A
exploração levada a cabo pelas grandes potências sobre os países mais pobres,
assume muitas vezes a forma de tratados, com a finalidade aparente de facilitar
as trocas comerciais entre os parceiros mas que na prática visa beneficiar os
países mais ricos. É assim com o NAFTA (Tratado Norte-americano de Livre Comércio formado
principalmente pelos EUA, Canadá e México).
Numa altura em que se debate a renegociação do NAFTA,
acordo comercial que serviu apenas para legalizar a invasão de empresas
canadianas e norte-americanas no México, trazendo consigo ainda mais destruição,
onde ficam os direitos dos povos indígenas e dos agricultores a quem as terras
têm sido roubadas para a mineração, deixando-os na miséria a ao abandono?
Uma vez que proteger os direitos indígenas não é
compatível com o desejo ardente por mais lucros por parte da mineração
canadiana, o Canadá – por via da tão aclamada diplomacia e das embaixadas
colonizadoras que mantêm no México - não só tem difundido a ideia de que o
investimento na mineração é bom, como ainda emite alertas aos turistas
endinheirados que vêm em busca de um México paradisíaco para não se aproximarem
de zonas sobre as quais causaram grande destruição, mas que dizem ser perigosas
por lá viverem indígenas e agricultores que ainda não foram devidamente
domesticados pelo capital.
Por este motivo, a REMA, Red Mexicana de Afectados por
la Minería, exige o fim da operação institucional e política que tem sido
levada a cabo no México através de eventos diplomáticos que servem apenas para
legitimar a acumulação de riqueza por parte do investimento privado estrangeiro
à custa da destruição das populações locais; assim como exige o fim de
políticas e projectos legais que alimentam a falsa ideia de que se as empresas
subscreverem códigos éticos de Responsabilidade Social - que em nada as obriga,
na verdade! - está tudo bem.
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