Portugal "foi aos mercados". Significa isto que foi pedir dinheiro emprestado e o obteve. Dinheiro emprestado para quê? Não, não é para salários e pensões, nem para repor aos trabalhadores e pensionistas o que lhes foi retirado. Não é dinheiro para evitar os cortes na educação, na saúde ou na proteção social. Não é dinheiro para investir, nem para criar emprego. É dinheiro para amortizar dívida, substituir dívida velha por dívida nova e a juros mais elevados do que a anterior. Quanto daquele dinheiro vai chegar à economia real? Nenhum.
Carvalho da Silva, JN
O que se passou esta semana com a assunção pelo Governo de que pediu um alargamento de prazos para pagamento da dívida pode indiciar que o Governo usou politicamente a situação da dívida portuguesa para prosseguir na execução de um programa político que pretende desestruturar e reduzir o Estado social em Portugal e diminuir drasticamente o rendimento dos portugueses.
São José Almeida, Público (sem link)
[Sobre o BCE] Um novo monarca absoluto na política europeia, que centraliza as decisões e imporá condições, passando a deter o monopólio da violência económica e social. Que a estrutura do poder se altere de forma tão profunda e ninguém cuide de garantir níveis mínimos de legitimidade é elucidativo do desvario político que impera na Europa.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)
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