É
bom não nos iludirmos demasiado com as notícias vinda a público sobre a redução
do desemprego em Portugal que, sendo um dado positivo adquirido, não esconde a dimensão
real da situação difícil da vida dos portugueses. É uma situação que também é
conseguida à custa de salários muito baixos e da emigração que continua. Por outro
lado, uma coisa é o desemprego oficial e outra, o desemprego real. Senão,
vejamos:
No
fim do 4º Trimestre de 2017, o desemprego oficial atingia ainda 422.000
portugueses, mas se somarmos os desempregados que deixaram de procurar emprego
por se convencerem, depois de muito procurarem de que não encontrariam (os
“inativos disponíveis que não procuram emprego”, na linguagem oficial), o
número de desempregados já sobre para 623,3 mil. E se adicionarmos aqueles que
fazem “biscates” para sobreviverem então o seu número aumenta para 844,4 mil, o
que corresponde, no último trimestre de 2017 a uma taxa real de desemprego, ou
de “subutilização do trabalho”, para utilizar as palavras do INE, de 15,5%, no
lugar da taxa de desemprego oficial de 8,1% que é a divulgada pelos órgãos de
informação.
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