Há ainda que reinvestir nos Serviços Florestais e
em equipas de Guardas e Sapadores Florestais, há que criar alternativas que
permitam a quem vive no interior ter fontes de rendimento, há que pensar o
próprio modelo de desenvolvimento.
(…)
A somar ao abandono, há o problema da dispersão da
propriedade da floresta que torna muito difícil geri-la
O
que a regulação do lobbying conseguirá será, quando muito, que quem não tem
poder para não deixar pegada seja referenciado publicamente.
(…)
O
alcance da legalização do lobbying pode vir a ser bem mais amplo do que parece:
o risco maior é mesmo o de se passar a considerar legal aquilo que hoje cabe no
universo do tráfico de influências.
Cuidado com elas [as empresas do eucalipto],
são o poder sombra da floresta.
(…)
[As empresas do eucalipto] querem aproveitar a
necessidade de posse administrativa dos terrenos abandonados para um movimento
de concentração da propriedade, à espera de um novo governo que lhes favoreça a
eucaliptização, na esteira de Passos e Cristas.
Francisco Louçã, Público (sem link)
E o certo é que, com apenas 32% dos votos, ou
seja, tão-só 15% dos eleitores inscritos, os partidos da aliança entre Macron e
Bayrou obtiveram quase 65% dos 577 deputados à Assembleia Nacional.
(…)
[Em França] graças a um sistema eleitoral
iníquo e injusto, que não prevê qualquer forma de representação proporcional, o
que prevalece é uma democracia sem o povo.
Segundo um estudo de Piketty e outros (2014),
Portugal foi dos países onde o rendimento do 1% que mais ganha mais subiu e
onde as taxas de IRS para estes mais desceram.
Miguel Costa Matos, Público (sem link)
É ridícula a forma como os sucessivos governos
têm desprezado o assunto, enquanto bocados do país vão ardendo ano após ano, a
economia da floresta vai sendo negligenciada, as pessoas vão perdendo os seus
bens e as suas vidas.
São José Almeida, Público (sem link)
Sobre as consequências do aquecimento global
podemos, como se tem feito, invocar o comportamento de Trump, mas era bem mais
útil denunciar os nossos Trumps domésticos, a começar pelo lóbi das indústrias
da fileira florestal.
(…)
Que, perante a tragédia de Pedrógão Grande, se
multipliquem as vozes que pretendem desviar a atenção da questão é a prova de
que pode o fogo continuar a matar e a devastar todos os anos metade da
superfície queimada da UE que, por este lado, não haverá tréguas: lucro é
lucro.
Manuel Loff, Público (sem link)
Em 37 anos ardeu o equivalente a 40% do país. Prevenção
continua a ser o “parente pobre”.
Título do Expresso (sem link)
Só 1% de floresta da indústria é que arde.
Título do Expresso (sem link)
O que se sabe é que Portugal também é o país
da Europa em que o Estado “está menos presente” na floresta.
Luísa Schnidt, Expresso (sem link)
É bom que nos recordemos que não é avisado
perseguir a natureza, pois esta regressa “a galope”.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)
É também na economia que pode estar parte da
solução para a limpeza das florestas.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)
A dimensão das tragédias em Londres e em
Pedrógão Grande resulta claramente da combinação da austeridade com o aumento
da desigualdade.
Nuno
Pinto, Expresso (sem link)
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