segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SITUAÇÃO DE FOME NO MUNDO

O Índice Global de Fome (GHI) é um instrumento estatístico usado para descrever o estado da fome em cada país. O GHI mede o progresso ou o retrocesso da luta global contra a fome. De uma forma muito simples pode dizer-se que o seu cálculo combina três indicadores com igual peso: proporção populacional que está subnutrida (em percentagem); frequência de insuficiência de peso em crianças menores de cinco anos (em percentagem); a taxa de mortalidade das crianças menores de cinco anos. O índice classifica os países numa escala de 100 pontos, sendo 0 a melhor pontuação (não há fome) e 100 a pior, embora na prática não ocorre nenhuma destas situações extremas. Quanto mais alto o índice, pior é a situação alimentar de um país. Os valores abaixo de 4,9 reflectem pouca fome, os valores entre 5 e 9,9 reflectem uma fome moderada, os valores entre 10 e 19,9 indicam um sério problema, os valores entre 20 e 29,9 são alarmantes e os de 30 ou mais são extremamente alarmantes.
A África subsariana é o local do planeta onde vivem mais pessoas com níveis de pobreza extrema. Cerca de 72% da população vive com menos de 1,45 euros por dia.
Uma das principais consequências da pobreza é a fome e, por isso, tem total cabimento uma referência no Dia Internacional de Erradicação da Pobreza. O relatório sobre o Índice de Fome no Mundo 2011 mostra que “o número de pessoas que sofrem de fome diminuiu desde 1990 ainda que de forma não significativa”, pois mantém-se a um nível elevado correspondente a uma situação “grave”.
A República Democrática do Congo regista o GHI mais elevado do mundo (41,0) que coloca este país africano no nível “extremamente alarmante”. Entre as antigas colónias portuguesas podemos ainda encontrar Angola (27,2), Timor Leste (25,6), Moçambique (23,7) e Guiné-Bissau (22,6) no nível “alarmante”. De realçar, pela negativa a posição de países como Angola e Moçambique que só podem agradecer à má governação e à corrupção a situação de fome e miséria em que as suas populações se encontram.

Luís Moleiro

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