terça-feira, 6 de março de 2018

EUROPA: O COLAPSO DE SOCIALISTAS E SOCIAS-DEMOCRATAS


O resultado das eleições italianas deste domingo foi ainda pior do que o que estava previsto.
A queda de Renzi pode levar nas próximas eleições europeias à criação “de um novo grupo em Estrasburgo, pilhando os restos dos Verdes e dos Liberais e dividindo os socialistas” podendo vir a tornar este grupo pequeno “comparado com o das esquerdas” como afirmava Francisco Louçã no Expresso Economia deste sábado.
Mas o colapso de socialistas e sociais-democratas a nível europeu tem vindo a desenhar-se desde há décadas como bem realça Louçã no seguinte excerto do seu artigo:
Um apanhado das últimas décadas é constrangedor para socialistas e sociais-democratas e demonstra como Macron pode mesmo reduzi-los a um testemunho saudoso: comparando eleições desde o virar do século, na Grécia perderam 35 pontos, na República Checa caíram de 20 para 7%, na Holanda de 25 para 6%, em França de 30 para 7%, em Espanha de 34 para 22%, na Alemanha de 40 para 20,5%, o pior desde a II Guerra Mundial e que pode ainda piorar. Em 2017 os sociais-democratas ou aparentados perderam os governos da França, Áustria e República Checa, só mantendo os de Portugal, Grécia, Malta e Eslováquia (aqui com o escândalo de um jornalista assassinado) entre os 27 países da União [Europeia].
Pode mesmo estar no fim o “tempo em que democracia-cristã e os sociais-democratas partilhavam o poder europeu”, deixando “a Comissão e as instituições sob pressão da metamorfose da direita, com a pulverização do centro”.

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