Jorge
Costa é deputado, membro da mesa nacional e da comissão política do Bloco de
Esquerda. Licenciado em Comunicação Social, foi jornalista antes de entrar para
a política. Foi coautor de vários livros com Francisco Louçã, mas também de
obras com Fernando Rosas e, mais recentemente, com Mariana Mortágua.
Nesta
quarta-feira (16/3/2016) o jornal i publicou uma entrevista com Jorge Costa, da
qual seleccionámos as seguintes afirmações:
Não
há nenhum país europeu que possa aceitar ter a sua banca inteiramente em mãos
estrangeiras.
A
lógica do projecto de união bancária europeia vai acabar por pôr em causa o
próprio controlo da CGD.
Se
é para termos um conflito em defesa do sistema bancário português, então é
melhor fazê-lo já.
A
nacionalização do Novo Banco é importante para criar uma banca pública forte
que impeça prejuízos maiores para os contribuintes.
O
governo português tem de ter na Europa uma condução que o possa elevar ao
estatuto de proponente de alterações significativas no plano europeu.
A
direita colaborou ativamente para sabotar qualquer possibilidade de um desfecho
que fosse diferente daquele a que se chegou [para a Grécia].
O
governo português tem de ter aprendido com o que se passou na Grécia.
O
governo português, ao apresentar um Orçamento de rutura com um ciclo de
empobrecimento, está a abrir uma janela de esperança.
As
medidas que são as mais importantes do ponto de vista da dignidade das pessoas
são as primeiras que vão ser atacadas por Bruxelas.
O
BE não vai faltar sempre que estiver em causa impedir o regresso da austeridade
e do ciclo de empobrecimento.
[Vão
pagar menos na conta da luz] um milhão de portugueses. (…) A metade mais pobre
deste milhão de famílias vai beneficiar ainda de uma redução da contribuição
audiovisual, que passa de 2,85 euros para um euro. E depois ainda há a tarifa
social do gás. A poupança deverá andar entre os 110 e os 130 euros por ano.
A
disponibilidade orçamental para o investimento público que é necessário não se
consegue com um serviço da dívida como aquele que está hoje a ser praticado.
Perante
qualquer situação extraordinária, temos [Bloco] como critério que não se dá nem
um passo atrás.
Do
ponto de vista da política económica e social, [temos] grandes afinidades e
grandes convergências [com o PCP].
Há
um espaço político novo na esquerda que se está a abrir para uma política
diferente de alternância.
Marcelo Rebelo de Sousa está
empenhado num certo regresso à normalidade do bloco central.
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