O que se passou à volta do
processo do impeachment é particularmente perigoso para as instituições democráticas dos
EUA.
(…)
Trump não sairá do poder a
bem, mesmo que perca eleições.
(…)
Trump usou de chantagem
com o apoio militar votado no Congresso a uma Ucrânia em guerra, para obter o
“anúncio” de investigações sobre o rival Biden.
(…)
O Senado trava toda a
legislação e em particular todas as medidas a favor dos americanos com menos
recursos, para dar a ideia de que o Congresso não funciona.
(…)
Conhecendo-se Trump,
depois da absolvição no Senado, vai fazer tudo o que quiser sem restrições,
quer no plano interno, quer internacional.
(…)
A moldagem das
instituições do Estado, a começar pelos tribunais, através da escolha de juízes
partidários, muitos sem currículo nem experiência, mas apenas fidelidade
absoluta ao Presidente.
(…)
A destruição da imagem dos
seus adversários por todos os meios possíveis, alguns ilegais.
(…)
Nunca [como Trump] um
político em democracia usou com maior desplante a mentira como instrumento de
poder.
(…)
Trump inovou todos os
métodos de manipulação.
(…)
[Quer democratas] quer
muita gente nos EUA estão a começar a perceber que o autoritarismo de Trump é
um caminho para a ditadura.
Pacheco
Pereira, “Público” (sem
link)
A verdade é que nunca a
Europa conheceu um tão prolongado tempo de paz, de concórdia e de
desenvolvimento económico e social em democracia [como em várias décadas após a
2ª Guerra Mundial]
(…)
A direita europeia
deixou-se seduzir pelo canto de sereia do liberalismo que se comporta como a
hidra mitológica – sempre que lhe cortam uma cabeça recupera passado algum tempo.
Fernando
Santos Pessoa, “Público” (sem
link)
A eletricidade é um bem
essencial mas paga um IVA de luxo. A vontade para reduzir o seu preço é geral.
(…)
Tudo espremido, ficava à
vista a falta de vontade do Governo em mexer no IVA da eletricidade e sobrava a arrogância de um Governo minoritário
com tiques de maioria absoluta.
(…)
Na balança do presidente
do Eurogrupo, o prato do excedente orçamental para apresentar a Bruxelas é
muitíssimo mais pesado do que o combate à pobreza energética.
(…)
A discussão sobre se o CDS
virou mais ou menos à direita depois do último congresso está ultrapassada: o
CDS agora ampara-se no PS para evitar eleições legislativas.
(…)
Para a história ficará a
intransigência do PCP, que considerou que era melhor deixar tudo como está do
que descer o IVA da luz no próximo outono.
(…)
[Uma certeza é que] a
descida do IVA da eletricidade voltará a votos no Parlamento.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
António Costa, passou a
privilegiar claramente o PCP de Jerónimo de Sousa, em detrimento do BE de
Catarina Martins.
(…)
Um protagonismo que não é
alheio ao papel que o PCP acabou por desempenhar no enterro da baixa da taxa do
IVA na factura da electricidade.
(…)
O protagonismo dado por
António Costa ao PCP foi esta quinta-feira de manhã reivindicado e assumido
formalmente pelos comunistas em comunicado do gabinete de imprensa.
São
José Almeida, “Público” (sem
link)
A principal luta do
neofascismo é agitar as bandeiras da corrupção, insegurança e imigração.
(…)
A base eleitoral da
extrema-direita é composta por diferentes frações de classe, desde o chamado ‘lumpen’ ao que resta hoje da
velha ‘aristocracia operária’, mas sobretudo pelos setores atingidos pelo
desemprego ou que foram vítimas de transformações rápidas na industria.
(…)
Até muito recentemente, o trauma de 48 anos de ditadura do
Estado Novo serviu de pano de fundo na defesa do
sistema democrático.
(…)
A recente sondagem que
aponta para um significativo crescimento do Chega deve fazer soar o alerta.
Elísio
Estanque, “Público” (sem
link)
Aquele «lugar de memória» [Escola-Cantina
com o nome do ditador Salazar] poderá trazer lucro a negociantes e felicidade
aos saudosos do Estado Novo, mas bom para o conhecimento e para a democracia
não será.
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