Um pequeno número de milionários norte-americanos está a implorar ao seu governo que lhes sejam aumentados os impostos.
Para quem fizer uma leitura apressada desta decisão pode ser levado a pensar que esta gente é louca. Mas não há nenhum milionário que seja louco porque, nesse caso não seria milionário. Não tenhamos ilusões. A explicação é certamente outra mas aqui poderemos entrar no campo da especulação. Esta gente, usando uma expressão popular, não dá ponto sem nó e é neste sentido que devemos encaminhar o nosso raciocínio.
Eles sentem que o sistema capitalista, na sua forma actual, se tornou autófago, e que a sua implosão se tornou uma questão de tempo. Tentar adiar ou impedir o que para eles seria um desastre é tarefa prioritária. Por isso, mais vale perder uns trocos do que tudo. De caminho dão um ar de altruísmo e de preocupação com o bem-estar dos seus concidadãos mas, no fundo, o que estão a pretender fazer é salvar o muito que possuem, arriscando o mínimo. Só o tempo poderá confirmar ou infirmar esta tese mas não existem milionários patrióticos.
De qualquer maneira, os nossos lúmpen milionários, ainda em plena fase de agiotagem, por via da sua congénita fraca visão do futuro nunca fariam uma proposta próxima da dos homólogos norte-americanos. Prefeririam afogar-se nas suas próprias fortunas.
Luís Moleiro
Para quem fizer uma leitura apressada desta decisão pode ser levado a pensar que esta gente é louca. Mas não há nenhum milionário que seja louco porque, nesse caso não seria milionário. Não tenhamos ilusões. A explicação é certamente outra mas aqui poderemos entrar no campo da especulação. Esta gente, usando uma expressão popular, não dá ponto sem nó e é neste sentido que devemos encaminhar o nosso raciocínio.
Eles sentem que o sistema capitalista, na sua forma actual, se tornou autófago, e que a sua implosão se tornou uma questão de tempo. Tentar adiar ou impedir o que para eles seria um desastre é tarefa prioritária. Por isso, mais vale perder uns trocos do que tudo. De caminho dão um ar de altruísmo e de preocupação com o bem-estar dos seus concidadãos mas, no fundo, o que estão a pretender fazer é salvar o muito que possuem, arriscando o mínimo. Só o tempo poderá confirmar ou infirmar esta tese mas não existem milionários patrióticos.
De qualquer maneira, os nossos lúmpen milionários, ainda em plena fase de agiotagem, por via da sua congénita fraca visão do futuro nunca fariam uma proposta próxima da dos homólogos norte-americanos. Prefeririam afogar-se nas suas próprias fortunas.
Luís Moleiro
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