O
drama dos refugiados tem estado menos em evidência nos telejornais e na comunicação
social em geral mas isso não quer dizer que haja quaisquer progressos
significativos na solução deste momentoso problema humano. É, por isso, muito
importante a tomada de posição do Secretário-Geral da Amnistia Internacional
(*) em artigo de opinião que veio à estampa no Público de hoje. Dele
transcrevemos as seguintes afirmações que considerámos mais importantes.
- Os líderes mundiais permanecem insensíveis ao
sofrimento dos refugiados.
- Mais de 75.000 mulheres, homens e
crianças estão ali [na fronteira entre a Síria e a Jordânia] encurralados há
quase um ano.
- Se os líderes mundiais fracassarem em agir
nestas duas grandes cimeiras de Setembro, arriscam-se a encorajar outros países
a também abandonarem os refugiados a destinos precários como o dos que se
encontram na berma.
- Fechar fronteiras nunca demoverá os refugiados
que conheci pelo mundo inteiro de tentarem alcançar a segurança – para si
mesmos e para as suas famílias.
- Terão os líderes mundiais o descaramento de
passarem dois dias a trocar banalidades e ao mesmo tempo nada fazerem, enquanto
dezenas de milhares de refugiados sírios definham no deserto?
- Não podemos permitir que um fracasso da
responsabilidade colectiva em Nova Iorque estimule um abandono colectivo das
responsabilidades nacionais em todo o mundo.
- Se falhar um acordo no plano global,
precisamos de uma mostra decisiva e célere de liderança por parte de um grupo
crucial de países dispostos a assumirem a responsabilidade e a encontrarem
soluções para pôr fim a esta enorme tragédia dos nossos tempos.
- A crua realidade é que mais de um milhão de
pessoas precisam de ser reinstaladas até ao final de 2017. E quantos mais
países compartilharem esta responsabilidade tão mais fácil será gerir essa
reinstalação.
- Todos nós gostaríamos de acreditar que se um
dia a guerra ou perseguição destruíssem as nossas vidas conseguiríamos
encontrar refúgio seguro num outro lugar. É exactamente isso que está em causa
agora.
- Cabe a cada um de nós dizer aos nossos
governos que acolhemos refugiados, e que eles também o devem fazer.
(*) Salil
Shetty
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