parlamento eleito e a acabar pela recusa em
marcar eleições presidenciais que façam o país sair do impasse. Mas tem toda a
razão numa coisa: o envio de ajuda humanitária para a Venezuela é de um cinismo
pornográfico.
A Venezuela tem a maior reserva petrolífera do mundo e
é um dos maiores produtores de crude. O levantamento do bloqueio à compra das
suas matérias-primas e à venda de material de refinaria, assim como o
descongelamento de contas do país, chegaria para resolver o problema
humanitário da Venezuela num ápice, permitindo que o país se sustentasse a si
mesmo. Cercar economicamente um país para o obrigar a receber em esmola
política o que pode pagar com o que é seu é o oposto de uma ajuda humanitária.
A ajuda oferecida pelos EUA e pela Europa é tão humanitária como a da Rússia. É
um jogo político que usa a fome dos venezuelanos.
A retórica cínica da ajuda humanitária pode, no
entanto, ter outro propósito: tornar aceitável mais uma intervenção militar que
ofereça aos EUA o controlo de reservas petrolíferas e restabeleça o seu total
poder no quintal da América Latina. A conversa humanitária já foi usada para
invadir outro importante produtor petrolífero, o Iraque. Também então os
promotores daquela aventura (alguns são repetentes, como o sinistro John
Bolton) prometiam a democracia em troca da rendição. Estamos ainda hoje a
pagar, com uma tragédia no Iraque e na Síria, a crise dos refugiados e o
terrorismo no mundo, o preço da irresponsabilidade. Também então os que não
estiveram do lado de Bush foram acusados de cumplicidade com um ditador.
Estavam apenas do lado da razão, da cautela e da decência. É desse lado que
devem continuar.
Os que agora usam o povo da Venezuela para o seu
cinismo “humanitário” são mais ou menos os mesmos que prometiam espalhar a
democracia pelo Iraque e seus vizinhos. Sem ser preciso qualquer tipo de
solidariedade, apoio ou compreensão para com Maduro, devem merecer a mesma
oposição que tiveram em 2003. Se o Iraque serviu para alguma coisa foi para não
voltarmos a ser enganados pela máquina de propaganda de Washington. O que os
movia então é o que os move agora.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
A REALIDADE (QUASE DESCONHECIDA) DA URGÊNCIA HUMANITÁRIA NO YÉMEN
Nos tempos que correm assistimos a uma
crescente manipulação da informação e, nem sequer nos estamos a referir às
notícias falsas que encontramos a cada passo nas redes sociais. Basta estarmos
com alguma atenção para detectarmos grosseiros desvirtuamentos da realidade dos
factos até porque começamos a associá-los à mesma origem. É bem provável que
muitas pessoas, fartas de tantas tentativas de manipulação da verdade a que são
sistematicamente sujeitas já tenham deixado de frequentar algumas redes
sociais. Ninguém gosta de ser enganado.
Infelizmente, não é só nas redes sociais
que se deturpa a verdade e, em muitos casos, de forma subtil, quase imperceptível.
Estamos a referir a alguma imprensa escrita e a noticiários televisivos. Há muito
quem não olhe a meios para atingir os fins. Esta situação é, neste momento,
particularmente notória em relação à crise que se vive na Venezuela com
notícias contraditórias e em que se percebe que a exactidão dos factos não é,
de todo, uma preocupação que se note. Trabalha-se a informação sem qualquer
espírito crítico e sem ser confrontada com várias fontes, mas em que o tom
geral é claramente favorável ao autoproclamado presidente Juan Guaidó.
Em contrapartida, assistimos a uma quase ausência
de notícias sobre o genocídio que está a ser perpetrado pela Arábia Saudita no
Yémen, com muitos milhares de mortos particularmente devido à fome e onde são
em especial atingidas as crianças.
Por que razão assistimos a critérios tão
díspares na divulgação da informação? De certeza, não nos enganaremos se a
resposta a esta pergunta se traduza apenas numa palavra: petróleo.
De qualquer maneira, há fontes de informação
que nos merecem toda a credibilidade e, entre elas, está a do Subsecretário-geral
das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock que assina no “Público”
deste sábado o artigo de opinião que reproduzimos a seguir, onde é referida a
urgência humanitária que se vive neste momento no Yémen e a que a “comunidade
internacional” tem dado pouca importância.
Em novembro passado, conheci um menino extraordinário
chamado Fawaz num hospital em Aden, no Iémen. Aos 18 meses de idade, esta
criança pesava pouco mais de 4 kg. Severamente desnutrido, Fawaz estava no
hospital há mais de um mês, reagindo mal ao leite terapêutico que lhe era
administrado. No entanto, ele perseverou, determinado a viver. A mãe de Fawaz,
Rokaya, esteve na sua cabeceira dia e noite como se estivesse num pacto
silencioso com o filho para garantir que ele sobreviveria.
Ao contrário da maioria das crianças gravemente
desnutridas, Fawaz não respondeu bem aos dois tipos de leite terapêutico
normalmente utilizados para tratar estas crianças. Após semanas de
tratamentos sem resultados e várias transfusões de sangue, os médicos optaram
por receitar leite hipoalergénico, que é mais caro e que teve de ser pago pela
família de Fawaz.
Sem este leite, a criança não teria recuperado. No
entanto, a sua convalescença teve um preço tremendo para esta família. Cada
lata de leite custa cerca de 30 dólares e, para as famílias que sobrevivem com
poucos dólares por dia, isto tem consequências devastadoras. Cuidados médicos
prestados a uma criança significam menos comida e uma refeição a menos por dia
significa um maior risco de desnutrição para as outras crianças do agregado
familiar.
Esta história tem um final feliz. Fawaz venceu, tendo
deixado o hospital a 20 de dezembro e continua a recuperar.
Contudo, milhões de iemenitas continuam a enfrentar
condições igualmente terríveis, estimando-se
que 85 mil crianças no Iémen terão perdido a luta contra a fome desde
2015.
De um total de 20 milhões de pessoas que precisam de
ajuda para garantir alimentos, quase dez milhões estão a um passo da fome,
perto de 240 mil enfrentam níveis catastróficos de fome e mal conseguem
sobreviver.
Neste momento, apenas metade das unidades de saúde do
país estão em funcionamento pleno. Centenas de milhares de pessoas adoeceram no
ano passado devido às más condições de saneamento e a doenças transmitidas
através da água. As necessidades são cada vez maiores. Hoje, milhões de iemenitas
estão mais famintos, mais doentes e mais vulneráveis do que há um ano.
As Nações Unidas e os parceiros humanitários estão a
fazer o seu melhor para proporcionar a crianças como Fawaz uma oportunidade
para lutar.
Ao longo de 2018, apesar de ser um dos ambientes
operacionais mais perigosos e complexos em todo o mundo, cerca de 254 parceiros
internacionais e nacionais foram ativamente coordenados para chegar a ainda
mais pessoas no Iémen. Juntos, ajudámos cerca de oito milhões de pessoas, todos
os meses, em todo o país, naquela que é
já a maior operação humanitária do globo. Somente em dezembro,
prestámos assistência alimentar a um número recorde superior a dez milhões de
pessoas.
Contudo, não é suficiente. Sabemos que podemos salvar
milhões de vidas este ano mas estamos a ficar sem tempo. E estamos a ficar sem
dinheiro.
É por isso que, a 26 de fevereiro, as Nações Unidas
promovem uma conferência de alto nível em Genebra, coorganizada pelos governos
da Suécia e da Suíça. São necessários mais quatro mil milhões de dólares para a
resposta humanitária no Iémen este ano, um aumento de 33% em relação ao ano
passado, para fornecer alimentos mas também tratamento a crianças desnutridas
como o Fawaz, cuidados de saúde, água potável e muito mais.
A quantia de dinheiro necessária pode parecer avultada
mas ajudará 15 milhões de iemenitas, cerca de metade da população, revertendo a
cólera, protegendo crianças contra doenças mortais, combatendo a desnutrição e
melhorando as condições de vida das pessoas mais vulneráveis. Sem financiamento
adicional, isso simplesmente não pode acontecer.
Os países doadores têm continuado a financiar o Plano
de Resposta Humanitária para o Iémen e nós esperamos que o façam, uma vez mais,
este ano. Todos devemos evitar que a tragédia humanitária que está a ter lugar
no Iémen se deteriore ainda mais. Tenho toda a esperança de que nossa ação
coletiva, em Genebra, possa salvar mais vidas e reforçar o processo político em
direção a uma solução pacífica.
Mais populares
Devemos isso
às crianças do Iémen e às suas famílias.
FRASE DO DIA (1050)
Não
se deixe enganar. O nosso país é o quarto mais seguro do Mundo e a
criminalidade tem descido.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
JOÃO VASCONCELOS QUESTIONA MINISTRO DA DEFESA SOBRE DESENVOLVIMENTOS POLÍTICOS RECENTES NA VENEZUELA
Intervenção do deputado João
Vasconcelos na audição do Ministro da Defesa Nacional acerca do teor e conteúdo
das discussões tidas em sede de concertação europeia sobre os desenvolvimentos
políticos recentes na Venezuela e sobre a política geral do Ministério da
Defesa. (20-02-2019)
FRASE DO DIA (1049)
A demagogia política que os três praticam [Paulo
Rangel, Nuno Melo e Cristas] tem a espessura duma lâmina de barbear, a
consistência do puré de batata e a subtileza dum tijolo.
domingo, 24 de fevereiro de 2019
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA EUROPA
Enfermeiros e pessoal auxiliar de cuidados de saúde por 100 mil habitantes em 2016.
In Revista, Expresso
Na realidade, para cada 100 mil
portugueses, há aproximadamente 673 enfermeiros, embora a média atual seja
ligeiramente superior, uma vez que os números europeus, sendo os mais recentes,
são até 2017. Na Noruega, por casa 100 mil habitantes há mais de 2100
enfermeiros, ou seja, mais do triplo que em Portugal…
MAIS CITAÇÕES (18)
Um quarto da população europeia vive numa situação de
risco de pobreza. São 120 milhões de pessoas, doze "países" iguais a
Portugal.
(…)
Aos defuntos Programas Europeus de Combate à Pobreza
seguiu-se um objetivo de reduzir a pobreza até 2010. Ninguém lhe prestou
atenção e esse objetivo não saiu do papel.
(…)
Os esforços de inclusão social, o reforço dos serviços
públicos ou o aumento dos salários têm caído no altar onde se exibe o Tratado
Orçamental ou o Pacto de Estabilidade e Crescimento.
(…)
Não há compromisso que vingue perante as metas e as
exigências da contenção. O problema é que falamos de uma contenção que é sempre
para os mesmos.
O PS lamenta mas aceita a austeridade.
(…)
Sou europeísta não sou é deslumbrada com
a UE.
(…)
A extrema-direita é o grande adversário
nestas eleições [europeias].
Marisa Matias,
(entrevista), Público (sem link)
É de facto a igreja católica que está em
julgamento e Francisco assume-o com honestidade.
(…)
Milhões de pessoas conheceram este
tormento da confissão sobre a sua vida sexual e perceberam a obsessão de tantos
sacerdotes com esses pecados.
(…)
Jesus entregou o celibato a uma opção, á
liberdade, portanto, a Igreja não pode impor isso como lei.
(…)
A igreja não pode continuar misógina nem
machista.
Francisco Louçã,
Expresso Economia (sem link)
[O modo da comunicação entre as pessoas
mudou] com a sensação de que, no mundo da mentira, todo o sucesso é possível.
(…)
Esta é uma sociedade virtual no rigoroso
sentido da palavra.
(…)
[Muita gente, particularmente os
adolescentes] passam a aceder exclusivamente a um mundo de informações sem
qualquer intermediação que não seja a da tecnologia de criar emoção e,
portanto, efabular.
(…)
Dentro de cinco anos, haverá jovens a
chegar à universidade que nunca abriram um jornal nem olharam um telejornal.
Francisco Louçã,
Expresso Economia (sem link)
PSD e CDS pretendem que, ao mesmo tempo,
se comprima ainda mais o défice para pagar a dívida, se reduzam os impostos e
se aumente o investimento público.
(…)
A inconsistência das posições do PSD e
em particular do CDS revelam-se quando acusam o Governo de ter criado
expectativas incomportáveis e, ao mesmo tempo, apoiam e incentivam as reivindicações
de vários setores da sociedade.
(…)
No contexto político que se perspetiva,
estes partidos [PSD e CDS] não têm qualquer proposta nova e positiva.
É o executivo e não a oposição que quer
fazer das europeias um referendo à governação.
Pedro Adão e
Silva, Expresso (sem link)
Não há nada mais eficaz para quem queira
nivelar todos por baixo do que espicaçar o ressentimento entre trabalhadores.
Daniel Oliveira,
Expresso (sem link)
Na economia circular o lixo é a matéria-prima
que se integra numa nova cadeia produtiva e num novo circuito económico.
(…)
A ideia de continuar a queimar o lixo em
incineradoras tornou-se hoje um desperdício e um malefício.
Luísa
Schmidt, Expresso (sem link)
JOÃO VASCONCELOS QUESTIONA MINISTRO DA DEFESA
Intervenção do
deputado João Vasconcelos na audição do Ministro da Defesa Nacional sobre o
processo de abertura do aeroporto do Montijo, sobre o teor e conteúdo das
discussões tidas em sede de concertação europeia sobre os desenvolvimentos
políticos recentes na Venezuela e sobre a política geral do Ministério da
Defesa, onde o deputado bloquistas colocou um conjunto de questões sobre a
avaliação dos militares, a Polícia Marítima, e outros assuntos. (20-02-2019)
sábado, 23 de fevereiro de 2019
CRIMINOSOS DE GUERRA
"Se as leis de Nuremberg fossem aplicadas, todos os presidentes dos Estados Unidos do pós-guerra teriam sido enforcados" (Noam Chomsky)
CITAÇÕES
As penas são para ser cumpridas, mas não
podem ser perpétuas.
(…)
Uma autarquia tem o dever de apoiar a
ressocialização, e não de prolongar o estigma ou de bloquear a reconstrução da
vida das pessoas, justamente nos momentos mais difíceis e decisivos, que é
quando uma nova etapa começa.
O trabalho em call centers é muito
precário, mal remunerado e, sobretudo, penoso, sobreintensificado, com
consequências de riscos graves para a saúde (física e mental) dos
trabalhadores.
(…)
É a sistemática condição
de precariedade (…) que impõem que o trabalho em muitos call centers seja
(sobre)intensificado até quase ao limite da capacidade física ou mental das
pessoas.
(…)
Por regra, nos call centers, nas suas
funções de atendimento, os trabalhadores não podem expressar-se livremente.
João
Fraga de Oliveira, Público (sem
link)
Estima-se que 85 mil crianças
do Yémen terão perdido a luta contra a fome desde 2015.
Mark
Lowcock, Público (sem
link)
Sendo variadas as
motivações ideológicas de quem se opõe ao alastramento epidémico do eucalipto
em Portugal, parece clara a ideologia dos que o promovem, condicionando a
segurança e o bem-estar das populações rurais.
(…)
[Para os
anarco-capitalistas] o Estado é-lhes útil nos apoios, mas um empecilho nos
condicionamentos ao extrativismo.
Paulo
Pimenta de Castro, Público (sem
link)
O Dr. Manuel Soares não
parece ver nada de extraordinariamente chocante nas imagens [do bairro da
Jamaica] de agentes a sovarem com uma violência desproporcional duas pessoas
idosas que não estavam a oferecer qualquer resistência, nem estavam armadas.
(…)
Dizer que existe um padrão
de violência racista e que esta é estrutural, não é dizer que “todos” os
agentes são racistas.
(…)
Assistimos a um
inaceitável alinhamento no branqueamento do racismo institucional e da
violência que dele decorre.
Mamadou
Ba, Público (sem link)
No caso dos que são
privados da liberdade por decisão judicial, as políticas sociais estão
desenhadas para ajudar na recomposição de laços e na reconquista da dignidade.
Manuel
Loff, Público (sem link)
É aceitável que Trump
congele bens venezuelanos e ameace com sanções todos os bancos e empresas que
negoceiem com o regime, sabendo que desse modo impede o governo de socorrer a
população?
(…)
É de admirar que poucas vozes
se levantem a questionar, à luz do direito internacional, como podem os EUA,
sem o aval da ONU, lançar uma guerra à Venezuela, provavelmente para se
apoderar do petróleo, ouro e gás natural.
(…)
A viagem [dos deputados
europeus] não passa de um condimento que Trump utilizará ou não para levar a
cabo o seu plano de (se puder) passar a ter em Caracas quem lhe telefone a
saber o que há-de fazer.
Domingos
Lopes, Público (sem link)
[Às novas gerações] é-lhes dito que
vivem em democracia, sem que se lhes mostre que esta nasceu de um parto difícil
e é algo que precisa ser exercido, defendido, pensado e desenvolvido todos os
dias.
(…)
Não podemos viver sem passado e sem
futuro, sob pena de retornarmos ao estado de barbárie do qual partimos.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
ROTAS DO PETRÓLEO PARA OS ESTADOS UNIDOS...
O afã dos americanos na defesa dos direitos humanos na Venezuela e na concretização da "ajuda humanitária" pode ter uma explicação simples...
FRASE DO DIA (1048)
A
volatilização que tantos consideravam ser um privilégio negativo da Esquerda,
ganha contornos de uma vida perfeitamente normal numa família às direitas.
O CDS MERECE TODA A CENSURA
Quando invoca a contestação e as greves, o CDS só pode censurar-se por ter apoiado o Governo a travar avanços nos direitos de quem trabalha.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
FRASE DO DIA (1047)
A única cara de Assunção Cristas
é a vergonha dos idosos despejados, o drama das famílias que não conseguem
pagar a renda e dos jovens que são expulsos para as periferias. (recomenda-se a leitura completa do artigo)
A HISTÓRIA DA MOÇÃO DE CENSURA DO CDS
O CDS olhou para o calendário e viu 2019, ano de eleições. Depois olhou para o lado e viu o estado em que está o PSD e pensou que havia espaço para disputar uma Direita em fragmentação. E esta é a história da moção de censura do CDS.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
FRASE DO DIA (1046)
Os défices históricos obrigam a
cativações colossais e as cativações liquidam os investimentos e geram a
degradação dos serviços públicos, de que a Saúde e a Educação são os casos mais
visíveis.
Santana Castilho, Público
(NA MOÇÃO DE CENSURA) O CDS ESTÁ A CENSURAR-SE PELO QUE FEZ ATÉ AGORA
Oportuna intervenção de Catarina Martins no debate sobre a moção de censura apresentada pelo CDS.
IDONEIDADE DE CARLOS COSTA
O Bloco não faz análise antecipada da idoneidade de qualquer administrador da CGD. É o Banco de Portugal (BP) que terá que fazer. No dia em que o BP disse que não avaliava o seu Governador, foi criado um conflito de interesses.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
FRASE DO DIA (1045)
Pensar
que a legalidade de uma greve pode ser gerida por atos administrativos é errado
e constitui uma ladeira descendente contra o direito de greve.
DESTRUIÇÃO DE EMPREGOS VERDES EM 2019
“É um contrassenso que no preciso momento em
que anunciamos investimento para responder às alterações climáticas com a descarbonização
da economia, deixamos que a única fábrica de produção de painéis solares do
país [em Moura] encerre. É aqui que deveríamos
investir diretamente.” (Catarina Martins)
Estamos a destruir empregos verdes
em 2019. Com um programa de investimento público para a transição energética,
uma empresa destas não teria mãos a medir...
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
MOLHE DA PRAIA DA ROCHA NECESSITA URGENTE REPARAÇÃO
O pontão no meio do molhe da Praia da Rocha apresenta evidentes
sinais de acentuada degradação. As pessoas que o frequentam, nomeadamente os
pescadores, comentam que quando o mar está mais picado as pedras ou que
delas resta tremem. É natural que esta estrutura necessite obras de reparação
porque a sua construção deve rondar os 60 anos.
FRASE DO DIA (1044)
Na nova era Bolsonaro e Moro,
porém, o risco é que o Brasil rapidamente se transforme abertamente numa
democracia belicista.
Susana Durão,
Público
MORTE LENTA PARA DOENTES DE CANCRO EM GAZA
Israel nega autorização
aos palestinianos para receberem tratamento fora de Gaza. É uma situação que se
vem prolongando no tempo mas do desconhecimento geral da opinião pública
mundial.
Imagine-se como
seria difundida esta situação se acontecesse num país como a Venezuela onde
existe um Governo que não goza das boas graças dos Estados Unidos da América…
Mais
Aqui
domingo, 17 de fevereiro de 2019
VITÓRIA DOS TRABALHADORES DAS LAVARIAS DAS MINAS DE NEVES-CORVO
"Hoje estivemos com os trabalhadores das Minas de Neves-Corvo que conseguiram o reconhecimento do desgaste rápido da sua profissão" (Catarina Martins)
MAIS CITAÇÕES (17)
Há já alguns anos que a ADSE é totalmente
paga pelos trabalhadores, os mesmos que através dos seus descontos também
financiam o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
(…)
Em 2015 e 2016 os grupos privados
decidiram não cumprir as tabelas negociadas e cobraram mais 38 milhões de euros
em relação ao negociado e a ADSE exigiu que os prestadores convencionados
regularizassem os pagamentos.
(…)
[Os privados deveriam pagar o calote]
mas não foi isso que aconteceu, os privados
uniram-se em cartel para ameaçar a ADSE, suspender os acordos vigentes e tentar
convencer a opinião pública de que têm o direito de impor a tabela de preços
que bem entendem fugindo aos compromissos negociados previamente.
(…)
[Dos 554 milhões de euros
pagos aos grupos privados de saúde], a ADSE assegurou 20% da despesa corrente
dos hospitais privados.
(…)
Quem ouviu as palavras de
Assunção Cristas neste processo poderá pensar que a ADSE anda a viver às custas
dos privados, quando a realidade é a oposta.
(…)
Parece evidente que são os
privados que precisam mais da ADSE e do Serviço Nacional de Saúde para se
financiarem.
(…)
É evidente que há aqui
toda uma agenda política e nem sequer há tentativa de disfarçá-la.
(…)
Quem defende cuidados de
saúde prestados por privados e a destruição do SNS viu neste caso uma
oportunidade de ouro para atacar o setor público, recorrendo ao desporto
nacional que é denegrir a ADSE.
Caminhamos para um mundo em que se podem
vir a delimitar duas redes distintas de internet, a norte-americana e a
chinesa.
(…)
Há custos imputados à ADSE que variam de
um para quatro no mesmo tratamento.
(…)
De facto, para tudo o que é mais
complicado, é sempre ao SNS que o cidadão recorre e não aos hospitais privados.
(…)
Uma parte dos médicos dos hospitais
privados não tem convenção com a ADSE, cujos utentes são por vezes submetidos a
tratos de polé.
Francisco Louçã,
Expresso Economia (sem link)
O espetáculo dos últimos
dias ajuda-nos a ver de que forma um sistema de saúde alternativo ao SNS
baseado em seguros, sejam eles públicos ou privados, pode ficar refém de um
cartel da indústria da saúde.
(…)
É preciso um SNS dotado de
meios que lhe permitam assegurar, ele próprio, parte do que atualmente é
comprado à indústria da doença.
(…)
O SNS tem de ser cada vez
mais um serviço com forte componente preventiva, até porque é aí que todos e o
Estado podem ganhar muito.
Costa e Rio querem a regionalização, só
não a querem a contaminar a campanha eleitoral.
Pedro Santos Guerreiro,
Expresso (sem link)
Os negócios privados vivem encostados às
rendas públicas.
Pedro Adão e Silva,
Expresso (sem link)
Todas as pessoas com quem falei aqui em
Cuba valorizam a saúde e o ensino gratuitos e escolarização básica de nível
europeu.
Daniel Oliveira,
Expresso (sem link)
A globalização permitiu que grandes
multinacionais, como a Apple, a Google e a Starbuchs evitassem o pagamento de
impostos.
(…)
Se todas as pessoas evitassem e evadíssemos
impostos como estas empresas, a sociedade não poderia funcionar.
(…)
O objetivo das multinacionais consiste
na recolha de apoios para reformas que continuem a corrida para o fundo e na manutenção
de oportunidades para a evasão fiscal.
Joseph
E. Stiglitz, Expresso Economia (sem link)
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