sábado, 9 de junho de 2012

RIA DE ALVOR, UMA LIÇÃO E UM CASO DE ESPERANÇA



“A sentença, datada de 25 de maio, obriga os proprietários – a empresa Butwell Trading, Serviços e Investimentos SA, pertencente a Aprígio Santos – a restaurar todas as espécies e habitats destruídos, restabelecendo assim todas as condições que anteriormente justificaram o elevado estatuto de proteção ambiental nesta propriedade situada no coração da Ria de Alvor.

A sentença obriga ainda os proprietários à interdição completa de atividades nas zonas de habitats protegidos durante 10 anos (dando assim aos sapais condições para recuperarem) e à apresentação ao ICNB e execução de um plano de recuperação das espécies protegidas destruídas na propriedade.”

A notícia é muito extensa e deixa claro que a sentença que condenou os proprietários da Quinta da Rocha vai certamente ser alvo de recurso. Se é certo que as ONGA e todos os ambientalistas se devem regozijar por esta importante vitória contra o crime ambiental perpetrado na Ria de Alvor, não é menos certo que nos devemos preparar para uma “guerra” prolongada pois estamos na presença de gente muito poderosa, com poucos escrúpulos e que está disposta a usar todos os meios para atingir os seus objectivos, mesmo os mais perversos.

De qualquer maneira, esta sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé constitui uma lição e um caso de esperança. Uma lição para aqueles que pensam que os atentados ao meio ambiente ficam sempre impunes e uma esperança para os que, à custa de muita luta e de muitos sacrifícios vão dando o melhor de si em prol da defesa de um mundo onde valha a pena viver.

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