O
resultado das eleições italianas deste domingo foi ainda pior do que o que
estava previsto.
A
queda de Renzi pode levar nas próximas eleições europeias à criação “de um novo
grupo em Estrasburgo, pilhando os restos dos Verdes e dos Liberais e dividindo
os socialistas” podendo vir a tornar este grupo pequeno “comparado com o das
esquerdas” como afirmava Francisco Louçã no Expresso Economia deste sábado.
Mas
o colapso de socialistas e sociais-democratas a nível europeu tem vindo a
desenhar-se desde há décadas como bem realça Louçã no seguinte excerto do seu
artigo:
Um
apanhado das últimas décadas é constrangedor para socialistas e
sociais-democratas e demonstra como Macron pode mesmo reduzi-los a um
testemunho saudoso: comparando eleições desde o virar do século, na Grécia perderam
35 pontos, na República Checa caíram de 20 para 7%, na Holanda de 25 para 6%,
em França de 30 para 7%, em Espanha de 34 para 22%, na Alemanha de 40 para
20,5%, o pior desde a II Guerra Mundial e que pode ainda piorar. Em 2017 os
sociais-democratas ou aparentados perderam os governos da França, Áustria e República
Checa, só mantendo os de Portugal, Grécia, Malta e Eslováquia (aqui com o escândalo
de um jornalista assassinado) entre os 27 países da União [Europeia].
Pode mesmo estar no fim o “tempo em que
democracia-cristã e os sociais-democratas partilhavam o poder europeu”,
deixando “a Comissão e as instituições sob pressão da metamorfose da direita,
com a pulverização do centro”.
Sem comentários:
Enviar um comentário