Depois do primeiro impacto das malfeitorias anunciadas quinta-feira à noite pelo primeiro-ministro, aos poucos vamos descortinando alguns pormenores com a ajuda do que vemos ouvimos e lemos.
Fixámo-nos muito no corte dos subsídios de férias e de Natal que pensionistas e funcionários públicos, que ganham acima de mil euros ilíquidos, vão sofrer nos próximos dois anos (para já!). Pouco tem sido falado em relação àqueles que usufruem de um valor inferior.
Sendo que mil euros é a fasquia dos rendimentos que separa aqueles que vão perder os dois subsídios dos que perderão apenas um, há, no entanto, que fazer ainda o seguinte raciocínio: “os que ganham 485 euros (salário mínimo) e 999 euros terão, em média, um corte correspondente a estes subsídios. Só que as médias valem o que valem, e sendo a taxa de redução progressiva isso quer dizer que quem receba 900 euros terá quase os mesmos cortes do que quem ganhe 1050 euros” (Público 16/10/11). Isto significa que grande parte dos vencimentos do funcionalismo público vão ter, no próximo ano um corte superior a um subsídio.
A medida atinge 1,6 milhões de portugueses: 665 mil perderão um dos subsídios e um milhão de pessoas ficarão sem os dois.
Pensionistas e funcionários públicos, todos vão ver o seu rendimento encolher no próximo ano. Para os trabalhadores do Estado os cortes agora anunciados vão somar-se à redução salarial média de 5% para quem recebe mais de 1500 euros por mês que já está em vigor este ano e vai continuar em 2012. E a “festa” ainda não acabou…
Luís Moleiro
Fixámo-nos muito no corte dos subsídios de férias e de Natal que pensionistas e funcionários públicos, que ganham acima de mil euros ilíquidos, vão sofrer nos próximos dois anos (para já!). Pouco tem sido falado em relação àqueles que usufruem de um valor inferior.
Sendo que mil euros é a fasquia dos rendimentos que separa aqueles que vão perder os dois subsídios dos que perderão apenas um, há, no entanto, que fazer ainda o seguinte raciocínio: “os que ganham 485 euros (salário mínimo) e 999 euros terão, em média, um corte correspondente a estes subsídios. Só que as médias valem o que valem, e sendo a taxa de redução progressiva isso quer dizer que quem receba 900 euros terá quase os mesmos cortes do que quem ganhe 1050 euros” (Público 16/10/11). Isto significa que grande parte dos vencimentos do funcionalismo público vão ter, no próximo ano um corte superior a um subsídio.
A medida atinge 1,6 milhões de portugueses: 665 mil perderão um dos subsídios e um milhão de pessoas ficarão sem os dois.
Pensionistas e funcionários públicos, todos vão ver o seu rendimento encolher no próximo ano. Para os trabalhadores do Estado os cortes agora anunciados vão somar-se à redução salarial média de 5% para quem recebe mais de 1500 euros por mês que já está em vigor este ano e vai continuar em 2012. E a “festa” ainda não acabou…
Luís Moleiro
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