Resistir a este modelo de precarização
que tem sido testado no setor da estiva não diz respeito apenas a eles,
estivadores.
(…)
[A ministra Ana Paula Vitorino] tem um
poder enorme que pode e deve utilizar: o poder de retirar a licença de
concessão a uma empresa que se revele incapaz de ter os trabalhadores
necessários para assegurar o funcionamento do Porto.
A cela é esse lugar em que o rosto de
cada uma, o nome de cada uma, a vida de cada uma, são banidos.
Um país com tanto atraso
estrutural gera inevitavelmente má governação a nível local e nacional, porque
falta massa crítica para fazer melhor.
(…)
As desigualdades são
talvez a melhor marca desse atraso.
(…)
Como dizem os saudosistas
do salazarismo, havia muito ouro no Banco de Portugal, mas o preço desse ouro
entesourado era uma elevada mortalidade infantil e analfabetismo, a exploração
dos mais pobres, uma guerra e uma ditadura.
(…)
O 25 de Abril fez muito
para retirar o país do seu atraso, através desse valor intangível da
democracia, mas está longe de ter conseguido dar a volta a muito do atraso
atávico do país.
(…)
Este caso [da estrada que
aluiu em Borba] só teve a cobertura mediática que teve porque os cenários eram
espectaculares para a televisão, e os
drones tornaram muito barata a filmagem aérea.
Pacheco
Pereira, Público (sem
link)
Se alguma coisa aprendemos
com a Primeira Guerra Mundial é que a guerra é o crime supremo, que
mais tarde será definido em Nuremberga como um ‘crime contra a paz’.
(…)
Atualmente, os EUA
participam, no palco africano, em várias missões militares, operando em mais de
20 países.
(…)
Denunciar as injustiças
epistémicas sobre o conflito mundial que iniciou o seculo XX é um dever de
memória, central à produção de uma outra história, a partir de outras
experiências vividas nesta guerra.
Maria
Paula Meneses, Público (sem link)
No debate público está a
faltar uma estimativa dos custos “invisíveis” associados à prospeção e
exploração de petróleo.
(…)
Esses custos [inerentes à
exploração petrolífera], que nalguns casos podem gerar danos irreversíveis na
condição dos ecossistemas afectados, não devem ser ignorados pelo Estado, o
qual representa a sociedade civil.
(…)
Ao retificar a análise
custo-benefício, será que a exploração de hidrocarbonetos ao longo da costa
portuguesa ainda é viável para a sociedade portuguesa?
Ana
Faria Lopes, Público (sem
link)
Os senhores do dinheiro
observam lá do alto as formigas que todos os dias vão e vêm vezes sem conta, de
casa para o emprego, de um emprego para o outro, tudo numa frenética corrida ao
dinheiro que no fim, como disse, vai ter sempre ao mesmo bolso.
Fernando Teixeira, Público (sem link)
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