O feminismo é uma coisa de mulheres e de homens, porque é uma coisa da democracia e é uma coisa de direitos de igualdade e de diferença.
(…)
Em cada mulher que é discriminada no
salário que recebe por trabalho idêntico ao de um homem, é a democracia que é
ofendida no seu pilar fundamental da igualdade de direitos de todos/as.
(…)
Se as vidas correntes, distraídas de
como a normalidade é violenta e discriminatória, pararem um dia para que a
consciência dessa violência e dessa discriminação se reforce, é claro que a
greve feminista (de 8 de Março) valerá a pena.
Na verdade, não deixa de ser inquietante
que os cuidados prestados a quem está dependente tenham permanecido tantos anos
na mais absoluta sombra.
(…)
[Na proposta do Governo] há um passo que
parece nunca ser dado: reconhecer que, ainda que estes cuidados prestados
informalmente por familiares não correspondam a um emprego ou a uma profissão,
eles são trabalho.
(…)
Em comum com os cuidados [informais],
também o trabalho doméstico não é incluído nos instrumentos com que a economia
mede a produção de riqueza.
(…)
A desigualdade salarial entre géneros é,
no Portugal de 2019, cerca de 16%, em média.
(…)
Temos um sistema de justiça, com agentes
concretos, que é ainda profundamente machista.
(…)
Portugal começou a juntar-se a este
movimento [feminista da greve internacional das mulheres]
Quando se vai ver o que é
isso do “sistema”, verifica-se que é da democracia que estão a falar.
(…)
Os temas comuns do
“anti-sistema” são a corrupção dos políticos, sempre apresentada de forma
genérica, como se ser “político” fosse ser ladrão.
(…)
Ser “anti-sistema”
significa ser contra as diferenças institucionalizadas nos partidos políticos,
e contra os mecanismos de representação e mediação, sejam os parlamentos, os
partidos ou os sindicatos.
(…)
Este “sistema” é o que me
assegura pelo voto as minhas escolhas, que me dá maior liberdade.
(…)
Um dos grandes sucessos da
Censura foi criar uma imagem de Portugal pacificado, inerte, pouco conflitual,
sem grandes violências, mais de bons costumes do que de maus.
(…)
Sim, meus caros
“anti-sistémicos”, o Portugal ideal [salazarista] com que têm uma não-nomeada
simpatia, era um regime profundamente corrupto e onde se escapava à punição
muito mais eficazmente do que na democracia.
(…)
A verdade é que, por muita
malfeitoria que exista, os regimes democráticos são muito menos corruptos do
que as ditaduras, ou os “paraísos anti-sistémicos”.
Pacheco
Pereira, Público (sem
link)
Os grupos privados andaram
a meter a mão na ADSE e agora foram descobertos.
(…)
[Os grupos privados da
saúde] não olham a meios na procura de uma posição negocial que evite a
devolução do dinheiro e garanta novas tabelas de preços que mantenham o abuso.
(…)
A chantagem dos privados para manter a
sobrefaturação serve para tirarmos outras lições, particularmente num momento
em que se debate a Lei de Bases da Saúde.
Pedro Filipe
Soares, Público (sem link)
[Marques Mendes] desde que se foi [do PSD], até a SIC o descobrir, faz de conta que é
um analista, uma espécie erudita de Cristina Ferreira.
(…)
Ao que consta, [Santana
Lopes] terá fechado numa gaveta o pensamento de Sá Carneiro, que fugiria a sete
pés do espetáculo de Évora, onde a vice-presidente apresentou como currículo
ser advogada da Madonna, madonna
mia...
(…)
Impante, a cristianíssima
Cristas, encostando-se a Trump, que não ao Papa, com palavras cheias de veneno,
defendeu a intervenção militar dos EUA a que chamou humanitária...
Domingos Lopes, Público (sem link)
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