Vindos do estrangeiro ou de estratos sociais que não fazem a mínima ideia do que é o país real eis a origem de muitos políticos que estão à frente dos destinos do país. Habituados ao conforto dos gabinetes, depois de uma juventude em que desconheceram o verdadeiro significado da palavra ‘sacrifício’, traçam a nossa sina a régua e esquadro, de calculadora na mão como se não estivessem perante seres humanos mas diante de uma massa amorfa quase insensível perante a forma como é tratada. Já o Presidente da República, dada a sua origem não tem qualquer desculpa.
O seguinte excerto de um artigo de opinião que Daniel Oliveira assina no “Expresso” de ontem caracteriza muito bem esta ideia:
“Não era preciso que Cavaco vivesse com poucas centenas de euros para conseguir ver para lá deste fosso. Para ter olhos na cara não se tem de ser pobre. Bastava ser daqueles políticos que conhecem a terra onde vivem e não julgam que ela começa e acaba no seu próprio retrato presidencial. Se ele, com as suas origens e a sua experiência executiva, não consegue, imaginem os nerds, estrangeirados e jotinhas que estão no governo. É natural que, no país que conhecem, ‘sacrifício’ seja uma contrariedade, ‘desemprego’ um ajustamento, ‘salário’ um custo de produção. Na realidade, nem a mesma língua falamos. De um lado, há uma corte que governa, comenta e informa. Do outro, uma massa abandonada. Conseguirá juntar estes países quem, vindo de um lado ou do outro, passar a fronteira. Não foi isso que fez Aníbal Cavaco Silva ao longo destes anos. Ele apenas subiu na vida. Não é exactamente a mesma coisa.”
O seguinte excerto de um artigo de opinião que Daniel Oliveira assina no “Expresso” de ontem caracteriza muito bem esta ideia:
“Não era preciso que Cavaco vivesse com poucas centenas de euros para conseguir ver para lá deste fosso. Para ter olhos na cara não se tem de ser pobre. Bastava ser daqueles políticos que conhecem a terra onde vivem e não julgam que ela começa e acaba no seu próprio retrato presidencial. Se ele, com as suas origens e a sua experiência executiva, não consegue, imaginem os nerds, estrangeirados e jotinhas que estão no governo. É natural que, no país que conhecem, ‘sacrifício’ seja uma contrariedade, ‘desemprego’ um ajustamento, ‘salário’ um custo de produção. Na realidade, nem a mesma língua falamos. De um lado, há uma corte que governa, comenta e informa. Do outro, uma massa abandonada. Conseguirá juntar estes países quem, vindo de um lado ou do outro, passar a fronteira. Não foi isso que fez Aníbal Cavaco Silva ao longo destes anos. Ele apenas subiu na vida. Não é exactamente a mesma coisa.”
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