No conjunto, as medidas que estão no projeto de
Orçamento beneficiam os recibos verdes.
(…)
Os recibos verdes não precisam de votos piedosos
nem que se lance a confusão. Precisam de justiça e que se faça caminho.
Os mecanismos de ataque aos fogos são um
emaranhado incompetente, agravado pelo apetite partidário (o que levou o
PSD-CDS a assaltar antes os lugares de mando na protecção civil e o PS a fazer
o mesmo este ano).
(…)
Nada se resolverá enquanto as empresas eucalipteiras,
que gerem 200 mil hectares, promoverem outros 700 mil hectares de plantações da
espécie.
(…)
O que faz arder Portugal são as matas de
eucaliptos e pinheiros abandonados por quem não tem os meios, se tem a vontade
de cuidar da floresta.
(…)
Temo por isso que nada saia do Conselho de
Ministros sobre a floresta, além da regulamentação da lei dos cadastros
aprovada há dois meses.
(…)
Portugal usa 20% do seu orçamento para os fogos
(vinte vezes inferior ao de Espanha), para limpeza e prevenção e 80% para extinção
dos incêndios.
Francisco Louçã, Público (sem link)
Por que é que o que se fez de
forma lesta para o urbanismo não se faz para o espaço não urbano?
(…)
Estes fogos apenas descarnaram o
país esquelético que fomos criando.
José Reis, Público (sem link)
[Estes incêndios] explodem com
toda a brutalidade porque resultam claramente de uma ausência de um projeto de
desenvolvimento para o interior do país.
(…)
Os incêndios acontecem porque o
país cresce desmesuradamente no litoral e vai morrendo no interior.
(…)
A gritaria que a direita mais
sofisticada ou mais bruta utiliza nos incêndios para atacar a política do
Governo no seu todo e pedir a sua queda é própria de uma mentalidade de
terceiro ou quarto mundos.
(…)
[A oposição ao Governo] sem
ideias para sair da política de redondel de enriquecer os ricos e empobrecer os
pobres, fica à espera do que a natureza lhe possa trazer para dar provas que
existe.
Domingos Lopes, Público (sem link)
[Em Espanha] usa-se a lei e a
Constituição para fingir que se soluciona pela força algo que só uma negociação
um dia poderá começar a resolver.
Sofia Lorena, Público (sem link)
Esta será a derradeira
oportunidade de olhar para o interior do país, abandonado e envelhecido, sob
pena de assistirmos à desertificação definitiva de uma parte substancial do
território.
Amílcar Correia, Público (sem link)
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