[O controlo do sistema de pagamentos
internacionais] é a mais poderosa arma de destruição económica do mundo.
(…)
Para ficar com o petróleo e a água, basta
controlar as transferências internacionais, com descobriu um deleitado Trump.
(…)
As vendas externas totais das mil
maiores empresas digitais norte-americanas andam pelo 1% das exportações
mundiais.
(…)
O [encontro de Davos] deste ano
atualizou o cálculo cruel de quantos ultrabilionários têm tanto quanto a metade
mais pobre da população mundial, 3,8 mil milhões de almas. Este ano já são só
26.
(…)
Para estes afortunados [26], cresce
sempre, ao ritmo 2500 milhões por dia.
(…)
O Banco Mundial, circunspecto, conclui
que a desigualdade dentro dos países é maior do que há 25 anos.
(…)
Já vimos [as medidas impostas pelo FMI]
tantas vezes que nem podemos estranhar que os devotos do palácio presidencial
de Luanda apoiem mais esta viragem que empobrecerá Angola.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Só para registo
"identitário" [do Bloco], entendemos atuar na leitura da luta
política de classes, na exata razão em que assumimos um projeto socialista.
(…)
Que a social-democracia,
por todo o lado, tenha abraçado o capitalismo liberal e assumido a
competitividade do mercado contra os valores sociais, está demonstrado.
(…)
Com certeza que [no Bloco]
desagradamos aos reacionários quando melhoramos o estado de direitos e a
cultura plural.
(…)
Culpar quem luta contra o
opressor atinge ao mesmo tempo a condição e a consciência da pessoa
oprimida.
Luís
Fazenda, Público (sem
link)
Há em todo o país 25 mil famílias a
viver encostadas a paredes de tijolo e debaixo de chapas de zinco.
Pedro Santos
Guerreiro, “Expresso” (sem link)
Há coisas que só se sabem quando
experimentamos a vida toda.
(…)
É uma ilusão pensar que a exclusão dos
negros se deve apenas á sua condição social.
(…)
Ser homem, branco e pobre, não é o mesmo
que ser mulher, negra e pobre.
(…)
Sem as lentes da consciência política, o
racismo só é visível para as suas vítimas.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
Democracia imperfeita [a
portuguesa], como todas as democracias, mas não preciso de citar Churchill,
para lembrar que é o nosso mais precioso património, que por isso deve ser
defendido e aprofundado diariamente.
(…)
Penso assim que é um dever
de cidadania juntar-me aos que alertam contra os perigos que assombram a nossa
democracia e lembrar que os inimigos desta têm em comum a utilização dos
próprios mecanismos e das instituições democráticas para a destruir.
(…)
Já uma manifestação de
jovens contra o racismo e a violência policial no bairro da Jamaica, no Seixal,
sem comunicação prévia dos seus promotores, na Avenida da Liberdade, foi
reprimida de forma desproporcional.
(…)
É certo que, devido em
parte às teorias luso-tropicalistas, que continuam a florescer por aí, o
racismo em Portugal não é claramente combatido e, mesmo se ele não se expressa
sempre às claras, não deixa de existir.
(…)
Ultimamente também,
neofascistas e neonazis ocupam, sem vergonha, o espaço público português
assediando e agredindo. Aconteceu, em Lisboa, a Mamadou Ba, dirigente do SOS
Racismo, e, em Braga, a um jovem activista antifascista.
Irene
Flunser Pimentel, Público (sem link)
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