domingo, 16 de fevereiro de 2020

MAIS CITAÇÕES (69)


Não é [que os partidários do referendo à despenalização da morte assistida] queiram genuinamente um referendo (…) mas este serve para tentar empatar a decisão do Parlamento.
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O que se decide no reconhecimento de um direito não é só se sim ou não, é sobretudo como.
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Só uma lei elaborada com rigor, a prudência e sentido de equilíbrio pode responder com seriedade a um desafio tão complexo.
José Manuel Pureza, “Expresso” (sem link)

O primeiro erro [da Igreja Católica] é pretender que a religião tem uma legitimidade transcendente a que o Parlamento deve obedecer.
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[Importa pouco] que Cavaco avise soturnamente que os nomes dos deputados devem ficar registados para vinganças futuras.
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É um erro ameaçar o que não se pode. Derrotada, a Igreja Católica ficará mais fraca.
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[O segundo erro] é que a proposta de referendo é um sacrilégio e religiosamente inaceitável pela doutrina da Igreja que agora o propõe.
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A proposta de referendo é, para os bispos, uma renúncia ao sagrado, além de ser um jogo político.
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Uma lei sobre direitos individuais não se referenda e, por isso, os partidos que a propõem (…) rejeitarão a proposta da Igreja Católica e da extrema-direita.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

O futebol parece mais um mundo à parte do que uma parte do mundo.
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[O futebol tem] um código de conduta que se julga à margem do código penal.
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A política faz em público de conta que os clubes de futebol não existem.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

A polarização política aumenta após a eleição de partidos radicais e deve ser vista mais como consequência do que causa para a entrada desses partidos nos parlamentos.
Pedro Adão e Silva, “Expresso” (sem link)

Mesmo que insistam que é “uma questão de consciência” as leis são sempre uma questão política.
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Sempre que a Igreja Católica não concorda com uma lei, ela ganha o estatuto automático de “fraturante”, o Parlamento parece ficar diminuído nos seus poderes.
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O argumento derradeiro para o referendo [sobre a eutanásia] é sempre o mesmo: não houve debate. Só que, neste caso, isso não é verdade.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

 A empresa Facebook, disposta a fornecer uma plataforma para má informação/desinformação e manipulação política, independentemente das consequências para a democracia, mostrou os perigos de uma economia de vigilância monopolista controlada pelo setor privado.
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A reunião [de Davos] deste ano destacou o desencanto com o modelo americano cada vez mais dominante de empresas que dão prioridade aos acionistas e maximizam os lucros.
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Em suma, o capitalismo sem restrições desempenhou um papel central na criação das múltiplas crises que as sociedades enfrentam atualmente.
Joseph E. Stiglitz, “Expresso” Economia (sem link)

O mundo está perigoso e os perigos são assinaláveis também em Portugal.
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Populismo e elitismo opõem-se ao pluralismo da democracia representativa e das suas instituições.
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O populismo não é especificamente de extrema-direita, mas tende a localizar-se nesse espaço político.
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[O populismo] é visceralmente contra a democracia (liberal), ao rejeitar todos os freios e contrapesos do Estado de direito democrático.
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Com ideias antigas de supremacismo nacionalista, xenofobia, racismo, comunitarismo particularista, identitarismo, o populismo actual tem facetas novas, uma das quais – embora também não seja completamente novo – é a forma como utilizam a democracia para chegarem ao poder, não a destruindo de imediato, mesmo se o objectivo último é essa destruição.
Irene Flunser Pimentel, “Público” (sem link)

Portugal tem hoje uma população envelhecida num país (ainda) pleno de desigualdades.
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O país, como um todo, é um exemplo de políticas de coesão social por cumprir.
Pedro Góis, “Público” (sem link)

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