sábado, 15 de fevereiro de 2020

CITAÇÕES


A oferta de cuidados paliativos de qualidade e com cobertura nacional pelo Serviço Nacional de Saúde é evidentemente essencial.
(…)
Hoje, quem tem dinheiro, vai à Suíça para que a sua vontade de morrer com serenidade e sem dor, antes que a agonia ou o adormecimento tomem conta do quotidiano, seja respeitada.
(…)
Na nossa de sociedade contra a morte má em Portugal, a despenalização da eutanásia é um passo imprescindível.

A União Europeia protege e continuará a proteger os seus paraísos fiscais, o que significa que nada mudará nas chamadas políticas de "otimização fiscal" por muito que se acumulem casos atrás de casos.
(…)
É por demais evidente o papel que teve [no Luanda Leaks] o offshore de Malta, um dos paraísos fiscais europeus, e as consequências são, para já, nulas.
(…)
Os impactos da fraude fiscal, da evasão de capitais, das práticas prejudiciais e do branqueamento de capitais nas sociedades europeias são enormes.
(…)
O crime financeiro continua a compensar na Europa.

A luta de Ramón Sampedro [o espanhol que ficou tetraplégico na sequência de um mergulho na praia] pelo direito a terminar a sua vida durou mais de três décadas e não deixou ninguém indiferente.
(…)
Não deve a lei impor uma moral sobre o fim da vida, nem os direitos podem cessar no limiar da morte.
(…)
O Estado não impõe o modelo de fim de vida, antes garante a liberdade para uma decisão individual, porventura a maior decisão de todas.
(…)
As propostas que serão debatidas excecionam da criminalização da morte assistida uma condição específica, em que uma pessoa lúcida e consciente sofre de uma lesão definitiva ou doença incurável e fatal, está em sofrimento continuado e tem todas estas condições atestadas por profissionais médicos.
(…)
A “rampa deslizante” de que alguns falam é a campanha do medo, requentada e batida, que já foi utilizada no debate da estratégia para a toxicodependência e da interrupção voluntária da gravidez.
(…)
Se alguma coisa mudou [agora] não foi a qualidade do debate sobre a morte assistida, que tem sido elevado e participado, foi apenas o oportunismo político de alguns, que até usam referendos como manobras dilatórias.
Pedro Filipe Soares, “Público” (sem link)

Ninguém pode decidir se um sofrimento terminal é ou não legítimo.
(…)
Ninguém se pode arrogar do espaço de liberdade final de alguém em nome da perpetuação da vida, para além da vontade quando se sofre tremendamente.
(…)
[Há quem ouse] falar da obrigação societária de cuidar até ao último sopro de vida quando sempre menosprezaram o estatuto dos cuidadores informais e o reforço dos cuidados paliativos.

Estão em curso retrocessos táticos e estratégicos que vão conduzir os partidos às suas velhas "zonas de conforto", em desfavor de um rumo coletivo transformador?
(…)
Quando Cavaco Silva na sua luta contra a nova solução política impôs aos partidos da Esquerda "união" de papel passado, contribuiu, não sei se conscientemente, para a formalização de compromissos que se haveriam de revelar importantes no país e fora dele.
(…)
Os compromissos assumidos [em 2015] não passaram de uma espécie de carta de mínimos, de execução trabalhosa mas não impossível.
(…)
Não pode desperdiçar quatro anos numa procura fútil da melhor oportunidade para desencadear uma crise.

A próxima transposição para o nosso ordenamento jurídico da Diretiva (UE) 2019/1937 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2019, relativa à proteção das pessoas que denunciam violações do direito da União, poderá contribuir para alterar este quadro.
(…)
Sem prejuízo dos direitos das entidades denunciadas, previstos aliás na própria Diretiva Europeia, quem por imperativo de cidadania denuncia crimes ambientais também deve ser protegido de retaliações.
Carlos Matias, “Público” (sem link)

Segundo o Folha de S. Paulo, um em cada três dos 200 municípios brasileiros de menor rendimento per capita do país não teve apoios [Bolsa família] entre e Junho e Outubro do ano passado.
(…)
Philip Alston, especialista da ONU para a pobreza extrema, encontrou em Espanha características de um país subdesenvolvido, com bairros pobres em que as pessoas vivem “em condições muito piores que num acampamento de refugiados”.
(…)
Mais de metade da população espanhola tem problemas para chegar ao fim do mês e mais de um quarto está em risco de exclusão social.
(..)
Entre 2007 e 2017, [em Espanha] o rendimento do 1% mais rico da população subiu 24%, enquanto que para os outros subiu 2%.
(…)
O nível de pobreza no país [Reino Unido] mantém-se, o pobre é que mudou: já não é o desempregado, mas o que tem trabalho.
(…)
Com trabalhos mais precários e mal pagos e o preço da habitação a subir, a pobreza é hoje uma ameaça que paira sobre uma fatia substancial dos agregados familiares britânicos.
(…)
Sobreviver sendo pobre nos EUA é um esforço tão grande que pouco tempo resta para sonhar.
António Rodrigues, “Público” (sem link)

Sem comentários:

Enviar um comentário