quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DESEMPREGO DESCONTROLADO



A taxa de desemprego teve um aumento brutal do 3º para o 4º trimestre de 2012, aproximando-se de 1 milhão de pessoas sem trabalho, segundo números oficiais. Ainda segundo estes números, entre 2002 e 2012 a taca de desemprego cresceu de 4,4% para 16,9%. Ainda em 2008 este valor situava-se em “apenas” 7,3%. Como alguém diria, “é só fazer as contas”… Para além disso, não nos podemos esquecer de que, já no 3º trimestre de 2012, a taxa de desemprego se situava acima do previsto pelo Governo para o fim do presente ano. Que valores iremos, então, atingir em Dezembro de 2013?

De qualquer maneira, há que ter em conta que a realidade é muito pior, ao ultrapassar largamente 1 milhão de pessoas sem trabalho – esses valores poderão estar mesmo a aproximar-se de 1,5 milhões.

Atente-se apenas em cinco pormenores (pormaiores!) retirados dos números hoje vindos a público:

1.O desemprego no Algarve atingiu quase 20% o que significa que por cada 10 pessoas em idade activa, 2 estão sem emprego.

2.Entre os jovens, por cada 10, 4 não têm trabalho, uma brutalidade que está a atirar para o estrangeiro uma massa imensa de gente preparada, com que o país contava para o fazer desenvolver.

3.Apenas 43% do número total de desempregados, segundo o INE, recebiam prestações de desemprego em Dezembro de 2012. É claro que, se tivermos em conta o número real de pessoas que não têm trabalho, aquela percentagem baixa consideravelmente.

4.No último ano foram perdidos 200 mil empregos.

5.Perante estes dados aterradores, Passos Coelho / Portas assobiam para o lado como se estivéssemos perante danos colaterais das políticas elogiadas pelos arautos do neoliberalismo nacional e internacional.

A resposta a estas provocações – não têm outro nome – só pode ser dada pelo povo, no seu conjunto, não só por meio do voto como através de greves e muitas acções de rua. O próximo sábado 16 de Fevereiro e dia 2 de Março são datas propícias para manifestarmos que isto não pode continuar assim.

Sem comentários:

Enviar um comentário