sábado, 22 de fevereiro de 2020

CITAÇÕES


Os atentados terroristas de extrema-direita começam a dar sinais na Alemanha e com consequências trágicas.
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A chegada a cargos institucionais por parte do partido de extrema-direita AfD não se traduziu numa perda de força, mas antes numa normalização que é perigosa.
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A eleição [na Turíngia] de um governador de extrema-direita com o apoio do partido de Angela Merkel, CDU. O escândalo levou à demissão da Presidente da CDU alemã, mas o precedente criou-se.

A aprovação, na generalidade, dos cinco projetos de lei que despenalizam a eutanásia, foi um passo de enorme importância na ampliação do respeito e da tolerância para com as diferentes mundivisões e formas de encarar a vida e a morte.
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Há vitórias que se saúdam, mas não precisam da exibição contra os derrotados.
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Com esta lei [da despenalização da morte assistida], na realidade, ganham todas as pessoas, das várias opiniões.
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Como já foi assinalado, o debate de ontem [quinta-feira] foi, salvo pouquíssimas exceções, marcado pelos argumentos mais do que pela berraria.
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Os estudos indicam haver uma claríssima maioria favorável a uma lei que respeite as diferentes convicções das pessoas acerca do modo como querem morrer quando confrontadas com uma situação irreversível e de grande sofrimento.
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Portugal teve ontem [quinta-feira] um ganho importante de liberdade, porque de respeito pela escolha de cada um e de cada uma.

Um jogador de futebol faz-nos debater, sem aspas, o racismo em Portugal.
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Foi um cidadão sem complexos de colonialismo português, maliano de naturalidade francesa, a fazer o que ainda não tinha sido feito num campo de futebol em Portugal.
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Algo está muito errado quando vemos um deputado eleito a garantir que se está "nas tintas para a Constituição", negando a existência de racismo porque os hipócritas "não passarão".

Uma economia que aumenta o peso de setores de baixo valor acrescentado e mantém o vício dos baixos salários bloqueia o desenvolvimento.
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O Governo e, em particular, o primeiro-ministro têm reconhecido expressões da persistência desse clima económico e social depressivo e ameaçador, mas não afrontam as suas causas.
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Compromissos que pareciam estratégicos, como por exemplo a Lei de Bases da Saúde, passam paradoxalmente a meras declarações de princípio, quando o primeiro ato significativo na área é pôr em marcha uma nova parceria público-privada.
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O Governo devia empenhar-se em valorizar o trabalho, por exemplo, impedindo a caducidade dos contratos coletivos, dinamizando a negociação e combatendo a precariedade.

Apesar das consequências negativas que terão na qualidade de vida dos cidadãos de Lisboa, [as obras de expansão do aeroporto Humberto Delgado], não foram objeto de licenciamento nem da obrigatória avaliação de impacto ambiental (AIA).
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Enquanto autarca [António Costa] reconheceu que os lisboetas têm direito ao descanso noturno, ao respeito pelas leis do ruído, à habitação, à saúde e à segurança.
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O que sobra é a realpolitik que afasta os cidadãos, esvaziada da sua dimensão ambiental e negligente em relação aos compromissos internacionais a que o país aderiu, designadamente o Acordo de Paris e as suas metas de descarbonização da economia.
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Ao “plantar” um aeroporto no Montijo – barato para quem o pretende construir e explorar –, a ANA/Vinci e o Governo estão obviamente a sacrificar o interesse público.
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O próprio ministro das Infraestruturas já reconheceu que a privatização da ANA se converteu num ruinoso negócio para o país, mas persiste-se no erro.
Pedro Soares, “Público” (sem link)

Onde eu penso que são mais graves os fenómenos de racismo é naquilo que se pode chamar conflitos de proximidade.
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O racismo não caracteriza a vida de Guimarães, mas a violência no futebol caracteriza.
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Se há questão no que aconteceu, é mostrar o futebol como um dos reservatórios de violência na sociedade portuguesa e, sendo assim, naturalmente contendo o racismo na panóplia dessa violência latente.
Pacheco Pereira, “Público” (sem link)

Defender um sistema de saúde universal para todos é uma das ideias de campanha que mais ataques tem valido ao senador Bernie Sanders, a quem Donald Trump volta e meia acusa de ser socialista.
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Desde que Cuba decidiu acabar com o programa Mais Médicos do Brasil em Novembro de 2018, depois das muitas críticas de Jair Bolsonaro na campanha presidencial, que as cidades brasileiras perderam um quinto dos seus médicos de família.
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Bolsonaro, que chegou a acusar os profissionais cubanos de estarem no país para “formar núcleos de guerrilha”, prepara-se agora para contratar os 1800 médicos cubanos que ficaram no Brasil quando o programa de cooperação foi interrompido.
António Rodrigues, “Público” (sem link)

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