Quem
lê o Expresso com alguma regularidade contacta com os artigos que Joseph Stiglitz,
Prémio Nobel da Economia e professor na Universidade de Columbia em Nova
Iorque, publica naquele semanário e sabe quão crítico ele é do sistema
neoliberal que actualmente domina o mundo. Estamos, sim, perante um defensor de
um sistema capitalista com rosto humano, para usarmos uma expressão perceptível
embora pouco exacta.
Do
seu artigo deste sábado no Expresso retirámos as seguintes afirmações:
A
taxa de desemprego para os Estados Unidos como um todo é de 10,3%.
Para
os afro-americanos com idades entre os 17 e 20 anos, que completaram o ensino
secundário mas não se inscreveram na faculdade, a taxa de desemprego é superior
a 50%.
[A
queda dos salários reais dos trabalhadores] explica o porquê de o rendimento
médio das famílias ser mais baixo hoje, do que era há 25 anos.
Há
fortes indícios de que as economias têm melhor desempenho com um mercado de
trabalho equilibrado e, tal como o Fundo Monetário Internacional tem mostrado,
com menor desigualdade.
O
argumento para a subida das taxas de juro não está no bem-estar dos
trabalhadores, mas sim no dos financeiros.
Nos EUA, está a ser pedido
aos trabalhadores que sacrifiquem os seus estilos de vida e bem-estar para
proteger os financeiros abastados das consequências da sua própria imprudência.
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